19 de dez. de 2007

Planetary

Sempre vi umas edições aqui e ali, da Pandora Books e agora da Pixel, com essa série Planetary, mas nunca me empolguei, sabe. Era uma leitura muito pesada para ser feita ali, em pé, na banca de jornal, em estilo leitura dinâmica, e não era nada parecido com os demais quadrinhos de super-heróis descartáveis que pululam nas bancas. Os desenhos me agradavam, mas eu não tinha tempo (nem dinheiro) para degustar aquilo.
Isso até uma edição recente da Pixel Magazine que traz a história sobre uma cápsula que cai na Terra, após 150 anos em órbita, entre a Terra e a Lua. Até aí nada demais, não fosse o caso de que aquilo é uma referência direta ao livro Da Terra à Lua, de Júlio Verne.
Eu achei demais aquilo. E não é uma referência literal, explícita, "nomes aos bois". Está lá, pra quem tiver lido o livro e gosta de boa literatura. A maioria do pessoal é capaz de passar batido. Se bem que, depois de baixar a série toda, percebi que o público do Planetary não é o leitor convencional de quadrinhos descerebrado.
A série amarra referências pop, seja cinema literatura ou quadrinhos, com filosofia, psicologia e ciência, compondo uma trama deliciosa e muito complexa, para ser lida com calma e dar aqueles sorrisinhos de canto de boca ao sacar a referência implícita. Parece que a Pixel Magazine tenta trazer alguma coisa a respeito das referências, para ajudar o leitor (o que eu acho um desserviço e uma apologia à preguiça intelectual).
O que mais me encanta é que as referências brincam com essas coisas, bem conhecidas ou não, mas em nenhum momento as desrespeitam. Quarteto Fantástico, Liga da Justiça, Constantine, Tarzan, Godzilla e companhia, desfilam pelas páginas da série de forma elegante e diria até, muito respeitosa. Uma verdadeira homenagem à cultura pop, sem pedantismo ou arrogância.
Apesar de estar correndo o risco de levar pedradas de algum fã mais exaltado, diria que o trabalho de Warren Ellis em Planetary é superior a muitos dos trabalhos de Allan Moore, justamente por ele assumir uma postura mais humilde e até mesmo carinhosa com as referências que usa, em comparação a Moore, que às vezes deixa transparecer um certo desdém e alguma arrogância quando o faz.
Recomendo fortemente a leitura, para quem ainda acredita que quadrinhos podem ser uma diversão sofisticada para gente inteligente.
Ah, e os desenhos de John Cassaday são simplesmente magníficos. E pensar que eu só reparei nele no arco que ele fez com Joss Whedon nos X-Men.

Projeto Água de Chuva: Pinga ni mim

Pois é. Já que eu não conseguia colocar a torneira de volta com a estrutura toda, simplesmente cortei o fundo do "cup" em que ela estava instalada e usei o dito cujo como elemento de fixação na saída do tubo do contêiner. Ficou até que bom, firme e sem cara de que vai quebrar ou soltar tão fácil.
Mas como tudo na vida, nem tudo são flores. Não caprichei na vedação da torneira (manja aquela fita veda-rosca?) e está pingando. Não é um rio Amazonas, mas ainda assim, incomoda ver aquela pingação toda. Ou seja, preciso soltar tudo e refazer.
O chato disso tudo é que ao soltar, eu estrago a vedação feita com borracha de silicone e tenho que limpar e reaplicar tudo de novo. Eu queria um jeito de não ter que reaplicar a borracha toda vez. Pensei em usar um anel de borracha que eu possa colocar e tirar à vontade. Como já tentei fazer um anel com câmara de pneu antes e percebi que não fica bom, tenho mesmo que comprar um se quiser usar a idéia. Mas só me lembro vagamente de um lugar para comprar anéis de borracha de tamanhos fora de padrão, que fica lá na Florêncio de Abreu, perto do largo São Bento, mas não tenho o endereço exato.
Além disso, mas e a preguiça de ir lá camelar?
Bom, seja com anel de borracha ou com silicone, o fato é que anda chovendo bastante e eu preciso deixar o tubo aberto para ter o ladrão, e por isso, preciso refazer logo o trabalho da torneira.

7 de dez. de 2007

Projeto Água de Chuva: Filtrando

Pois bem. Cansado de tanta sujeira (nada a ver com o Congresso Nacional ou o Palácio da Alvorada), decidi fazer uma limpeza no contêiner, que estava bem sujo. Para isso, tirei a torneira que instalei na saída, varri o contêiner (sim, enfiei uma vassoura dentro dele), soltando muita sujeira, e esgotei os quase 300 litros de água que lá havia.
Graças a isso o contêiner está bem mais apresentável e eu menos receoso de ter que usar aquela água suja.
Daí, fiz o danado do filtro de areia. Usei para isso uma jardineira (um vaso retangular de plástico) que por acaso, coube direitinho na entrada do contênier. Não fica tombando nem nada. Dos seis "pezinhos" da jardineira, os dois do meio ficam perfeitamente encaixados na entrada e por isso, foram devidamente cortados, funcionando como a saída do filtro. Enchi o filtro com 4 camadas: uma de brita, uma outra com pedras de fundo de áquario, mais uma com areia bem grossa e a última com areia mais fina (dá um trampo peneirar e separar areia, viu? isso, claro, depois de lavá-la com litros e litros de água). Por cima, um tipo de manta de PET, usada para forrar vasos, e que filtra bem a sujeira grossa. Também fiz uma saída para ladrão acima da areia, mas ainda não fiz nenhuma conexão para escoar a água, então o excesso vai mesmo caindo para trás do conteinêr.
Para evitar que a areia seja revolvida pelo fluxo de água, usei a estrutura do filtro anterior (que não funcionou) para diminuir a vazão e a velocidade da água.
Na última chuva (06/12), segundo testemunhas, tudo funcionou a contento, o excesso foi saindo do filtro pelo "ladrão incompleto" e ele não transbordou. A manta de PET mudou de cor, de cinza claro para preto carvão. É inacreditável o volume de sujeira que vem do telhado. A saída de primeiras águas entupiu de novo e a água foi toda pro filtro. Resultado: 600 litros de água de boa aparência, bem mais clara do que costumava ser.
Para as próximas etapas, tenho as seguintes tarefas:
  1. completar o encanamento do ladrão do filtro. Não dá pra deixar aquela água toda (suja por sinal) caindo atrás do contêiner. Pode molhar demais o suporte de madeira do contêiner e acabar fazendo tudo vir abaixo;
  2. melhorar a filtragem grossa, colocando uma peneira na saída da estrutura de diminuição de vazão;
  3. recolocar a torneira. Descrobri da pior maneira que a estrutura da torneira tem passagem só de ida. Depois de removida, não consigo mais colocá-la no lugar. A vedação fica toda torta e vaza tudo. Como estou resistindo à tentação de instalar a torneira direto na parede do contêiner, acho que vou voltar ao esquema anterior de fixação, quando usei o espelho cego de tomadas. Mas usando um fundo de "cup" de PVC, mais grosso e resistente. Pelo menos isso me permite retirar e colocar a torneira de forma mais fácil, embora não seja uma operação que vá necessitar ser feita com frequência;
  4. instalar um aplicador de cloro granulado ou em pastilha. Ninguém vai beber ou tomar banho com a água, mas acho que por questões de segurança, seria interessante aplicar cloro para melhorar a qualidade da água. Mas eu queria um processo automático, sem que eu tivesse que mexer toda hora nisso. Vamos ver o que eu consigo.
O ladrão do contêiner eu deixo para depois. Como eu limitei a vazão usando o filtro, é provável que somente a mangueira já resolva. Desde que o pessoal lembre de posicioná-la corretamente e deixar a torneira aberta, claro. Sempre que eu penso nisso, quase fico com a certeza que o melhor a fazer é furar o contêiner e instalar um cano.
Mãos à obra!

Atualização em 31/03/2011: Para Itamar - ES :
Itamar, foto e mais alguns detalhes do filtro, você acha neste link aqui.

Mas, como eu digo aqui, já abandonei o uso desse filtro. Mesmo sem pesquisar muito mais sobre o assunto, entendi que filtro de areia é um negócio bem mais complicado do que parece à primeira vista, e preferi não continuar fazendo muio esforço nele, dado que o projeto tem ambições bem modestas.

28 de nov. de 2007

Projeto Água de Chuva

Voltando ao "bovino glacial" (pra quem não se ligou ainda: "vaca fria"), como diria meu velho e sumido amigo Alexandre Foggetti, eis que tenho a relatar algumas observações e conclusões sobre este projeto tão acalentado, tão sonhado e hoje em fase de produção (nossa, que exagero!).
O coletor funciona muito bem, a "trilha" que eu cavei na laje faz a água descer que é uma beleza pelos canos e agora, com a época das chuvas, o contêiner (aprendi semana passada que a palavra é assim, devidamente abrasileirada) está sempre cheio.
Diria mais! Cheio demais, até!
Como nem tudo são flores na vida, o projeto tem alguns problemas. Vamos a eles:
  1. A água chega a ser excessiva. Como eu temia, o ladrão feito somente com a mangueira de jardim não dá conta de escoar toda a água que desce e uma chuva mais prolongada vai transbordar o contêiner rapidinho. Preciso pensar num sistema de limitação da vazão e também num sistema de ladrão mais eficiente. Tudo se resolveria se eu pudesse ter um sistema fechado, mas a sujeira que vem com a água não me permite isso, como comento abaixo;
  2. A água é muito suja! Não importa a força da chuva, o telhado parece que nunca fica limpo. Da última vez eu coletei até uns pedaços de isopor (de onde veio, não faço idéia) na peneira que uso pra tentar segurar a sujeira mais grossa (sem contar as penas e cocô de pombo que volta e meia pintam por lá também). E mesmo com o "coador de pano" que eu fiz, o container está bem sujo, com muita sujeira depositada no fundos e nas laterais. O que invalida o uso da água para outra coisa que não seja lavar o chão, e desconfio, somente o chão externo da casa.
    Preciso urgente de um filtro de areia na entrada do container. Tentei fazer um pequeno, usando o cano de 4", acoplado diretamente na boca do cano que dá para a entrada do contêiner, mas a vazão dele ficou ridícula. Além disso, fechado e lacrado como ficaria, eu acabaria acumulando a sujeira grossa no próprio cano e receio que junto com ela, todo tipo de agentes biológicos e não-biológicos hostis.
    Pensei então em um filtro largo, construído com alguma caixa, e usando uma tela em cima para separar a sujeira grossa. O problema é que isso me forçaria a ter dois sistema de ladrão: um para o contêiner e outro para o filtro. Se ainda não consegui fazer nem o do contêiner, que será hiper-necessário, imagine fazer dois.
    A opção seria fazer a saída do filtro entrar no contêiner de forma fechada. Daí, caso o contêiner encha totalmente, somente o ladrão do filtro seria necessário, escoando o excesso. Só não sei como fazer isso sem furar ou estragar o contêiner. Ó, dúvida cruel.
  3. Além disso tudo, a sujeira já fez com que a saída do tubo de coleta de primeiras águas entupisse, o que aumenta muito a vazão para o contêiner. Quando isso aconteceu eu não estava em casa e segundo meu pai, parecia uma cachoeira caindo, enchendo o contêiner e vazando pelo menos a mesma quantidade pra fora, o que só aumenta a necessidade do ladrão.
O pior é que tenho que ser rápido, pois com as pancadas de chuva que costumam acontecer em São Paulo, é bem provável que eu provoque uma inundação em casa.

A vida como ela é

Eu não sou o Nelson Rodrigues, claro. Nem escrevo crônicas.
Mas é interessante tentar extrair algumas considerações sobre fatos noticiados com alarde.

Bebê encontrado dentro de caixa de sapatos

A dita "mãe" tem somente 14 anos. A mãe da "mãe" disse não saber que ela estava grávida. Tragédia anunciada, claro.
As perguntas que me faço são as seguintes:
  1. Como alguém esconde 9 meses de gravidez aos 14 anos? Só não vê quem não quer nem olhar, claro.
  2. Quantos anos a mãe da "mãe" tinha quando ficou grávida da "mãe"? Essas coisas me parecem cíclicas, passando de geração em geração.
  3. Quem é o "pai" e em que condições esse bebê foi gerado?
  4. Porque será que a "mãe" escondeu da mãe que estava grávida? Qualquer relação com a madeirada não seria mera coincidência.
  5. Alguém acha que um bebê recém-nascido, largado em um terreno baldio dentro de uma caixa de sapatos foi deixado lá pra ser achado?
  6. Alguém acredita que a dita "mãe" tem alguma idéia do que seja responsabilidade, direito à vida, Estatuto da Criança e do Adolescente e "ser mãe", ou tenha as mínimas condições para sequer ter essa idéia?
  7. Alguém ainda acha que aborto permitido por lei e laqueadura livre, sem restrições de idade ou qualquer outra condição, ambos feitos pelo SUS, e distribuição indiscriminada de anticoncepcionais e camisinhas a partir dos 12 anos seja uma idéia ruim?

