23 de abr. de 2008

Projeto Água de Chuva: stand by

Como o projeto Água de Chuva está funcionando razoavelmente bem agora (sem enchentes e com água limpa), ele está em banho-maria, até eu completar as etapas do projeto Reuso de Água (criança fica sempre empolgada com brinquedo novo, manja?).
Mas uma coisa interessante foi que, depois que eu usei os anéis de borracha nas conexões das bombonas no projeto Reuso de Água, eu resolvi usar algumas também na conexão da torneira de saída do contêiner de água de chuva.
(veja aqui o post a respeito)



E não é que resolveu o problema de vazamento???
Usei dois anéis de 3/4, um do lado de fora, outro de dentro, além de ter feito um anel maior, com borracha de câmara de pneu, para a tampa da saída do contêiner (em verde na foto).
Além de parar o vazamento e isso me permite muito mais liberdade de soltar e recolocar, do que eu tinha antes usando cola de silicone (bleargh!!!).

Projeto Reuso de Água: Muitas fotos!!!

Como prometido, alguma atualização sobre o projeto de reuso de água.
Seguem as fotos do projeto até o momento, já em sua fase final (clique na foto para ver em tamanho maior).


Primeiro, um detalhe do tipo de conexão utilizado nas saídas das bombonas. São 5 peças:
1 adaptador soldável/rosca 3/4"
1 joelho 90º rosca 3/4"
1 adaptador de mangueira com rosca 3/4"
2 anéis de borracha 3/4"

Usando os anéis de borracha e a rosca das conexões, consegui firmeza e vedação suficientes sem ter que colar nada. Só usei a fita veda rosca.


A conexão devidamente fixada na lateral da bombona. Esta é a saída do filtro de areia e brita.




Foto interna do filtro de areia e brita. Esta é a camada intermediária, de areia. Abaixo dela está o tecido de PET, usado para separar a areia da brita. Esse tecido também cobre o fundo, evitando que a brita entre no cano de coleta da água limpa.
Esse tecido é bem leve, tem excelente vazão mas não deixa a areia passar.
Acima desssa camada vai mais uma de tecido e outra de brita, para evitar que a areia seja deslocada.
Será acima dessa última camada que vai ser colocada a conexão que virá do reservatório primário. Essa conexão vai levar um pedaço de cano de PVC de 3/4" colado à parde soldável do adaptador de rosca, terminado por um cup. Esse cano será todo furado, a cada 1 ou 2 centímetros, para espalhar a água sem concentrá-la em um único ponto.
De maneira análoga, a saída do filtro no fundo da bombona também leva um cano igualmente furado, para permitir captar a água em vários pontos ao invés de um único.



Detalhe do filtro, visto por fora da bombona.



Aqui, detalhe do cano de saída da lavanderia.



As duas bombonas, já em sua posição definitiva. Acima delas, o cano que vem da lavanderia (somente o cano horizontal. O cano vertical que aparece na foto não tem nada a ver com o projeto e faz parte do escoamento da minha laje).
A bombona da esquerda é o reservatório primário, que recebe a água da máquina. A da direita é o filtro, que vai recebendo do reservatório primário a medida em que filtrar a água.
Com o reservatório primário, eu posso receber água em alta pressão e volume sem bagunçar o filtro de areia e brita.



Detalhe da saída do filtro, já com a mangueira conectada ao adaptador. Note a braçadeira de metal, que ajuda a fixar e vedar a mangueira. Note também que eu não consegui enfiar muito na mangueira no adaptador. Essa é uma técnica que eu ainda tenho que aprender. A mangueira não desliza pelo adaptador e o pequeno e perigoso espaço que eu tinha para trabalhar (uma beira de laje) não ajudou em nada o processo.


A mangueira entrando pela abertura nas telhas da lavanderia da minha mãe, onde ficará a bombona de 200 litros, o reservatório final.



A mangueira passando pelo telhado.



E finalmente a mangueira chegando à bombona de 200 litros (no caso, passando por trás). Como podem ver, mesmo antes do projeto fornecer água, minha mãe já está usando a bombona para uso próprio.



Por último, a tampa do reservatório final (bombona de 200 litros) com a conexão para a mangueira. Essa é uma etapa ainda indefinida, pois como minha mãe anda usando a bombona, colocar essa tampa e essa conexão podem tirar a liberdade dela de usar a água como quiser.


Para facilitar a vida dela, já comprei a bomba de máquina de lavar que, espero, faça o trabalho de puxar a água para fora da bombona. O inconveniente é que, diferente da bomba de aquário (que parece ser muito mais fraca) ela não pode ficar submersa e portanto, pode necessitar de uma conexão no fundo da bombona, coisa que eu queria evitar.
Mas estou estudando uma forma de transformá-la em uma bomba genérica, que possa ser utilizada em qualquer lugar. Vamos ver no que vai dar minha idéia. Como é meio estapafúrdia, vou poupá-los dos detalhes, para evitar o mico. Se funcionar, eu coloco aqui.

