18 de jun. de 2009

Timidez

Eu confesso que me espanto um pouco com a facilidade com que certas pessoas "blogam", expondo suas desventuras cotidianas, com profundidade, humor e eteceteras.
Meu espanto não é necessariamente positivo, ok?
Não sei se consigo fazer uma coisa dessas, narrar minha vida abertamente, ainda que protegido pelo anonimato digital, para um sem número de pessoas.
Seria isso narcisismo? Excesso de auto-estima? Carência absoluta e desejo de companhia?
É realmente algo que não entendo muito bem.
Eu faço isso ocasionalmente, principalmente quando relacionado a algum projeto ou atividade, mas essa compulsão narrativa que eu vejo em alguns blogs realmente me deixa desconcertado.
Vai ver, eu é que sou tímido demais.

Presente de grego

Em Abril, meu filho ganhou o tão aguardado Playstation 2, que ele pedia já há uns 2 anos, apesar da pouca idade.
Dentre os jogos incluídos, Star Wars Battefront II.
Ele gosta muito de jogar comigo, e aguarda os finais de semana com certa ansiedade.
Preciso mesmo dizer que quando jogamos um contra o outro, eu tomo um cacete vergonhoso de um moleque de 7 anos?
Que após me matar, ele ainda fica esperando para ver em que ponto do jogo eu volto a aparecer, só pra ir lá e me dar mais uns tiros?
Shame on me!

4 de jun. de 2009

Laje, eterna laje...

Novamente a questão da infiltração na laje: voltou a chover no corredor.
Passados nem 5 meses da última aplicação do Vedapren Branco, o problema voltou exatamente como antes.
A conclusão a que eu cheguei foi: o Vedapren branco impede a infiltração no concreto, mas não serve para trincas e junções de laje, que é o meu caso.
Minha laje na verdade não tem uma "infiltração". O que eu tenho são duas lajes unidas, e justamente no ponto de junção é que ocorre o "vazamento".
Com as alterações de temperatura, absolutamente naturais, a laje expande e contrai, aumentando ou diminuindo o vão da junção. Então, por mais Vedapren Branco que eu coloque, ele não é elástico ou resistente o suficiente para aguentar tanto esforço mecânico por tempo prolongado, e acaba cedendo.
A saída, como eu já mencionei antes, seria fazer uma impermeabilização com manta, de preferência na laje toda. Como não há dinheiro para isso no momento (nem eu tenho tanta vontade de gastá-lo nessa casa), resolvi tentar mais um paliativo, que pelo menos a princípio pareceu uma evolução com relação ao Vedapren, na direção da manta.
Usei então, somente na região da junção, a manta asfáltica auto-adesiva com alumínio, usando um pouco de Vedapren preto como imprimação. Tentei fazer tudo como manda o figurino, ordenando a aplicação "de baixo pra cima" ou seja, da direção do cano de escoamento para o ponto mais alto. Claro, não ficou a coisa mais elegante do mundo, mas é bem mais fácil de aplicar do que uma manta convencional, que necessita maçarico a gás.
Também aproveitei o dia e serrei o restante do beiral das telhas que me impediam de trabalhar com folga no canto da laje, varri quilos e quilos de sujeira, incluindo dezenas de varetas de pipas desintegrados e quilômetros de linhas com cortante, descobri um bocal de escoamento que não tinha visto até então, e que estava obstruído, e passei uma grossa camada de Vedapren nesse canto da laje.
Já choveu bastante desde então, e até agora, tudo sequinho. Quem sabe assim, consegui reduzir um pouco a umidade na laje.
Claro, já caí na besteira de acreditar que os meus problemas estavam encerrados, mas dessa vez acho que fiz um serviço melhor, com um material mais adequado. O negócio agora é esperar alguns meses para o veredito final.

Voltando à máquina de lavar

Vi recentemente este post no Ecoblogs, e fiquei ligeiramente envergonhado de ter deixado o projeto de reuso de água literalmente "ir pelo ralo".
Depois da chegada da bebê, com certeza estamos lavando muito mais roupa que antes, e como o projeto não se realimenta, o desperdício é imenso.
Como originalmente o projeto previa que a água desceria para uso na lavanderia da minha mãe, que necessitava mais de água do que eu, acabei por não pensar em reaproveitá-la eu mesmo.
Mas agora, como ela não necessita tanto e eu estou usando mais, quero ver se consigo refazer a idéia do projeto de forma a reaproveitar essa água em casa mesmo.
Quero tentar simplificar o projeto, mas sem complicar o reuso da água, de modo que não gere (muito) trabalho adicional para quem for usar.
Estou pensando em um reservatório de 100 litros, com um ladrão por volta dos 70 litros (30 para segurança), e uma bomba flutuante acoplada para permitir o reuso sem ter que carregar baldes. Desta vez, sem filtro de areia nem nada, pois o mesmo acabou não sendo tão necessário e ainda diminui bastante a vazão do sistema como um todo.
Não vai ser fácil, eu sei, mas se o objetivo é ser ecologicamente correto, algum esforço há que ser feito.
Como não tenho previsão de fazer as reformas para reuso dessa água no vaso sanitário, quero pelo menos reutilizá-la em algumas lavagens de roupa, mesmo que somente aquelas mais grossas, como toalhas ou panos de chão.