Bom, pode ser que eu seja apenas um pouco mais chato que a média das pessoas.
É... Só pode ser isso.

27 de nov. de 2007

Invincible

Nova paixão nos gibis: Invincible, do Robert Kirkman (o mesmo de "The Walking Dead", única série de zumbis que me atraiu até hoje, e da qual sou fã de carteirinha).
Uma reinvenção dos universos Marvel/DC, com direito a um "Superman" com um filho adolescente. Pega também um pouco a esteira do "Os Incríveis", da Pixar.
Mas é muito bem construído, muita reviravolta, muita ação, tramas ora complexas, ora simples, e muita tiração de sarro com os super-heróis de colante e alguma bizarrice.
Os desenhos são excelentes, na minha humilde opinião. O cara chega a tirar sarro da própria arte dele (aparece um desenhista de quadrinhos no meio do série que diz que utiliza descaradamente cópia de quadros já desenhados para fazer "pausa dramática" e ninguém percebe - detalhe: ele usa isso o tempo todo!). Mas o que impressiona são os painéis de página cheia, em especial com tomadas aéreas das cidades e paisagens. Lindo!
Já sairam no Brasil os dois primeiros volumes (na Saraiva 1 e 2), mas eu não vi mais nada desde então. Acabei baixando por aí, o que me faz ficar meio incomodado, mas a felicidade de poder ler a série compensa a consciência pesada.
Recomendadíssimo, para quem curte quadrinhos.

Mais Spoiler

Atenção: Mais spoilers do Legend of the Galactic Heroes abaixo.
Esteja avisado!
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Spoiler à frente!
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Spoiler à frente!
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Bom, chegamos à conclusão da série.
110 episódios de 20 minutos depois, cá estamos nós, meio vazios depois de tamanha maratona (se pensarmos em termos de temporadas de 22 episódios, dá 5 temporadas completas).
Depois da morte do Yang Wenli, tudo deu uma "baixada de bola", se é que você me entende...
Apesar das tramas prosseguirem, não há grandes viradas e de certa forma, o final é previsível.
As febres do Reinhard acabaram mesmo sendo uma doença grave, terminal e o cara morre rapidinho, só tendo tempo de conhecer o filho. E eu que imaginei que era uma trama dos Terraistas, usando o pajem do Reinhard para envenená-lo devagar, depois de ganhar sua confiança. Aliás o pajem desaparece no finalzinho, depois que a doença do Reinhard é noticiada. (ou eu não o notei mais)
A trama da revolta do Reuental acabou ficando meio sem graça, com a morte dele sendo meio anti-climática, sem uma realmente grande batalha, cheia de impacto.
Os republicanos de Iserlohn acabam dando um trampo no final, invadindo a nave do Reinhard, que, prevendo mesmo sua morte iminente, decide fazer um acordo e de certa forma, permitir que um pouco de democracia entre no regime monarquista, e também, deixar uma porção do império nas mãos dos republicanos, como uma alternativa política.
Triste a morte do Schenkopp e de quase todo mundo dos Rosen Ritters. Ainda mais da forma como foi, por puro descuido.
Isso meio que parece ser uma marca registrada da série, gente morrendo meio sem querer, por descuido. Uma pena.
No final, morre também o safado do Oberstein, num atentado Terraista (que aliás, foi facilitado pelo próprio Oberstein, para por fim ao grupo), não se sabe se protegendo o Reinhard ou por puro erro de cálculo (mais descuido?).

22 de nov. de 2007

Adendo: Heroes

Final completamente tosco, como bem me avisaram.
Meia boca é pouco pra descrever aquilo.
O cara passa 22 episódios montando a trama pra fazer aquilo?
Ou é muita incompetência ou muita cara de pau.
Parecia até que ia ter mais um episódio em seguida, esse sim, com o final da temporada.
Mas nada!
É só aquilo mesmo.
Deprimente...
E andam dizendo que ele errou a mão no começo da segunda temporada também.
Nada mais justo, eu diria.
Quem escorrega daquela jeito, tendo tanto potencial nas mãos, não tem como parar em pé mesmo.

O negócio agora é curtir meu ídolo, Dr. Gregory House!
Você tem um chefe que te empresta duas temporadas da série que você gosta?
Não?
Inveja, inveja... Eu sei. Não esquenta.

16 de nov. de 2007

SPOILER

Se você tem alguma intenção de assistir à série Legend of the Galactic Heroes, pelo amor de Jorge, não leia este texto!!!

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Eu avisei, ok?

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Por sua conta e risco...

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O CARA MORRE!!!!!
A porra do Yang Wenli morre!!!
Eu esperei 82 episódios para ver o cara dar uma bela duma humilhante surra naquele pentelho do Reinhard, numa demonstração definitiva de superioridade tática, e o cara morre!
E morre numa super duma batalha feroz, mantida por longos e exaustivos dias?
Nada!
O cara morre por conta duma porcaria de um atentado bolado pelos boçais do Terraísmo, a caminho de uma reunião para tentar um cessar-fogo com o Império.
E morre feito um herói, resistindo até o fim contra seus inimigos?
NÃO!!!!
Toma um mísero tiro, disparado por um boçal que mal consegue segurar a arma de tão nervoso, tiro esse que vaza a artéria femural e faz o cara morrer devagarinho, sangrando feito um boi no matadouro.
Que raiva! Que bronca! Que ódio!

Mas por isso mesmo, mostra o quanto essa série é boa!
Sai do clichê do herói que se sacrifica depois de esforços sobre-humanos e mostra a banalidade da vida, mesmo a da mais importante pessoa no universo, que pode muito bem morrer engasgado com um Pretzel (né, Bush?).
Apesar de tudo, virei mais fã ainda da série.

Ah, mas apesar de não ter sido definitiva, o Yang até que dá uma bela surra no Reinhard, no Reuental, no Mittermeyer, além de mandar pro espaço dois almirantes de uma tacada só.
O cara é demais!

Esperando...

Não, não é pelo Godot!
Contrariando a crença popular que diz que a vida sexual dos casados não é lá grande coisa, eu e a patroa conseguimos emplacar mais um. Não, não estou falando de um carro zero (até porque, depois de ter o segundo carro roubado no ano, não tenho muito ânimo para adquirir outro).
Contrariando também a crença de um urologista que consultei há alguns anos, continuo bem fértil (nada a ver com adubo ou plantas).
Contrariando mais uma vez a crença popular que diz que mulheres que tomam anticoncepcionais por muitos anos tem dificuldade para engravidar (não precisou nem de dois meses), finalmente tenho o prazer de anunciar que estamos esperando mais um bebê.
Hoje fomos fazer o ultrassom, e lá estava ele/ela, um "bigatinho" de 2 cm e 7 semanas, com um coraçãozinho batendo forte, e se mexendo um pouquinho, cheio/a de preguiça.
É, os próximos meses serão repletos de ansiedade, expectativas e sonhos...

7 de nov. de 2007

Reflexo

Você sabe que a idade está chegando quando o evento mais aguardado do final de semana é o jogo de buraco com seus pais e sua esposa.

Totalmente vagal

Tirando o vegetarianismo, que dá algum trabalho, não ando fazendo nada além de trabalhar. Nenhum projeto, nenhum exercício, nadinha. Nem jogando Counter Strike.
O final de semana serve pra dormir um monte, ler uns scans de mangá baixados da net, alguns episódios de anime e séries. E só. Minto, tem mais uma coisa, que comento brevemente mais acima.

Mangá: o mangá que eu peguei agora é o Gantz. Eu fiquei meio invocado com esse mangá quando vi na banca. Achei apelativo, com uma violência gratuita e nojenta, um "fan service" exagerado demais, com fixação em seios gigantes. Mas não é que a porcaria é viciante? O lance da "segunda chance", do cara ser forçado a combater sem saber porquê, dos dramas de perda, etc., acabaram me atraindo e agora não vejo a hora de sair mais um capítulo. A arte é muito boa e as personagens bem interessantes, embora tirando duas ou três principais, as demais ficam meio que sem profundidade.
Eu só não consegui ainda vislumbrar onde vai chegar. Tomara que o cara não perca a mão no meio do caminho.

Anime: Estou pouco além da metade do Legend of the Galactic Heroes. Nossa, já aconteceu tanta coisa que daria um romance detalhar. Não foi nada além do esperado, por enquanto, e algumas conclusões são um tanto quanto óbvias e esperadas até. Estranho seria se tivesse seguido um rumo diferente. Mas ainda assim, é uma série muito boa. O fato do cara que vence individualmente acabar derrotado no campo político e vice-versa, é bem interessante.

Séries: por enquanto, só o Heroes, pra acompanhar a esposa. É uma série muito legal, especialmente pra quem sempre curtiu gibi, em especial os X-Men. Estamos por volta do vigésimo episódio, só aguardando o final tosco que disseram que virá.

Ah, acabei não me contendo e baixei também o início da 7a temporada de Smallville, e afirmo categoricamente: não vale a banda gasta pra baixar! O que é aquilo? Alguém sabe me dizer? Como pode uma série na sétima temporada estar exatamente igual à primeira temporada, com a mesma estrutura tosca de episódios sem conexão, sem conseqüência, com personagens que somem sem explicação, com a mesma estrutura pronta de roteiro: monstro da semana, aberrações de meteoro, maníaco tentando matar Lex/Lana/Chloe/Lois, sem um pingo de inovação ou ritmo? Tudo bem, a série é anterior às mais recentes e impactantes como Heroes, Supernatural, Lost, Prison Break, 24 Hs, Galactica, etc., mas porra, não dava pra fazer uma mudancinha pra dinamizar? Uns episódios duplos pelo menos? Uma conexão maior entre eles? Mais ação e reação?
Os caras realmente vão literalmente roer o osso até acabar o tutano, sem um pingo de vergonha na cara. Ainda bem que eu percebi isso antes e parei de comprar os DVDs na 4a temporada (se bem que mesmo esses eu já me arrependo).

Atraso

Nossa, mais de um mês sem escrever nada. Também, com tanta gente acessando aqui, me dá uma vontade...
Bom, resumão da ópera: quase dois meses de dieta vegetariana.
Resultado: nada!
Engordei e perdi uns quilinhos. Com certeza ando com mais fome do que antes, mas ando comendo de forma muito irregular, por conta do trabalho, dos horários e também da preguiça. Como só eu aderi à dieta, mesmo chegando tarde em casa, ainda tenho que pensar em preparar alguma coisa pra comer. Daí pra sacar um leite com pão é um tiro.
Fiz mais algumas coisas legais, como uma abobrinha ao forno e um pimentão recheado com soja que ficaram muito bons. E a mais recente tentativa também foi um arraso: shimeji na manteiga. Ficou muito bom, em nada perdendo para o do Chumar, restaurante japonês em Pinheiros que costumava frequentar (porque será o "costumava", né?).
O resultado dos exames deu nada também. Tirando o "colesterol bom" (nunca lembro a sigla do danado), que está bem baixo, não tem nada demais acontecendo. Mas o colesterol não é decorrente da dieta, visto que ele continua nos mesmos patamares de dois anos atrás e é fruto tão somente do meu sedentarismo. Uma possível anemia, que era um dos meus temores, não se concretizou e meu sangue está tinindo, normalzinho.
Em suma, no contexto saúde, a dieta não fede nem cheira.
Agora, no quesito prazer e praticidade...
Que porcaria!
Ser vegetariano num mundo de carnívoros é quase um pesadelo. Não tem uma porcaria de um restaurante decente e barato, tem carne em quase tudo o que se come, e se não tiver carne, terá sido feito com caldo de carne pra "dar gosto".
Pra dieta ser minimanente interessante você tem que caprichar no preparo, usar e abusar de temperos diversos, abrir mão de quase todos os enlatados e congelados e ter muito tempo e vontade (o que, convenhamos, às 11hs da noite, depois de um dia de 12 hs de trabalho, não são atributos dos mais disponíveis). Senão, você acaba com vários pratos, todos com sabor de chuchu cru (se bem que eu nem sei o gosto do chuchu cru, mas o Alckmin é uma boa ilustração do efeito).
Fora isso, sinto saudades de uma boa picanha, de um sashimi, de um soba. São sabores muito apreciados, que estão fazendo falta.
Tem o aspecto social também onde, além de ser visto como um E.T., você acaba se isolando e sendo isolado porque não vai comer com todo mundo, já que onde o povo come tem poucas opções para você.
Em suma, tirando o aspecto ambiental, não vi nenhuma vantagem na dieta. Ou seja, quando todo mundo for obrigado a virar vegetariano devido à degradação ambiental, pode ser que a coisa fique mais amena, mas por hora, é ruim pra burro!
Mas vamos em frente! Eu acho que é muito provável que a dieta termine no almoço de final de ano na empresa. Sem falar no Natal, que já está aí.