Atualização: A bomba funcionou. Mais detalhes aqui.

Breaking News!

Pois é, gringaiada!
Chega de mamata!
Acabou a exclusividade!
Venceu a patente!

Agora nós também temos terremoto!

O único inconveniente é que do jeito que a coisa é precária por estas bandas, em vez de termos aquelas super-hiper-mega mobilizações da Defesa Civil, bombeiros e exército, vamos parecer com aqueles terremotos em países pobres como Afeganistão, Índia e Indonésia, onde só não morre mais gente porque a maioria nem tem casa pra cair na cabeça e ficar soterrado.

Mas confesso que foi bem hilário sentir o mundo balançar e você achar que está bêbado, mesmo sem ter bebido nadinha. E o povo apavorado descendo dos prédios foi bem divertido de ver.

22 de abr. de 2008

Calma, calma...

Pra quem anda achando que eu encostei o burro na sombra, aviso que é justamente o contrário.
Ando sobrecarregado de tarefas em casa, ligadas ou não aos projetos e por isso não ando com tempo de atualizar o blog.
Mas em breve, uma enxurrada de novidades (hahaha! chega a ser hilário escrever isso).

7 de abr. de 2008

Projeto Reuso de Água: Esquema

Para os interessados, segue o esquema que pretendo utilizar no projetode reuso da água da máquina de lavar.
Não sou muito bom com esquemas técnicos, mas acho que dá para ter uma idéia da coisa toda.



Uma coisa que ficou bem clara é que o filtro só vai segurar sujeira grossa, como restos de algodão de roupas e alguma sujeira sólida não diluível. O sabão vai passar quase todo (fica muito diluído na água) e portanto, a recomendação de só usar a água para a lavagem, e não para o enxagüe, vira quase obrigação. Claro que para lavar chão é ótimo, pois até economiza o sabão.
No esquema talvez não esteja bem claro, mas o filtro e o reservatório inicial ficarão do lado externo, em uma pequena beira de laje que dá para o primeiro andar, na lavanderia da casa da minha mãe, que é quem vai usar essa água. A economia aparecerá na conta de água dela, que como eu pago, vai reverter para mim. As ligações hidráulicas entre as duas casas estão uma bagunça e minha casa acaba roubando água da dela, o que sobrecarrega uma das contas e gera uma conta maior, pois saimos da zona econômica de cobrança.
Mas ainda não tenho idéia da economia final.
Depois eu coloco aqui a planilha de custos inicial, como fiz com o projeto Água de Chuva.

2 de abr. de 2008

Remédios

Algumas das palavras que mais geram visitas a este blog são os nomes de remédios.
Bastou falar sobre os meus problemas gástricos e citar os remédios que choveram visitas sobre os efeitos colaterais dos mesmos.
Então, este post é só para informar melhor a quem aqui chegar.
O Pilorypac é bem mais caro (R$ 120,00 foi o menor preço que encontrei) , e como o próprio médico indicou o Omepramix como opção, eu acabei por comprá-lo. Saiu por volta de R$ 80,00 na Drogaria São Paulo, que ainda parcelou em 3 (três) vezes no cartão.
Não senti grandes efeitos colaterais com o remédio, exceto um constante e incômodo gosto amargo na boca após o terceiro dia (são 7 dias no total). Chegava a incomodar bastante durante o dia e também à noite. Acordei mais de uma vez de madrugada de tanto amargor. De dia, vivia bebendo água, chá e comendo qualquer bolachinha para disfarçar. Mas tão logo parei de tomar o remédio, o gosto sumiu.
E, muito importante frisar, o estômago está muito melhor. Em breve, volto ao médico para o acompanhamento e depois digo como andam as coisas lá pelas minhas entranhas.