1 de out. de 2007

Vivendo de luz... Ops! Digo, de grama!

Segunda semana na dieta ovo-lacto-vegetariana. Não dispensei os laticínios nem os ovos. Ou seja, não pode matar os "amigos animais", mas torturá-los a vida toda para obter alimento, ah, isso pode.
Bem, tirando o fato de começar a sentir certa saudade do sabor da carne, continua tudo bem. Eu até engordei um pouquinho, pois sem a carne, não tenho mais a mesma sensação de saciedade e acabo comendo mais, em especial arroz e feijão, ricos em carboidratos, que estão virando uma charmosa barriguinha, coisa que nunca tive nesses 36 anos de vida.
No último domingo foi engraçado, pois chamamos um casal amigo para almoçar em casa e eu fiz uma carne de panela que eles acharam maravilhosa, e eu fiquei lá, no meu macarrão com molho de champignon e minha couve-flor ao forno. Deu até vontade de deixar a dieta pra lá, porque o cheio estava mesmo muito bom, mas eu me contive.
No último dia 25/09, foi aniversário da minha cunhada e ela fez um esquema de "self-service" de temaki, e a minha sogra fez um dos meus pratos preferidos: soba de Okinawa. Foi um horror! Eu não pude colocar o kani (massa de peixe e siri) no temaki, nem tomar o soba, pois é feito com caldo de frango, carne de frango desfiada, costela de porco e kamaboko (massa de peixe). O meu pobre soba foi feito com missoshiro (soja fermentada), cebolinha, ovo e gengibre em conserva. Ficou bom, claro, mas em termos de sabor, nem se compara ao original.
Em suma, o que eu percebi até aqui é que ser vegetariano é abrir mão de sabores. Não é uma tragédia, mas ando sentindo falta de alguns. Eu fiz algumas receitas legais, como o hamburguer de soja (reforçado com casca de banana, pelas vitaminas) e um strogonoff com soja, que ficou muito bom, mas embora gostosos, não é a mesma coisa.
Segundo a prima da minha esposa, ao aderir ao vegetarianismo, de certa forma, você abre mão do prazer de comer, que então, se torna uma atividade importante para a manutenção do corpo, mas sem associação com o prazer.
Numa vida já tão complicada quanto a que vivemos, onde os stress é imenso e os prazeres são poucos, me pergunto se isso vale mesmo à pena.
Mas vamos em frente. Esta semana tem exames de sangue completos. Vamos ver como essa dieta vai influenciar os resultados (espero que baixe o colesterol, que andava um tanto fora do padrão).

22 de set. de 2007

Legend of the Galactic Heroes

Esse animê não é tão antigo quanto o Yamato, tem uma animação melhor e um background muito melhor trabalhado e construído, com muita intriga política e muita estratégia real durante as batalhas espaciais, que aliás, são impressionantes, dado o número de naves envolvidas.
De certa forma, não deixa de ser uma visão crítica de toda história humana, de seus movimentos, sistemas políticos e econômicos. No anime, mesmo o Império sendo visto como velho e decadente, com seus nobres, sucessões e intrigas palacianas, ele não é pior do que a Aliança dos Planetas Livres, uma democracia populista, nacionalista e corrupta.
O anime é bem longo e tem 110 episódios, quase uma novela. Cheguei a pegar umas 3 fitas VHS no extinto fansubber BAC (Brasil Anime Club), mas agora com a internet, consegui encontrar os episódios em torrent, em boa qualidade. Infelizmente, esse anime não foi lançado no ocidente.
No momento, eu estou acompanhando por volta do episódio 10 e pelo que li, muita água ainda vai rolar.
Recomendo, pois considero uma das melhores produções do gênero "space opera".

Poder Vegetal!

Não, não é nenhum tipo de grito de guerra de heróis picaretas como o Capitão Planeta, por exemplo.
Trata-se de um teste. Uma fase de testes pra ser mais exato.
Recentemente assisti a um documentário chamado "A Carne é Fraca", que fala justamente sobre o vegetarianismo.
O vídeo mistura muitos conceitos para justificar o vegetarianismo. A parte filosófica e a tentativa de dar ao homem um papel mais "elevado" do que todos os demais animais no planeta, como se fosse um benfeitor, um ser mais evoluído e responsável, e que portanto deve ter um comportamento mais ético para com os animais, não me convenceu nem um pouco. Essa tentativa de nos fazer parecer mais éticos do que um leão caçando e quebrando o pescoço de um antílope, antes de comê-lo quase vivo, é quase uma negação da teoria da evolução das espécies e da seleção natural.
Mas deixando isso de lado, alguns números são realmente preocupantes, como a assombrosa população de bovinos, suínos e aves necessária para alimentar apenas uma pequena parcela da população mundial com carne. Os impactos econômicos e ambientais desse consumo, que só fez crescer nas últimas décadas, é imenso e pode mesmo levar o planeta a uma crise sem precedentes. Muitos países desenvolvidos estão deixando de criar gado e passando a comprar a carne de países em desenvolvimento, justamente por não conseguirem lidar com o impacto ambiental, deixando-o para nós, "índios".
Por isso, e também para testar se realmente é possível viver bem sem carne, comecei a seguir uma dieta sem carne. Uma dieta ovo-lacto-vegetariana. Claro, os radicais nem ovo ou leite consomem. Essa produção também tem grandes impactos ambientais, mas eu preferi por enquanto só deixar a carne de lado.
Amanhã completo a primeira semana, e tirando a saudade da picanha sangrando, a única diferença que senti foi no intestino. Digamos que eu agora entendo porque dizem tanto que as vacas tem um papel importante no efeito estufa.
Mais novidades a respeito em breve.

6 de set. de 2007

O Retorno

Pois é. Após uma semana, voltei de Natal.
Na bagagem, trouxe algumas fotos, omiyage (não sabe o que é? Google neles!) pra todo mundo no serviço, umas guloseimas pra família e muita vontade de nunca mais voltar pra São Paulo, esta cidade horrível. Quem sabe com uma megasena, eu não possa viver pra sempre só viajando, não é?
Natal é linda, muito mais tranquila que muitos outros "points de verão", tem boa infra-estrutura e algumas praias maravihosas, tanto na própria cidade, quanto nas cidades ao redor, há no máximo 1 hora de carro, por estradas bem conservadas, de baixo tráfego, e com vista belíssima.
Além disso, as dunas são lindas, mesmo dentro da cidade (tem o Parque das Dunas, imenso, bem no meio da cidade), o sol aparece o tempo todo, chuva lá não dura nem 10 minutos e o vento constante mantém a temperatura sempre agradável.
A comida é excelente, farta e barata até, mesmo sendo um lugar turístico. Eu tive a sensação de que eu passei uma semana só comendo. Ah, e tomei um porre de camarão, cuja ressaca vai durar meses. Não aguento nem olhar mais pro bicho.
O ruim são os táxis, que exploram bem os turistas, usando um "interruptor secreto" (nem tão secreto assim, já que eu vi facilmente) que acelera o taxímetro mais ou menos como o hiperpropulsor da Millenium Falcon. É o que eu chamo de bandeira "T", de turista ou trouxa, se preferir. Sair do hotel ou voltar pra ele de táxi vai doer no bolso. Se for passear bastante, vale à pena alugar um carro ( de 60 a 80 reais a diária).
Eu achei a cidade bem tranquila, nenhuma notícia sobre assaltos, homicídios e etc. Não vi nada acontecendo e a tranquilidade do pessoal andando na rua, deixando carro em qualquer lugar, largando as coisas na praia, realmente me impressionaram. Pra um neurótico paulistano, parecia episódio do "Além da Imaginação".
Ah, e o passeio de buggy é tudo! Tem que fazer. Ir a Natal e não andar de buggy nas dunas é perder a viagem. Sai uns 60 reais por pessoa, mas vale cada centavo.
Depois eu dou um jeito de mostrar umas fotos, talvez no álbum do Orkut.

20 de ago. de 2007

Acorda!!!

Vixe!
Quase um mês sem "bloggar". Que triste isso...
Bom, mas também, escrever com que ânimo?
O tal torcicolo foi bem pior do que eu pensava. Flanax, Dorflex, massagem, acupuntura, nada resolveu.
Acabei indo no ortopedista, que até chapa pediu, mas não achou nada além do bom e velho torcicolo, mas em versão "digivoluída" (perdão pelo momento otaku). Daí, o cara me mandou um analgésico bomba (Alginac 1000 - sentiu o "mil"?) e um relaxante muscular canhão (Mirtax) e lá estava eu, mais fora do ar do que a TV da Gente, do Netinho.
Eu tomo o tal relaxante e depois de três horas, eu não sei mais meu nome, nem onde estou. Sério, fico completamente xarope. Por isso, só tomo de noite, antes de deitar. Mas quem disse que eu acordo de manhã? Antes das 9, eu nem existo.
Mas bastaram dois dias e eu já conseguia me mexer de novo, o que significa que os remédios deram resultado e que, em casos graves, nunca mais perco tempo com "terapias alternativas". Como preventivo, pra relaxar, tudo bem, mas pra resolver os problemas, nada melhor que o bom e velho "doutor" e suas drogas.
Graças a tudo isso também, não rolou nada de muito emocionante no último mês, além de stress, muito trampo, e tudo mais.
Mas semana que vem, estaremos viajando para Natal. Portanto, mais uma semana sem escrever. Mas dessa vez, pelo menos, é por um bom motivo.

30 de jul. de 2007

Vidência!

Só porque eu citei o Bergman no post sobre o filme dos Transformers, o cara morreu.
Complexo de Mãe Diná é fogo!

29 de jul. de 2007

Torcicolo

Apenas para manter o hábito, estou com um torcicolo monstro, me deixando quase imobilizado e mal conseguindo engolir. Tentei o tal Flanax, que só tem de bom o lucro que deve gerar para a indústria farmacêutica devido ao preço, porque efeito que é bom, nenhum. Agora estou apelando pro bom e velho Dorflex.
Falta de exercício físico, pouca massa muscular, muito stress, postura incorreta e frio intenso. Receita completa para desastres.

Autobots: Roll out!

Pois é, fui ao cinema e consegui assistir ao Transformers.
Foi tudo o que eu esperava:
  1. Filme do Michael Bay, cheio de momentos constrangedores, cenas de ação tão rápidas e frenéticas que mal dá pra entender o que está rolando, explosões e destruição em larga escala (tem até piada particular com o Armagedom), roteiro fraco e meio confuso, bem forçado.
  2. A Megan Fox é linda, mas atua mal pra caramba. Mas esse era o papel dela e ela o compriu perfeitamente. Mas pelo menos lembraram de ela estar acabada, suja e despenteada no final.
  3. Só tem mulher bonita fazendo papel de mulher inteligente. Nada contra beleza e inteligência no mesmo pacote, mas a hacker que aparece lá é completamente inverossímel. Embora o filme tenha homens feios em todos os papéis, as mulheres de destaque são sempre lindas. Não é esquisito? Aliás, as duas exageraram bastante na maquiagem.
  4. Ode aos militares americanos! Sempre eles, salvando o mundo da destruição.
  5. A família do Sam é impagável. A mãe, dá um show! E o guri realmente atua bem, dá pra acreditar que ele realmente interage de verdade com robôs gigantes, apesar de nada estar ali de verdade.
  6. Nada contra os carros da GM. Ficaram nota dez e a piadinha Bumblebee x Fusca foi ótima.
  7. Os Transformers são maravilhosos, perfeitos! Transformação de cair o queixo, movimentação nota dez, personalidade bem desenvolvida (o tanto que robôs gigantes podem ter personalidade) e bastante fiel aos originais. Foi isso que eu fui ver e foi isso que eu tive, portanto, nota dez com louvor!