Digimon x Ben 10

Gosto muito de alguns desenhos do Cartoon Network. A maioria daqueles desenhos tem referências tão adultas que os pequenos perdem quase 100% da graça às vezes, mas os adultos podem se divertir horrores.
Mas também tenho que reconhecer as péssimas influências que eles exercem sobre as crianças. É um festival de valores morais dúbios e equivocados, que caem como uma luva nos tempos atuais, onde ninguém dá valor a mais nada.
O Ben 10, por exemplo, o herói mais badalado do momento, é um verdadeiro terror.
É burro (e se orgulha disso), comete as maiores besteiras se achando o maioral só porque tem o relógio que o transforma nos alienígenas, usa seus poderes da forma mais leviana e irresponsável possível, desobedece seu avô, desrespeita sua prima (alvo preferido de suas brincadeiras de mau gosto) e só vence no final por puro acaso ou desejo do roteirista.
Mas o pior de tudo: ele não estuda. Ele odeia ir para a escola e detesta livros ou qualquer tipo de leitura. Fica rodando o país no furgão junto com seu avô e prima, sem ir para a escola. Num dos episódios, o vilão prende sua mente em seu pior pesadelo: a escola.
Tudo bem, é ficção, dirão alguns, mas o que me assusta é que essa é a ficção padrão americana, onde as crianças nos desenhos são sempre burras ou malandras e detestam a escola. Ser estudioso é ser nerd, CDF, e isso é sempre motivo de chacota nos desenhos "made in EUA".
Não deve ser à toa que, como já disse Carl Sagan (ler "O mundo assombrado pelos demônios"), os EUA estão emburrecendo ("Stupid White Man"?).
Nem vou entrar no mérito de falar do Billy (de "As terríveis aventuras de Billy e Mandy"), que gostaria de ter dois narizes para ter mais um lugar de onde tirar meleca, ou do comercial do toque de celular com som de peido...
Diante do quadro tenebroso, resolvi mostrar o outro lado da moeda (ou do planeta): baixei e viciei o guri no Digimon.
O Digimon veio na esteira de Pokemon, com o intuito de vender brinquedos e games, claro, como quase toda a animação feita no Japão. Mas apesar disso, os valores culturais deles estão sempre lá, de forma mais ou menos explícita. Mas diferente do seu clone, eu gosto muito mais do Digimon, e vou dizer o porquê.
Como toda boa história, Digimon tem início, meio e fim, continuidade, evolução e reflexão. As crianças se desentendem e ao final compreendem que somente juntos podem resolver os problemas, e que brigar não resolve nada. Quem é medroso, egoísta ou arrogante aprende a ter coragem, generosidade e humildade.
A continuidade exerce papel importante nessa evolução, pois um episódio tem continuação e teve um prévio, como numa novela, não existindo episódios isolados ou independentes, gerando o interesse contínuo (tem até resumo do episódio anterior e "cenas do próximo capítulo").
Todas as crianças, ao se apresentarem aos outros, dizem em que escola e série estudam, demonstrando orgulho por estudar e a importância da escola em suas vidas. Um dos meninos inclusive, sente saudades da escola e de fazer sua lição de casa em seu quarto.
Tem também um irmão mais velho que se preocupa e faz de tudo para ajudar e proteger seu irmão mais novo, mesmo eles sendo filhos de pais separados e que não vivem juntos.
Alguns liberais podem torcer o nariz por isso, alegando ser uma forma de forçar conceitos, quase uma lavagem cerebral. Mas eu pergunto: educa-se uma criança para quê? Para agir de forma positiva na sociedade ou para agir como quiser para que a sociedade lhe dê o que quer, quando quer e na forma que quer?
E um desenho que mostre inconseqüência, irresponsabilidade, falta de educação e desrespeito pelos outros, também não está passando seus valores, usando a sedução do mais fácil, do mais rápido, do mais engraçado?
Entre os dois extremos, qual seria o mais positivo para a manutenção da sociedade onde todos nós vivemos?
Bom, pelo que tenho visto, a maioria prefere o "estilo Cartoon de ser" ("A gente faz o que quer", segundo a nova campanha publicitária do canal).
Mas eu sou brasileiro (para meu desgosto), e não desisto nunca!

Projeto Reuso de Água: mais compras

Graças à queda do viaduto do Fura-Fila, acabei tendo que andar um pouco pelo bairro para voltar pra casa, e passei pela loja de mangueiras que tinha visto outro dia, além de uma loja de materiais de construção e ferramentas já conhecida, que tem bastante coisa interessante.
Encontrei o adaptador para mangueiras que já tem o encaixe para rosca 3/4". Vai ficar bem legal se eu conseguir utilizá-lo diretamente na saída das bombonas, junto com os anéis de borracha que eu comprei. Se não ficar bom, vou ter que usar mesmo as conexões de plástico para fazer a fixação na bombona, e o adaptador de mangueira apenas como elemento de ligação.
Comprei também 7 metros de mangueira sanfonada, que permite curvas bem mais estreitas sem dobrar a mangueira, o que é muito útil para fazer as conexões curtas entre as bombonas.
Ontem aproveitei o embalo e, talhadeira e martelo em punho, fiz o buraco na pareda da lavanderia para a laje externa, onde eu pretendo colocar as bombonas com o filtro. Não ficou nenhuma obra prima, mas o buraco ficou arredondado, pelo menos, e sem exageros do lado interno. Do lado externo, quebrou um pouco mais do que o planejado, mas depois eu reboco tudo.
Notei uma diminuição no cheiro das bombonas, depois que eu deixei ao sol sem a tampa. Acho que a essência deve evaporar mais rápido com o calor, então, acho que as bombonas vão passar a semana "pegando um bronze".
O fim de semana promete ser de muito trabalho nessa montagem.
Vai ficar faltando ainda a bomba de aquário, para poder extrair a água armazenada. Mas essa é a última etapa do processo, então não há pressa. Quero deixar o filtro funcionando um bom tempo antes de armazenar a água, para garantir a limpeza da areia e brita, além do cheiro de essência da bombona.