Veredito: recomendadíssimo! Isso, claro, se você não é daqueles fãs ardorosos do Kubrick ou do Bergman.

A patroa não curtiu tanto, claro. E ficou meio confusa com a história. Atribuo isso em parte a um certo desinteresse pelo tema. Mas ela disse que gostou em alguns momentos.
O filme é bem nerd em certos aspectos mas funciona bem também para quem não conhecia o conceito, nem assistiu aos desenhos.
Agora, só falta pegar aquela sessão meia entrada durante a semana para curtir melhor.

25 de jul. de 2007

Projeto Água de Chuva

Aproveitando a subida na laje, fui dar uma olhada para entender o porquê do projeto coletar tão pouca água, mesmo com uma chuva razoável (só mesmo uma tempestade pra entrar alguma coisa).
Veredito: a inclinação da laje, aliada a uma pequena elevação da boca do cano de captação. Lógico, a laje é ligeiramente inclinada na direção dos canos de transbordo ou escoamento (sei lá se é esse o nome que se dá), e o meu cano de captação está um pouco para trás e a boca estava um ou dois milímetros acima do nível da laje.
Solução: quebrei um pedacinho da boca do cano, fazendo uma abertura e cavei (quebrei com a talhadeira) um pequeno canal até perto do cano de escoamento, para tentar captar um pouco da água que iria embora. Passei Vedapren, claro, para não infiltrar na laje.
(obs.: o Vedapren anda sendo aplicado em quase tudo que eu faço. Tá quase virando uma "Pomada Minâncora")
Resultado: Em meros dois dias de chuva moderada, enchi o container (600 litros).
Hoje já tive que deixar o bocal do escoamento de primeira água aberto e também improvisei o ladrão com a mangueira, para evitar o risco de transbordamento.
Creio que vou ter que criar realmente um sistema de ladrão mais eficiente, que assegure que o container não transborde e talvez um sistema de fechamento do bocal lá na laje, para evitar excesso. Eu até pensei no início em usar um registro tipo borboleta, em plástico, que eu vi durante as compras no setor de hidráulica. Ele não era barato e com certeza não encaixaria nos tubos de esgoto, mas foi uma idéia interessante.
Mas como tudo no Brasil, incluindo o governo, acho que só vou me mexer depois da tragédia. Afinal, eu só subi na laje de novo porque estava descendo água pelo teto, não foi?
Mas fiquei bem contente em aumentar a captação, embora a qualidade da água não seja das melhores. Acho que devido à estiagem, a sujeira acumulada no telhado é bem maior. Vou tentar melhorar a eficiência do filtro de pano, usando um tecido com trama mais fechada.

Garoto da laje IV

Extra! Extra! Notícias fresquinhas da laje!
Pois é, resolvi dar um basta na preguiça e, muito macho, subi até a laje para terminar o conserto do telhado. Afinal, durante a semana ocorreu um vazamento no teto do corredor, que eu creditei ao telhado quebrado.
Subi com tudo o que precisava, para evitar o sobe e desce (bem complicado, subindo dois níveis, sendo um na laje do vizinho, e tendo que carregar a escada pra cima), e deixei uma corda estendida lá pra baixo, pro caso de ter que subir algo mais.
Bom, foi um trabalho longo (5 horas no total) e bastante artesanal: fazer um pouco de cimento, achar o ponto de massa (quase como fazer bolo), colar as cumieiras (nome das telhas que eu quebrei) uma a uma (foram 4 no total), remendar os pedaços de telha brasilit que quebraram, etc. O difícil mesmo foi achar uma posição que permitisse fazer o trabalho. Teve momentos em que eu tive que ficar debruçado sobre o teclhado, apoiado apenas com a mãe esquerda num único ponto, para evitar quebrar mais telhas.
Além disso, adivinha se as cumieiras que eu comprei eram do mesmo tamanho das que lá estavam? Claro que não! Desde quando as coisas dão 100% certo comigo, hein?
As novas eram maiores e portanto, não iria caber tudo certinho como antes. Daí, em mais um magistral momento de genialidade e habilidade manual, eu inventei um novo conceito em construção civil: a emenda de cumieira. Nem me pergunte como é a coisa, mas funciona que é uma beleza!
E para arrematar, Vedapren em todas as junções, para evitar qualquer tipo de infiltração. O que na verdade foi muito importante, porque já começou a chover no dia seguinte e eu estava com medo justamente da chuva estragar o trabalho com o cimento.
Desde então, choveu quase todo dia e nem uma gota lá pra baixo, o que só comprova a qualidade do serviço feito e justifica o investimento do meu tempo.
O único senão foi o vento, que estava infernal (quase cai de lá umas duas vezes) e a dor nas costas nos dias posteriores. Eu mal conseguia me mexer. Definitivamente esse sedentarismo ainda vai me matar...

19 de jul. de 2007

Voe TAM!

Aviões caem, barcos afundam, trens descarrilham, carros batem, pessoas morrem.
Pessoas se agarram inutilmente à ilusões de constância, permanência e ordem, num mundo definido justamente pela inconstância, pela ausência e governado pelo caos.
Pessoas criam laços eternos a coisas passageiras.
Acreditam que as coisas que amam sempre estarão a seu lado, e adiam momentos felizes e agradáveis, para depois chorar quando não podem mais tê-los.
Pessoas responsabilizam outros pelas decisões que elas mesmas tomam, e quanto acontece algo desagradável, fazem-se de vítimas.
Pessoas abrem mão do poder de decidir sobre seu próprio futuro e depois reclamam que outros não fizeram o seu melhor para elas.
Pessoas, levadas pela ambição, pelo conforto e pela preguiça, fecham seus olhos para os potenciais - e muitas vezes totalmente evidentes - riscos inerentes à vida, deixando de tomar as atitudes necessárias para evitá-los, e culpam depois o destino, ou algo equivalente, pela sua "má sorte".
Pessoas...
A maioria realmente parece não saber viver.

16 de jul. de 2007

Not so good

Água de Chuva
Hoje choveu. Você notou?
Pois é. Só que eu tinha deixado o dreno do coletor de primeiras águas aberto e adivinha quanta água eu coletei? Isso mesmo: NADA! A falta do ladrão adequado me deixa preocupado de chover muito e eu não estar em casa e ao voltar encontrar uma meia inundação. Daí que acabo deixando o dreno aberto, pra tentar diminuir a entrada de água. Mas aí, se não chover de balde, não enche o reservatório. Que sinuca de bico!

Telhado
Pois é, choveu hoje. Você notou?
Pingou água no corredor de novo. Mas pingou diferente. A parede não ficou úmida como antes e os pingos vieram de um lugar só, meio que concentrado. Portanto, acho que posso concluir que:
  1. o Vedapren na laje continua funcionando muito bem.
  2. o telhado quebrado vai me dar problemas enquanto eu continuar com essa preguiça de subir lá e arrumar tudo.
Se tudo der certo, o próximo domingo será dedicado à laje. Vamos ver...

More than meets the eye

Pois é, na onda do revival, sexta-feira (vulgo 20/07) vai estrear o filme dos Transformers.
Infelizmente, dada a situação profissional, não poderei fazer aquele esquema de pegar a primeira sessão, ao meio-dia. Mas acho que pelo menos umas duas vezes no cinema vai rolar.
Cara, eu adorava os Transformers. Tanto que quando saiu o longa metragem, eu quis tanto ir no cinema que quase fiquei doente. No final das contas, acabei não indo e só pude ver muitos anos depois, em vídeo.
Dessa vez, ninguém me segura!

Sonho realizado II

Pois então, terminei de assistir à Saga da Patrulha Estelar contra o Cometa Império e fiquei muito feliz.
A série mostra sinais de envelhecimento (claro! É bem antiga, a danada), com uma visão muito poética e mesmo ingênua do espaço, e uma animação e design de personagens bastante ultrapassado. Na verdade não é bem assim, já que o cara - vulgo Leiji Matsumoto, fez aqueles clipes do Daft Punk com o mesmo design, só que com melhores recursos, e ficou duca!
Mas eu consegui acompanhar tudo com o mesmo entusiasmo dos velhos tempos, fato notável num mundo em que quase tudo fica velho e obsoleto depois de poucos meses.
Alguns problemas na série, que já me aborreciam na época, só se reforçaram com a idade, claro, embora não tenham estragado o barato. Vamos a eles:
  1. O Yamato é indestrutível! Toma zilhões de tiros, bombas, mísseis, colide com outras naves e permanece intacto. Tá, exagerei. Quebram-se um monte de coisinhas frágeis, como antenas, metralhadores e canhões, mas a nave, mesmo, tá lá, inteirona. Parece uma peneira de tão furada mas continua com os motores a mil por hora. As naves inimigas, em compensação, parecem ser feitas do mesmo papelão e isopor usado nos cenários do Ultraman: encostou, quebrou!
  2. A Terra tem a tecnologia mais avançada do universo! O Yamato tem o motor de ondas, faz viagens por dobra (warp), tem um canhão de ondas que destrói planetas, canhões de impacto com alcance mais longo e poder de fogo maior que o das naves inimigas, além de caças de apoio mais rápidos e poderosos. Um tirinho da Yamato ou um míssil dos caças deles destroem naves gigantescas, enquanto o Yamato, sob uma chuva de tiros, nem arranha. Tá, exagerei de novo, mas no máximo, sai um monte de fumaça e olhe lá (fumaça no espaço... legal, né? Lembra o que eu falei de "visão poética do espaço" lá no começo do texto?). E isso porque os inimigos são sempre impérios galácticos tidos como ultra-poderosos e invencíveis. Vai a Yamato lá, sozinha e dá um cacete em todo mundo.
  3. A solidão faz a força! Mesmo com um monte de gente na tripulação, é só meia dúzia de personagens principais que resolve tudo (o temível Cometa Império, coitado, tomba por conta de três gatos pingados que entram na fortaleza invencível e detonam tudo com uma bombinha tipo C4). A maioria dos coadjuvantes morre sem destaque. Alguns dos principais morrem de forma dramática, "sacrificando-se pela paz na Terra".
  4. Papo de macho! Mulher no Yamato não tem vez. Tirando as alienígenas que são o mote principal nas duas primeiras temporadas (na terceira ela aparece do meio pro final), a tripulação do Yamato só tem a Yuki, e ela é cacho do Kodai. Fruto da mentalidade machista nipônica, ela tem o seu destaque somente quando age como esperado de uma mulher japonesa: sensível, recatada, devotada. Nada de guerreira. Hoje em dia, essa visão mudou bastante, mas de um modo geral, a mulherada nos animes de hoje ainda tem poucos papéis de destaque, exceto como objeto sexual dos homens. Triste. Deviam ter mais lições com o Miyazaki. Ah, e a Yuki é "apalpada" o tempo todo pelo robô Analyser, um tarado de marca maior.
  5. O Japão dominou o mundo! Num hipotético futuro onde as guerras e diferenças locais foram resolvidas, o governo é mundial e centralizado e os esforços são todos feitos mundialmente, todos os personagens são japoneses. Tudo bem, eu sei que o anime foi feito em cima do sentimento de orgulho nipônico, com a ressurreição do finado cruzador japonês Yamato, tido como a maior arma de guerra já criada (na época, pelo menos) e que afundou sem fazer diferença na história. Mas que fica estranho aos ouvidos, ah, lá, isso fica sim. E pensar que hoje em dia alguns linguistas japoneses temem pelo fim da língua natal, dado o avanço do vocabulário inglês (americano, claro) no cotidiano do povo japonês, onde muitos jovens idolatram o "american way of life".

Mas tem umas coisas legais nesse anime, que é difícil ver por aí, em tempos do politicamente correto:
  1. As pessoas morrem mesmo, tomam tiros, sangram e tudo mais. Nada de disfarce.
  2. As personagens não são tão preto e branco e todos tem lá seus motivos. Não é o mal pelo mal, como se vê em quase todos os desenhos americanos. Um dos grandes vilões reconhece suas falhas e inicia uma busca por redenção. Fica claro também que mesmo os mocinhos ou vítimas (no caso os terráqueos) não escapam de ter lá suas culpas e problemas, ficam com raiva e partem em busca de vingança também. Há uma crítica direta ao materialismo na Terra, em detrimento de todo os esforços feitos para se chegar a um futuro melhor, crítica que cabe ao Japão e ao resto do mundo hoje. E o médico da nave, então, que bebe saquê como se fosse água (absurdamente transfromado em leite, na dublagem nos EUA).
  3. O espírito de sacrifício da tripulação, da devoção ao seu capitão e a inspiração para lutar pelo que for melhor para todos. Coisa rara num mundo tão cínico quanto o que vivemos.

Enfim, foi uma volta ao passado, que me deixou profundamente contente, especialmente por me fazer relembrar de emoções enterradas a tanto tempo, e me lembrar do garoto que eu era e do futuro que vislumbrava.
Pra quem ficar inspirado, segue a romanização da letra da abertura:

Uchuu Senkan Yamato

saraba chikyuu yo tabidatsu fune wa
uchuu senkan YAMATO
uchuu no kanata ISUKANDARU e
unmei seoi ima tobidatsu
kanarazu koko e kaette kuruto
te wo furu hito ni egao de kotae

ginga wo hanare ISUKANDARU e
harubaru nozomu
uchuu senkan YAMATO

5 de jul. de 2007

Sonho realizado

Em plena década de 80, uma nova emissora de TV iniciou suas transmissões no Brasil.
Ligada ao grupo Bloch, ganhou o nome da revista de maior sucesso da Editora, a Manchete.
A TV Manchete até que começou bem, teve algumas brigas boas de audiência com as grandes (Globo, SBT e Record), em especial com algumas novelas que ficaram famosas, como Pantanal e Ana Raio e Zé Trovão.
Sim, naquela época eu assistia a novelas, especialmente as da Manchete, que "inovaram" ao mostrar a nudez de muitas das atrizes principais (entendeu porque eu assistia?). A Manchete lançou muita gente que hoje perambula por outros canais, como Jayme Monjardim, Cristiana Oliveira (a Juma Marruá), Carolina Ferraz, Paulo Gorgulho e Ângelo Antônio.
Depois veio o declínio, a bancarrota e a venda, para então se tornar a atual (e famigerada) Rede TV!.
Eu me lembro com saudade daqueles tempo. Até as vinhetas eram legais, com temas espaciais.
Mas o maior lançamento da Manchete foi mesmo a dupla Xuxa e Marlene Mattos, no extinto e saudoso Clube da Criança. Programa quase mambembe, sem estrutura (Xuxa sozinha + 30/40 crianças soltas = gritaria e alguns tapas, plenamente justificados, dada a situação).
Mas todo esse prêambulo (eu já disse que sou meio prolixo?) é para lembrar dos desenhos do Clube da Criança, uma mistura de produções americanas e uma invasão de animes como poucas vezes se viu no país, além da famosa série de produção européia do Dartagnan e os Três Mosqueteiros, em que os personagens eram cachorros ou gatos. Alguns desenhos eram até meio fortes para a molecada, mas eu curtia pacas.
Pirata do Espaço e Patrulha Estelar foram os que me marcaram mais, já que eu era fã veterano de produções japonesas, especialmente as com temática espacial ou com robôs e monstros.
O Pirata do Espaço eu tive a oportunidade de acompanhar até o final. No entanto, a segunda temporada da Patrula Estelar eu não consegui ver além da primeira metade, e depois só assisti à terceira. Ficou um vácuo que me perseguiu por quase 20 anos, período em que eu quase cometi a loucura de tentar comprar VHSs vindos dos EUA para tentar terminar de ver a série.
Mas eis que agora eu me reencontro com a série, disponível para baixar via torrent e
finalmente posso realizar um antigo sonho: saber como a tripulação da Argo/Yamato sozinha conseguiu destruir o Cometa Império.
Entende o tamanho da minha dúvida? Entende agora os anos de frustração e desespero? Entende porque um homem de 36 anos anda cantarolando o tema de abertura de um desenho animado da década de 70, e o que é pior, na versão japonesa?
Só quem viveu aquela época e pôde acompanhar Wildstar/Kodai e seus companheiros rumo ao desconhecido pode entender...

P.S.: Para saber mais, procure por Patrula Estelar / Starblazers / Uchuu Senkan Yamato

300!!!

Não, não é mais um post sobre o filme do Santoro-pelado-dourado-cheio de piercing-com voz cavernosa.
Este é um post comemorativo à marca de 300 visitas a este blog. Eeeeeeeeeeeeee!
E tudo isso sem apelar para posts cheios de nomes de atrizes e modelos famosas que posaram nuas.
Tá certo que 95% das pessoas entram aqui porque procuram no Google por coisas que até Deus duvida. Os outros 5% vem do blog do Élcio (e 90% dessas visitas são o próprio Élcio, vindo aqui fazer não sei o quê).
Mas é incrível como o link no blog dele fez as visitas aumentarem. Inclusive, mais ou menos na mesma época em que ele incluiu o link, o Google começou a despejar visitas aqui, o que não parece ser apenas coincidência. Ou ele é o responsável pela inclusão de sites no mecanismo de busca ou ele é o próprio dono do Google disfarçado. Ou o blog dele é tão famoso e gera tantos hits que entra automaticamente nos sites mais acessados do Google. Ou eu estou forçando a barra, como sempre.
Mas enfim, parabéns a mim por esta marca histórica.
E obrigado ao Élcio por linkar meu blog.

3 de jul. de 2007

Errata

Na verdade, eu já sabia que o House passa na Record também (o que invalida aquela minha afirmação de que eu não assisto porque não tenho TV a cabo). Mas eu não tenho paciência nem disponibilidade para assistir às séries no dia e horário que eles passam.
Eu adoraria que o pay-per-view fosse real, ou seja, que eu pagasse exatamente pelo que eu quisesse ver, na hora em que eu quisesse ver. Mas como não é, as séries que eu gosto eu assisto no "no-pay-per-view", se é que vocês me entendem...

30 de jun. de 2007

House M.D.

Eu não acompanho essa série com regularidade. Como não tenho TV a cabo, só assisto esporadicamente no gato da casa da minha mãe. Mas apesar disso, gosto bastante e considero-a uma boa diversão.
Mas o motivo que me leva a escrever não é discorrer sobre a série, mas informar que o meu chefe me elegeu o próprio "Gregory House Cover". E não, não é por minha excepcional competência na minha área de atuação. É mesmo pelo meu mau humor constante e personalidade desagradável.
O que eu considerei um elogio, claro. Afinal, sou fã do Dr. House e sua eterna irritação em lidar com as pessoas, especialmente aquelas que nada tem a acrescentar em sua vida.
Só falta eu começar a mancar e arrumar uma bengala. O que, do jeito que anda minha forma física, deve faltar pouco para acontecer.

28 de jun. de 2007

Festa Junina

Não que eu vá começar uma série de posts na linha "Eu odeio..." (mas já deve tem um ou dois por aí...), mas eu odeio festa junina.
Quando criança, era obrigado a me vestir com aquelas roupas ridículas, tornadas ainda mais ridículas pela minha mãe, que enchia a roupa de retalhos "de mentira", para simular roupas remendadas, e que incluia um tenebroso e horripilante retalho em forma de coração na bunda. Sim, você leu certo: coração. E na bunda! Isso seria considerado incentivo à pedofilia hoje em dia. Mas naquela época, não, é claro! Acho que a pena por expor uma criança a um ridículo dessa magnetude deveria ser de pelo menos umas 100 chibatadas.
Além disso, claro, eu era obrigado a ir com um bigode e um cavanhaque feitos com lápis para contorno dos olhos, artigo comum nas bolsas femininas. Eu ainda não sei o que me dava maior desgosto, se a "barba" falsa ou o retalho de coração.
Para completar, aquele mico básico de fingir que estava dançando, tendo que obedecer às ordens das professoras e tentar entender alguma coisa daquelas letras horríveis das músicas da quadrilha, sem sentir nenhum prazer naquilo.
Aliás, o nome da dança é mais que apropriado, eu diria. Só mesmo mentes criminosas unidas com objetivos funestos poderiam perpetrar tamanho crime contra a inocência e bem-estar de nossas crianças (no caso, eu).
De positivo, talvez, só os doces (em especial aqueles de abóbora, batata-doce e batata-roxa, iguarias que até hoje eu adoro) e as brincadeiras, como pescaria e jogar bolas de meia na pirâmide de latas, para ganhar prendas. Mas mesmo essas coisas boas ficam ofuscadas pelas lembranças vergonhosas do "figurino", "maquiagem" e "performance artística".
Talvez assim as pessoas entendam porque eu não fico nem um pouco entusiasmado quando me convidam para festas juninas.

26 de jun. de 2007

Blecaute

Nossa, tá bem difícil escrever ultimamente. Devo ter entrado na fase de bloqueio, depois da diarréia mental.
A falta de objetivos, planos e interesses dá nisso, viu?

18 de jun. de 2007

Filmes no fim de semana

O Ilusionista. Com o Edwart Norton (excelente ator), Paul Giamatti (outro excelente ator) e Jessica Biel (bonitinha, mas nada demais como atriz). A história é interessante, a direção é bacana e a fotografia e direção de arte estão muito boas. Fazia tempo que eu não via assim um filme com um pique mais tranquilo, sem ser um blockbuster baseado em quadrinhos. O roteiro acaba sendo meio previsível (pelo menos, aconteceu tudo como eu esperava desde o começo), mas ainda assim, foi muito bem montado.

Quem somos nós? Difícil de encarar, viu? Pseudo-documentário cheio de blá-blá-blá da nova era, tentando juntar conceitos de física quântica com filosofia e esoterismo, uma salada russa incompreensível e plenamente dispensável. Tirando alguns conceitos da neurociência sobre peptídeos e neurotransmissores (alguns equivocados), pouca coisa se salva. Se fizessem um drama com a história da moça surda, daria um bom filme. Com toda aquela pseudo-ciência e bobagens religiosas, quase não aguentei até o final. E ao final do filme, você com certeza estará bem mais confuso sobre quem você é e pra onde vai.

Teve também o Bionicle 3 - Teia de Sombra e o Halloween do Pooh e Efalante, mas esses não contam, porque eu nem vi direito. Só coloquei o DVD pra rodar, se é que você me entende.

16 de jun. de 2007

Sobre o feriado

Acabei esquecendo de comentar sobre o tal feriadão.
Pois bem, resolvemos ir ao Planetário lá do Parque do Carmo, levando o filhote e os primos. Apesar de eu morar na Zonal Leste, ainda assim o lugar é bem distante. E acabou dando em nada, pois o Planetário estava fechado. Sem nenhuma justificativa ou aviso na internet. É provável que mais gente tenha quebrado a cara também. Achei o cúmulo a falta de informação sobre o lugar. Em plena era da internet, nenhum site informou sobre isso. Pelo visto, só quem telefonou é que ficou sabendo.
Pra não perder o passeio, resolvemos ir ao Aquário de São Paulo, no Ipiranga. A parte do aquário é bem legal, com muitos peixes de água doce, cobras, jacarés, tartarugas e afins. Os pirarucus são imensos e muito lindos. Também vi traíras e lambaris, o que me lembrou dos bons tempos de pescaria no sítio dos meus avós, quando era pequeno.
Os bonecos dos dinossauros que se movimentam são legais (mais para os pequenos), mas eu achei o ambiente escuro demais. Eles tem poucos fósseis de dinossauros e o espaço dedicado a eles é pequeno. Nesse aspecto, o Museu de Zoologia da USP, também no Ipiranga, tem esqueletos bem mais impressionantes.
Agora, o planetário é uma decepção. Eles não tem um projetor. A cúpula tem pequenas lâmpadas para formar as constelações. E o planetário mesmo é uma montagem mecânica simples, com as órbitas destacadas por lâmpadas no chão, com as bolas coloridas girando para representar os planetas. Tem uma apresentação bem infantil, misto de teatro e musical, que realmente só entretém os pequenos (acho que no máximo até os 7 anos. Depois dessa idade, vai ser difícil eles gostarem.).
Por fim, o cinema 3D é levemente interessante, mas algo fraquinho e sem emoção, um tanto repetitivo e cansativo. Especialmente para usar aqueles óculos horríveis e sentar naquelas cadeiras de plástico, sem nenhum conforto. Saí com o pescoço doendo. Só valeu pelo preço (R$ 2,00).
Resumindo: Um bom passeio, mais pelo aquário, que vale o ingresso pago. Como o ingresso das atrações são pagos em separado, economize o dinheiro do planetário. Pra ver estrelas, vá aos planetários do Ibirapuera ou do Carmo, mas ligue antes pra não perder a viagem.

13 de jun. de 2007

Projeto Economia de Energia

Lendo a respeito de sustentabilidade e conservação ambiental, comecei a estudar sobre o uso de lâmpadas fluorescentes compactas, e sua teórica economia de energia.
Realmente, em termos de luminosidade, a fluorescente ganha em muito das incandescentes comuns, talvez pela luz mais difusa (sem um ponto central de origem) e por ser uma luz branca (fria, segundo dizem). E em termos de potência consumida, ganham em muito também.
Mas existem alguns poréns na adoção desse tipo de lâmpada, segundo eu andei lendo:
  1. O fator de potência. Eu não sou nenhum expert na coisa, mas por haver obrigatoriamente um reator, um elemento indutivo, uma parte dessa energia se perde, resistindo à propagação da corrente eltétrica, gerando um campo magnético. Segundo alguns artigos que li, isso atrapalha as fornecedoras de energia por deformar/atrasar a onda senoidal que alimenta os concumidores de energia. Não sei dizer o quanto isso é ruim para o sistema, mas com a crescente adoção das fluorescentes, inclusive com propaganda governamental, é provável que em algum momento alguém comece a chiar a respeito se o prejuízo for tão grande assim;
  2. O descarte da lâmpada. Fluorescentes usam vapor de mercúrio, elemento altamente tóxico e perigoso se aborvido pelo corpo ou mesmo espalhado no meio ambiente. Hoje em dia, quem compra uma lâmpada fluorescente tem que arcar com o custo adicional do transporte das lâmpadas até empresas especializadas, e algumas até cobram pra receber a lâmpada. A verdade é que ainda não há no Brasil uma forma controlada e segura de descarte dessas lâmpadas, que em geral acabam no lixo comum, quando não são largadas (e quebradas!) nas calçadas, contaminando pessoas e o meio ambiente. Um perigo!
Apesar dos poréns, decidi trocar as lâmpadas em casa pelas fluorescentes. Não somei exatamente os valores pagos, mais gastei pelo menos uns R$ 120,00 para trocar todas as lâmpadas de casa, incluindo uma nova luminária para a cozinha. Como são mais duráveis, o custo compensa ao final de alguns anos.
A potência nominal total consumida em casa despencou, e a iluminação geral aumentou muito. As fluorescentes tem um pequeno inconveniente, que é a demora para alcançar a iluminação máxima, na ordem de alguns segundos, o que dá uma impressão de que não se acendeu muita coisa. Mas passado esse instante inicial, iluminam muito mais que as incandescentes que eu usava.
Minha sala tinha antes 4 lâmpadas "dicróicas" de 50 W, que além de não iluminar nada, gastavam uma montanha de energia. Eu troquei por 5 lâmpadas fluorescentes compactas de 11 W cada (quase a potência de uma só das dicróicas), com a base espelhada, que deixaram a sala brilhando e o canto do computador muito mais confortável para se trabalhar.

O problema é que a economia de energia não aconteceu. No final, a conta do mês em que eu coloquei as lâmpadas ficou igual aos meses anteriores. Pelos meus cálculos, deveria haver uma diminuição significativa nos KW consumidos, mas nem sinal disso.
Preciso agora avaliar se isso não é decorrência de mudanças nos padrões de consumo em casa. O computador anda ficando muito tempo ligado (por conta de alguns trabalhos do pessoal, mais a mania de baixar coisas via ADSL, e o bendito Counter Strike). Além disso, graças a um divórcio na família, tenho um novo inquilino que, bem ou mal, tem uma lâmpada no quarto e um computador também. Como esfriou cedo este ano, pode ser que o chuveiro tenha contribuido justamente neste mês também.
Vamos continuar acompanhando e qualquer novidade, eu aviso.
E se eu achar as notas, eu coloco os valores exatos que gastei.

11 de jun. de 2007

O segredo

O tal "Segredo" está me cercando.
Uma grande amiga diz que eu preciso assistir ao filme de qualquer jeito.
Uma grande amiga da minha esposa também recomendou com enorme ênfase.
Hoje eu vi o livro na banca, bem em cima do balcão na hora de pagar minhas revistas.
Depois, abri um anúncio da Fnac e lá estava o bicho, em promoção.
Pois é, eu finalmente entendi o "segredo": persistência.
Só pode ser isso.

P.S.: Em tempo: não! Eu não comprei o dito cujo. Nem vou comprar. E se me emprestarem, não vou ler. E só assisto o filme se a esposa fizer muita questão. E tenho certeza que será legal. Vou me divertir acabando com os conceitos do filme.

7 de jun. de 2007

Feriadão!

Sim, senhoras e senhores, finalmente eu vou passar pela experiência (quase) inédita de um feriado prolongado. Vou enforcar a sexta, manja? Coisa rara nos últimos tempos...
Mas a programação é bem extensa, viu? Nada de vadiar na cama, não!
Na quinta, um passeio com o filhote e a patroa. A patroa tá preparando o roteiro, mas não vai ser nada muito light, não, com direito a museu, exposição, parque e tudo mais. Fico lembrando quando levei o guri no Museu de Zoologia lá no Ipiranga. Ele não parava quieto e mal olhava as coisas expostas. Em menos de 30 minutos, já queria ir embora. Visita relâmpago, sabe como é? Mais ou menos o que aconteceu com o Dinos na Oca, já há algum tempo. O pai é que ficou todo bobo com os dinos. O moleque mesmo olhou com aquela cara de "Ah, tá! É só isso?". Que pentelho!
Depois, na sexta, vamos tentar pegar um cineminha e quem sabe um almoço ou jantar a dois. Coisa que também faz um tempo que não fazemos. O último filme foi o 300 de Esparta e também fazia um tempão que não íamos. Na verdade, em relação ao cinema, estou quase virando um crítico: não assisto porra nenhuma mas sei quase tudo sobre todos os filmes em cartaz.
Depois, no sábado, vai ter uma "pizzada" (???) na casa de uns amigos, a turma de pais da escola do filhote. Vamos lá, encher a pança. Que, ao que parece, é o que essa turma sabe fazer melhor! (nos incluo nessa, claro)
Enquanto isso não chega, cá estou, às voltas com essas "Malditas Transações"! Dá até nome de filme B, não dá?

31 de mai. de 2007

Camisinha do Lula

O Ministério da Saúde lança campanha para baixar os custos dos anticonceptionais, e popularizar a vasectomia.
Isso é pouco. Eu diria mais: é nada!
É só ver o que essa gente miserável tem de filho, um atrás do outro, acreditando no "crescei e multiplicai-vos", não tendo cultura suficiente pare entender o processo de fecundação, da necessidade de disciplina para o uso de pílulas e outros métodos.
Vamos parar com a hipocrisia! O que tem que ser feito urgentemente é:
  1. Legalizar o aborto. Fica um monte de homens, políticos, religiosos e intrometidos em geral discutindo sobre aborto. Vejam bem, homens, que não podem engravidar, não aguentam 9 meses de gestação, não amamentam e não perdem emprego, decidindo sobre o que uma mulher pode ou não fazer com o seu próprio corpo. Quer mais ranço machista que isso? É como se as mulheres devessem decidir se o cara pode ou não coçar o saco. E todo mundo sabe que menina de classe média alta faz aborto aos montes em clínicas de renome e tem atendimento médico de primeira, enquanto milhares de meninas sangram até a morte nos PSs públicos em decorrência de complicações em abortos clandestinos, feitos em condições tenebrosas.
  2. Oferecer, gratuitamente e com ampla divulgação nos meios de comunicação de massa (vulgo intervalo da novela das oito da Globo), laqueadura e vasectomia a quem quiser, não importando a idade, a classe social ou o número de filhos (mesmo que não tenha nenhum). Se a fulana ou fulano se arrepender depois, dane-se! Pelo menos até bater o arrependimento, não teve um monte de filhos sem condição pra cuidar.
  3. Substituir a Xuxa, no programa infantil matinal da Globo, por outra loira igualmente ridícula, a Marta Suplicy, que pelo menos tem a formação necessária, mostrando nos intervalos entre os desenhos, como se coloca uma camisinha num pênis e todos os demais cuidados para evitar gravidez e doenças sexualmente transmissíveis, em linguagem bem didática, inteligível para crianças a partir dos 7 anos de idade.
É facílimo controlar a explosão demográfica da miséria. O que falta é culhões!
No sentido figurado, claro. Porque na real, tá é sobrando disso!

Fria e solitária laje

Eu estava esperando o tempo esfriar um pouco para subir na laje e arrumar o telhado, já que passar o dia inteiro tomando sol na cabeça acaba comigo.
O problema é que o tempo fechou de vez, com temperaturas perto dos 10º C, garoa e ventos insuportáveis e perigosos (um ventinho e um escorregão bastam para matar uma pessoa que está em cima de uma laje, sabiam?).
Daí, eu fui deixando, deixando e até agora, nada.
Pelo menos não tem chovido forte e o telhado quebrado não está gerando maiores problemas, mas preciso resolver isso rápido. Mas a preguiça de deixar as cobertas é muito grande, acreditem!
Como coisas boas, devo frisar novamente a impermeabilização com o Vedapren, pois com o clima atual, nos ano passado, a parede vivia gotejando. Sinal de que eu fiz tudo direitinho.
Tenho novos planos de mexer na casa, que eu queria colocar em prática logo, mas atualmente falta dinheiro e esses vão ter que esperar um pouco mais.
A coleta de água da chuva praticamente parou, já que não choveu mais nada... Uma pena.

Breaking News

  1. Agora que o Chavéz (não, não aquele do Quico e do Seu Madruga) fechou a TV privada que lhe criticava e criou outra estatal "baba-ovo" de seu governo, finalmente começaram a entender que a Venezuela sofreu um super golpe de estado há tempos e vive uma ditadura como poucas na história da humanidade. Tudo devidamente embalado em papel-presente de "Democracia", como sempre o fazem as ditaduras de esquerda.
  2. Agora que a invasão da Reitoria da USP já passou dos limites e mais nada acrescenta à discussão sobre os decretos do Serra (que, convenhamos, careciam de mais discussão), finalmente estão percebendo que muito daquela molecada só está lá pra fazer balbúrdia e matar aula, e não dá a mínima pra democracia, movimento estudantil e pro fato de estudarem às custas do meu dinheiro. Tudo devidamente denominado de "resistência", como sempre curtiram os "revolucionários". Sei...
  3. Agora que o Renan Calheiros se explicou e no final não explicou porra nenhuma, finalmente as pessoas estão começando a entender que isso é a cara do brasileiro: mentir deslavadamente, mesmo sabendo que ninguém acredita. Porque no fundo, todo mundo, se já não faz o mesmo, é por pura falta de oportunidade. Nós somos o Renan e todos os que estão lá, mesmo não querendo admitir.

Motivação

Pois é. Andei percebendo que a minha motivação em escrever é sazonal. Eu escrevo quando dá vontade, e quando não dá vontade, não escrevo nem por decreto. O que indica que eu não sou uma pessoa metódica, organizada e disciplinada (que novidade!).
Quando dá vontade de escrever, acabo querendo escrever sobre mil coisas ao mesmo tempo, e daí, encher o blog de uma vez só. Mas daí eu penso: "não, melhor fazer aos poucos, manter a regularidade", etc. E no final, acabo não escrevendo nada.
Então, decidi respeitar esses "ímpetos literários" (hahaha!) e escrever quando e quanto me der na telha.
Por isso, da próxima vez que você parar pra ler isto aqui (eu sei que ninguém faz isso, mas você entendeu o espírito da coisa), provavelmente vai ter um monte de posts quilométricos, e depois semanas sem nada de novo.
Esse sou seu, fazer o quê.
Não gostou? Tem quem goste, tá? Embora seja cada vez mais raro encontrar alguém nessa categoria...

Promoção Imperdível!

É isso aí!
O primeiro a deixar um comentário neste blog, ganhará um... er... vejamos... bem... um muito obrigado.
Tá bom?

23 de mai. de 2007

Counter Strike Weekend

Não, não é o anúncio de um futuro evento de jogadores de Counter Strike.
É só a melhor forma de sintetizar como foi o último fim de semana lá em casa.
A coisa chegou num ponto em que a patroa deve ter pensado seriamente em divórcio...

Eu estou começando a aprender a usar rifles de precisão ("sniper rifles"), embora eu prefira um que, mesmo sendo mais "fraco", permite tiros múltiplos sem ter que recarregar a cada tiro, como o Magnum. Mas continuo lento pra me movimentar e mesmo trocar a visualização do rifle, o que gera um monte de mortes seguidas, a maioria por headshots. Teve uma com a faca também, mas porque eu fiquei parado num mesmo lugar vários minutos, dando as costas para um dos acessos possíveis dos inimigos. Mas valeu a experiência.
Também instalei novamente as ferramentas de construção de mapas, e criei um novo para treino com o rifle. É simples, mas difícil. Você com o rifle e mais de dez inimigos armados somente com a faca, todos numa depressão e você lá em cima, mirando. Acredite, é pura covardia! Eu, pelo menos, morri todas as vezes, retalhado como um porco em dia de festa...

Também vale a pena citar a evolução do engine do Condition Zero sobre o do Counter Strike clássico. O engine "aprende" qualquer novo mapa, e em seguida os "bots" (jogadores controlados pelo computador) já saem rapidinho pelo mapa, fazendo coisas bem complicadas e explorando bem o terreno. Só senti algo estranho em um dos meus mapas, mas acredito que é pela própria natureza (diria "defeitos") do mapa, que levou os bots a sempre usar um mesmo caminho, que por sinal, é o mais rápido para se chegar onde se quer.
Mas é mesmo bem mais divertido jogar contra seus amigos, ou mesmo estranhos, e imaginar a frustração deles em serem mortos por você.

16 de mai. de 2007

Mudanças

Não, não é nada demais.
Só dei uma alargada no blog, de 660 para 800 de largura.
É que aquela tripa vertical de texto meio que me enche o saco.
Agora, vamos trabalhar!
Inté!

Drogas

Há um traço da minha personalidade que é irritantemente constante, aparente e incômodo: meu desprezo total e absoluto pelas drogas e por quem as usa. Exceto, é claro, quando as pessoas o fazem por necessidade médica, embora hoje em dia essa necessidade seja muito difícil de diagnosticar com exatidão e qualquer coisa, até unha encravada, anda ganhando umas pílulas.
Eu não fumo, não bebo, não cheiro nem injeto nada (mas faço sexo, veja bem!). Tomo quando muito meus antibióticos e analgésicos quando a coisa pega, mas fora isso, evito ao máximo consumir qualquer coisa que altere minha percepção, raciocínio, disposição (mesmo que para melhor) e sanidade.
Não consigo lembrar de sensação pior na vida do que estar bêbado, e olhe que quando eu era moleque, isso acontecia muito. Hoje em dia, o gosto do álcool me dá um enjôo terrível, a ponto de eu querer cuspi-lo no ato. Já tomei uma golada de cerveja pensando ser guaraná (confundi o copo com o de outra pessoa) e quase imitei aquelas cenas de desenho animado, jorrando em cima de todo mundo. A famosa cidra na virada de ano me dá dor de cabeça no ato e me deixa tonto e indisposto.
O cigarro, então, me dá ânsia de vômito. Ficar perto de alguém fumando me faz querer sair correndo, com falta de ar; sentir isso no hálito da pessoa me dá um nojo insuperavelmente maior do que aquelas melecas de filme B de terror.
Eu tento evitar fazer isso, em prol da sociabilidade, mas admito que eu desço a pessoa consumidora dessas coisas alguns degraus na escala do meu apreço e respeito. Sim, eu respeito menos a quem fuma, bebe ou "dá um pega", entre outras práticas, tanto mais quanto maior a ilegalidade e potência da referida substância.
Reconheço meu preconceito, mas não consigo abrir mão dele. Faço um esforço consciente e muito grande em relação aos amigos que tenho, para não perdê-los. Procuro observar neles somente os motivos pelos quais lhes dou meu apreço, mas isso nem sempre é tão fácil e simples. E com certeza, tem evitado que eu faça novos amigos também.
Num mundo onde se pode falar abertamente sobre o baseado que foi ou será consumido em seguida, e a cada dia mais se pode fazê-lo na frente de quem quer que seja, sobram poucos lugares onde eu posso me sentir à vontade, que não sejam a minha casa. E isso somente no andar de cima, pois abaixo a minha família "manguaça" com freqüência.

10 de mai. de 2007

Projeto Água de Chuva: acertos

A gambiarra que eu fiz para adaptar a torneira de jardim à saída do container realmente não funcionou a contento.
Eu cortei um círculo de plástico de um espelho cego de tomada, para servir de tampão da saída e de elemento de conexão da torneira. O que eu descobri é que o plástico do espelho tem pouca resistência mecânica e elasticidade. E parece inclusive que fica mais frágil em contato com a água. Sorte que eu percebi antes que ele quebrasse de vez, pois já apresentava uma senhora rachadura. Tão logo eu tratei de desmontar a coisa toda, ele quebrou em duas partes.
Tive então a idéia de usar um cup (tampão) de PVC para esgoto, bem mais resistente e flexível. O difícil era adaptá-lo à saída. A solução foi usar um pedaço de cano de PVC de 2 polegadas, criar uma "guarda" nele, enfiá-lo na rosca da saída e colar nele o cup já com a torneira. A estrutura ficou bem mais resistente. O problema é que essa rosca da saída não veda bem, então, tive que usar bastante cola de silicone, para não vazar. Pelo menos até agora, não pingou nadinha.
Veja a foto da nova montagem:


O chato é que não tem chovido mais nada, só umas garoas que não são suficientes para alimentar o sistema. Pé d'água mesmo que é bom, necas!

9 de mai. de 2007

Top Hits

As dez mais da semana:
  1. Fight Fire with Fire - Metalica
  2. Seasons in the Abyss - Slayer
  3. Holy Wars...The Punishment Due - Megadeth
  4. Among the Living - Anthrax
  5. Empty Cries - Sacred Curse
  6. Arise - Sepultura
  7. Rebel Maniac - Viper
  8. Morte aos falsos - Dorsal Atlântica
  9. E.vil N.ever D.ies - Overkill
  10. Metal Is the Law - Massacration
Aqui é só porrada!!! Yeah!!!

5 de mai. de 2007

Cuidado!

Ao amigo que entrou aqui procurando o filtro de areia e brita para água potável, recomendo muito cuidado.
Existem muitas variáveis para garantir que a água se torne efetivamente potável, como aquela usada para lavar as mãos, escovar os dentes, tomar banho e beber.
E acredito que um simples filtro de areia e brita é insuficiente para garantir a potabilidade da água.
Nós só usamos o filtro para limpar a água o suficiente para a primeira lavagem de roupas na máquina de lavar.

3 de mai. de 2007

Quem ama, espanca!

Faz tempo que eu queria comentar sobre esse assunto.
Tenho um amigo que costuma usar esse bordão ai em cima: "Quem ama, espanca"!
Ele fala isso na tentativa de me incomodar ("me zoar", manja?) sempre que o assunto é educação infantil, quando comento algo sobre meu filho ou alguma coisa relacionada à faculdade de pedagogia (que para os desavisados, está com a matrícula devidamente trancada por todo este ano). Mas depois de ouvir a denominação do método corretivo aplicado nas crianças do meu bairro, começo a concordar com ele.
Pois bem. A última moda na educação familiar da Vila Ivone, em especial na comunidade do Mata Porco, é simplesmente a "Madeirada". Por mais que eu tente me enganar, acreditando que esse nome é usado somente como uma metáfora para um corretivo mais drástico, não posso deixar de imaginar a origem do termo, e a possibilidade de que ele não seja assim tão metafórico.
Eu me lembro de gente da minha época de criança comentando surra de chinelo, cinta, vara de marmelo e equivalentes, mas a madeirada foi novidade. E dita na mais absoluta banalidade, não somente por faltas graves. E usada não somente pelas mães (não posso falar pelos pais, pois nunca vejo crianças com pais naquele lugar), mas pelos irmãos pouco maiores.
Ou seja, a meu ver, há toda uma "cultura do espancamento" naquele lugar, e imagino, no resto deste país todo. Um lugar onde uma "madeirada" é considerada uma medida aceitável de dizer ao outro que ele está errado. E olhando a situação social em que vivemos, o tamanho da violência banal e cotidiana que nos assola, percebo que isso, essa forma de pensar e agir, está tão entranhado em nós que jamais escaparemos dela. Qualquer voz dissonante sumirá em meio aos sons dos chinelos, cintas, madeiras, gritos e choros.

Muita da minha descrença atual com tudo relacionado à humanidade começou justamente com o aprofundamento nos estudos da pedagogia, e se estendeu a todas as áreas humanas, ao ser humano em si. Perdi a fé em nossa capacidade de realmente nos entendermos, nos aceitarmos, termos respeito verdadeiro uns com os outros, sermos solidários, nos esforçarmos em fazer as coisas funcionarem corretamente, em ajudarmos ao outro de maneira real e abnegada, ou simplesmente em sermos cidadãos, com todo o estofo que a palavra carrega, o que acarreta também respeito pelo planeta e seus limites.
Por conta disso, olho com certa amargura para meus antigos trabalhos voluntários, que no fundo nunca surtiram o menor efeito, exceto massagear o meu ego. Trabalhos como os que fazia com gestantes carentes, no abrigo de menores e tantos outros, me parecem hoje vazios de resultados, e diria mais, da mais elementar possibilidade de sucesso. Vejo hoje que, por mais que você se esforce, o mundo não quer o que você tem a oferecer. As pessoas querem o que querem e ponto. E reclamam se você não lhes dá. Mesmo que você ofereça filosofia embrulhada em um pão com mortadela, elas só querem o pão com mortadela (alguns, ainda com seus orgulhos intactos, podem querer só a mortadela, ou mesmo recusá-la). Mesmo que você ofereça conscientização sobre planejamento familiar e doenças sexualmente transmissíveis embrulhada em um lindo enxoval de bebê, elas só querem o enxoval, e ainda vão pedir uma cesta básica e fraldas descartáveis (veja bem, pessoas vivendo na miséria querendo fraldas descartáveis. "As fraldas de pano dão muito trabalho!"). Mesmo que você abrigue as crianças carentes, espancadas e/ou abandonadas, seus pais farão mais algumas (ou muitas), e farão tudo igual novamente, até que um juiz tire novamente a guarda e as coloquem em abrigos. E as meninas saídas dos abrigos vão engravidar precocemente como suas mães e perpetuar o ciclo de miséria. E é assim, nesse efeito cascata que vamos vivendo, transformando a situação social em uma coisa cada vez mais caótica, miserável e sem solução.
E antes que me digam o famoso bordão, já adianto: educação não resolve porra nenhuma! Porque mesmo que exista um professor bem intencionado e (raridade) realmente consciente e sem preconceitos, ele será uma vozinha tentando soar, inaudível (ou sendo ouvida como tediosa e sem graça), em um mundo barulhento que o tempo todo diz justamente o contrário, com cartazes, luminosos, neon, caixas acústicas, megafones, banda e fanfarra. E tudo isso com um tal de ECA tolhendo qualquer tipo de atitude que se poderia tomar para corrigir o comportamento absurdo e inaceitável dos ditos "menores".
Desculpem, mas é uma luta perdida. E os milhões de professores cansados, deprimidos, estressados, violentados, mal pagos, pressionados, incompreendidos e fracassados não me deixam mentir.
Ah, e em geral, a maioria das pessoas ainda os culpa por essa situação.
Olho para eles com pena, pelo que enfrentam ou ainda vão enfrentar. Mas também os olho com raiva, da sua ingenuidade (alguém disse burrice?) e por não perceberem a real dimensão do buraco em que estão se metendo.
Talvez agora tenha ficado mais claro porque foi tão fácil trancar a matrícula da pedagogia. Porque se eu não encontrar outra forma de atuar nessa área, não valerá a pena me esforçar tanto só para ter mais um diploma.

2 de mai. de 2007

Campanha de (in)utilidade pública

O marcador é de propaganda gratuita (não cobrei nada, juro!) e (infelizmente) inútil.
Neste país não há oposição quando a mão do poder é aberta, e não há eleitorado que justifique o nome (só a ausência no dia da eleição).

Top Hits

As dez mais da semana!
  1. You Give Love a Bad Name - Bon Jovi
  2. Girls, Girls, Girls - Motley Crue
  3. Carrie - Europe
  4. Only Time Will Tell - Nelson
  5. Unskinny Bop - Poison
  6. I Remember You - Skid Row
  7. Fire Woman - The Cult
  8. Is This Love - Whitesnake
  9. Love Song - Tesla
  10. More Than Words - Extreme

Mais uma parada de sucessos!

30 de abr. de 2007

Projeto Água de Chuva: ajustes

Após os problemas relatados, fiz os ajustes necessários no projeto:
  1. remontei a gaiola, coloquei o container dentro e coloquei tudo em cima da base de madeira. Agora, preciso somente de uma tábua de madeira do tamanho do container, pois a base é ligeiramente menor que ele (coisa de 10 centímetros somente).
  2. coloquei uma extensão no tubo de entrada da água no container, evitando que esparrame demais, já que a altura da montagem diminuiu um pouco.
Bem, vejam abaixo as fotos com o container deformado. Quando tirei essas fotos, ele já estava com somente 200 litros, mas acredite, com 500 litros, a deformação nos cantos e os "pneuzinhos" do lado eram assustadores.


E aqui, temos a estrutura depois dos ajustes.


O esquema do ladrão usando a mangueira ainda não foi devidamente testado e também não sei se as pessoas que vão usar a água entenderam como arrumar tudo depois de usar, para que a mangueira efetivamente funcione como ladrão. Se as pessoas não fizerem direito, na pior das hipóteses, terei uma pequena inundação em casa. Na melhor, perco toda a água coletada.
Mas são riscos inerentes na implantação de novas políticas e procedimentos.

24 de abr. de 2007

Top Hits

As 10 mais da semana:
  1. Motoqueiro - Almir Rogério
  2. Morango do Nordeste - Frank Aguiar
  3. Realce - Gilberto Gil
  4. Eu Não Sou Cachorro, Não - Nelson Ned
  5. A Vida Não Presta - Leo Jaime
  6. O Amor e o Poder - Rosana
  7. Sábado - José Augusto
  8. Haja amor - Luis Caldas
  9. Retalhos de Cetim - Benito Di Paula
  10. Sílvia - Camisa de Vênus

Aqui, é só súúúúúúúúúúcesso!

23 de abr. de 2007

A Febre do CS

Depois de longa e tenebrosa hesitação, acabei comprando o Counter Strike original, para poder jogar via internet. E como eu adivinhava, não devia ter feito isso. Já fiquei duas noites jogando online com os amigos do trabalho. Tudo bem que eu estou em casa, mas como diz a patroa: "só de corpo presente". E acabo ficando com um sono danado no dia seguinte.
Mas eu ainda preciso dominar algumas habilidades básicas, como me mexer enquanto atiro ou recarrego, andar em outras direções que não somente em frente e andar mirando mais para cima. Eu ando quase sempre apontando pra baixo, quase no chão, e daí, quando surge alguém, eu acabo atirando no pé do cara e levo um balaço na testa. Ah, e preciso arrumar uma mesa decente pro computador, pois eu fico sem apoio para o braço que usa o mouse e com o tempo, cansa e eu perco a mira fácil.
Mas é muito legal jogar online, sabendo que aquele cara que você detona é uma pessoa real (quanto mais conhecida, melhor). Claro que na maior parte das vezes eu acabo sendo um "sitting duck", como diria o capitão Panaka (se souber de quem e de qual momento de qual filme é esta referência, deixe um comentário), e levo chumbo de tudo quanto é jeito. Pelo menos a minha honra está intacta e ninguém me matou com a faca (na verdade, até agora não vi ninguém tentando).
O CS já é um jogo velhinho, mas foi tão bem construído que ainda vale muito a pena jogar, mesmo com jogos mais modernos e complexos surgindo o tempo todo. Engine leve, roda em muito hardware em que a maioria dos jogos atuais nem instala, gráficos aceitáveis e excelente jogabilidade. E pra zoar (ou ser zoado) no escritório, não tem nada melhor, exceto talvez a sinuca no boteco.
E é incrível como a molecada joga bem, mas são tremendamente mal educados e sem paciência. Os caras reclamam até da forma como eu escrevo, de eu não jogar bem, de eu demorar, etc. E xingam o tempo todo. É como ver um monte de criança barulhenta no parquinho. E quanto mais irritados eles ficam, mais interessante fica irritá-los.
Eu sou mesmo muito chato. :)

Projeto Água de Chuva: impressões e providências

Após duas semanas de espera, finalmente choveu lá no meu pedaço.
Pude então apreciar in loco o resultado de todo o esforço dispendido no projeto de coleta de água de chuva. Vamos aos fatos:
  1. O volume de água é apreciável. Eu não fechei por completo as saídas de água existentes na laje e dada a localização do coletor, somente o excesso de água é coletado. Ou seja, uma chuva fraca não vai alimentar o sistema. O que é bom, já que segundo a teoria, a primeira água ou a água de uma chuva fraca é mais contaminada e imprópria para uso. Mas apesar disso, coletei quase 500 litros em menos de 30 minutos de chuva. O que gera certa inquietação quando ao "ladrão". Eu estou usando como ladrão, uma mangueira de jardim, e tenho sérias dúvidas de que ela tenha vazão suficiente para o volume de água que eu vi chegando. Talvez seja realmente necessário um sistema mais eficiente.
  2. A qualidade da água é razoável. Apesar do coletor de primeira água, ainda vem muita sujeira do telhado, o que torna obrigatórios a peneira e o pano para eliminar a sujeira grossa. Mas tive que rever o esquema do pano. Eu coloquei o pano na boca do container, dobrado em quatro, com as bordas para fora da boca. Resultado: a boca ficou rasa e a água transbordou fácil, além do pano ficar encharcado, facilitando o escoamento da água para fora do container. Assim, tive que fazer uma adaptação, e construi com o pano um coador parecido com os antigos coadores de café de pano. Não tive mais chuva para testar essa nova montagem, mas me pareceu bem segura.
  3. Também usei um filtro de areia para poder usar a água na máquina de lavar roupas. Usamos somente para a primeira etapa do molho, devidamente filtrada e com um pouco de cloro para garantir um mínimo de qualidade. O filtro de areia é simples, feito com uma bacia plástica cheia de pequenos furos no fundo, forrada com um tecido reciclado de PET, usado no fundo de vasos com plantas para segurar a terra. Depois, vem uma camada de brita (pedra para concretagem), uma camada de areia (de construção mesmo), e uma última camada fima de brita, só para segurar a força da água e não deixar a areia se mexer muito. Isso é suficiente para garantir uma água bem clara e livre de sujeira. O único trabalho mais chato é lavar várias vezes a areia com água limpa (eu usei a própria água da chuva) até que ela pare de sujar a água.
  4. A montagem agüentou bem. Não tive nenhum vazamento sério (um ou outro ponto em que aparece uma gota, fácil de remendar) e não percebi nenhum problema estrutural. A gaiola do container aguentou o peso sem chiar, mas o container em si me deixou preocupado. Acho que, como eu temia, ele não pode ficar cheio sem a gaiola. Ele sofreu algumas deformações razoavelmente grandes e preocupantes, e acredito que se eu tivesse optado em furá-lo para colocar as conexões, ele poderia ter rasgado. Isso vai gerar algumas alterações e um pouco mais de trabalho. Preciso esvaziar o container, remontar a gaiola, colocá-lo na gaiola e construir uma base para que ele fique em cima. Como a torneira dele fica bem embaixo, ele não pode ficar no chão. Tenho uma estrutura de madeira, que não serve para nada além de depósito de tranqueiras, que pretendo converter em base. Se ela agüenta quase 700 kilos é outra história, que só será demonstrada na prática (se não aguentar, vai ser engraçado ver aquele container tombando e derrubando 600 litros escada abaixo).
Para uma primeira vez, considero o projeto muito bem sucedido. Lavamos roupa com a água, temos uma mangueira para lavar a garagem e usei até no banheiro (por pura curiosidade de calcular o volume necessário para uma descarga). Depois dos ajustes necessários, vamos ver como vai ficar.

17 de abr. de 2007

Os 300 de Santoro mesmo!

Pois é. Levei a patroa pra assistir ao 300. E não é que a danadinha gostou do filme? Só fechou os olhos em algumas cenas, aquelas em que fica claro que os pedaços vão voar separados do corpo, como cabeças e etc. Mas ela se maravilhou com o Santoro, parecia torcida em dia de jogo da seleção ou corrida de F1 com o Senna.
E é verdade, o cara tá com tudo. Acho que nenhum ator brasileiro chegou tão longe. Mesmo que o tempo dele na tela não tenha sido tão grande, a importância do personagem no filme marca o ator e faz o povão lembrar do nome dele. Além disso, bem na época de lançamento do filme, ele também é "aquele cara que foi enterrado vivo no Lost". Ou seja, tá mais conhecido do que guaraná em Miami (tem guaraná em Miami?).

Mas eu já ouvi tanta gente falando mal do filme que estou começando a me sentir um imbecil. Eu gostei, juro! Fiquei empolgado com o filme, curti o visual, a história, os personagens loucos de Esparta, o exército persa com cara de alas de escola de samba,as flechas encobrindo o sol.
Só lamento que tenha sido uma derrota de lavada. Quatro mamilos femininos contra os 600 de Esparta, mais um punhado de outros gregos e mais alguns outros persas (graças a Deus a maioria dos persas usava alguma roupa). Essa dos 600 eu tirei do Applegeeks Lite.

Mas enfim, eu também adorei o filme do Hulk e acho que fui só eu no mundo todo. Talvez eu tenha mesmo um mau gosto patológico, vai saber.

14 de abr. de 2007

Garoto da laje III

Na última quarta-feira tirei uma folga para tentar terminar os serviços na laje. Antes que comentem, não sou vagabundo, tenho horas extras acumuladas.
Pois bem, a coisa não poderia ter sido pior do que foi.
Pra começar, deveria ter esperado muito mais tempo antes de passar a segunda camada (esta sem diluir o Vedapren), e não recomendo também fazer isso em um dia quente. O Vedapren derrete e vira quase um piche, grudando no sapato e saindo do local onde foi aplicado. Quando percebi isso, abortei a missão, remendando onde pisei e estraguei a camada.
Mas como estava lá em cima mesmo, decidi passar um pouco em algumas partes com potencial para infiltração. Aí é que começou o problema de verdade.
Estava lá, me arrastando no pouco espaço disponível e me apoiando de leve nas telhas (aquelas onduladas, do tipo Brasilit/Eternit) quando uma telha, de mais ou menos 2 m2 (metros quadrados) se esfarela na minha mão, abrindo um rombo no telhado. Acho que nunca vi uma telha tão frágil na vida. Ajudou o fato de a telha estar sem nenhum apoio no centro, em mais um flagrante de economia porca, cortesia do construtor da casa.
Passada a raiva, terminei de espalhar o restante do Vedapren que sobrou (mais da metade do balde virou na laje dentro do telhado, incluindo um verdadeiro banho na minha calça e no tênis velho - agora aposentado, emprestado do meu irmão) e já desci, indo procurar uma telha pra comprar e tentar consertar tudo ainda no mesmo dia.
Daí, subir pra medir, descer e cortar a telha, subir os pedaços e começar a consertar.
O problema (mais um) é que o telhado tem a junção entre as laterais feitas com telha de barro, unidas ao telhado com cimento. Para encaixar a nova telha, eu precisava soltar essas telhas. E quem disse que o cimento solta? Resultado: quatro telhas de barro quebradas e pequenos trechos da telha ondulada quebrada, rachada ou furada. Ou seja, tenho que comprar telhas de barro novas e refazer a junção.
Além disso, as telhas onduladas estão presas à estrutura de madeira do telhado com pregos torcidos, que se parecem ou se comportam quase como parafusos sem cabeça. É quase impossível soltá-los. Na tentativa, quebrei o cabo do martelo, o que me obrigou a mais uma descida e subida na laje, para comprar um novo.
Em suma, foi um desastre completo, que me mostrou que fazer as coisas em casa nem sempre vai ser tão fácil ou isento de problemas. Fiquei com muita raiva e um pouco desanimado, mas pelo menos aprendi algumas lições que, espero, ajudem nas próximas incursões. Vamos ver como vai ser pra consertar a junção do telhado. Sem falar nas outras coisas que nem comentei ainda.
O perigo é que esse problema só alimentou minha antipatia por aquele telhado, o que pode me levar a cometer a besteira de desmontá-lo todo, na tentativa de deixar a laje livre. Não cheguei nesse ponto ainda, mais por falta de dinheiro do que qualquer outra coisa. Mas que dá vontade, ah, isso dá!