30 de jan. de 2007

É nóis no Novo Blogger!!! Uhúúú!

Pois é. Depois de um tempão, finalmente decidi migrar para o novo Blogger.
Bem, não tenho certeza absoluta se esta frase é totalmente verdadeira.
Na verdade, ou eu estou muito distraído e perdi algum link ou botão no meio do caminho, ou o Blogger me forçou a mudar.
Mas tudo bem. Fazer o que, né?
Pelo menos esse negócio dos marcadores parece legal.

26 de jan. de 2007

Um homem erudito

Lembrei de um acontecimento, que espelha bem como funciona a minha cabeça, e explica porque tanta gente se assusta às vezes com o que eu falo.
Certa manhã, bem cedo, quando o cérebro da gente mal está funcionando, estava eu tomando café da manhã com minha esposa, falando sobre algum assunto aleatório, mas teoricamente sério (eu não consigo me lembrar exatamente sobre o que era). Ela argumentou alguma coisa na linha: "para resolver esse problema é preciso nonononono". ("nonon..." significa "não-lembro-o-que-era"). E então, meu cérebro naturalmente criou o argumento mais simples e natural possível naquelas condições: "mas nonononono não é uma panacéia". Sim, isso mesmo. Panacéia. Eu disse Panacéia! Quantas pessoas hoje em dia sabem o que significa panacéia? Quantas pessoas usam panacéia em seus diálogos cotidianos e banais? Quantos anos de idade tem uma pessoa que sabe o que é e ainda usa essa palavra? Panacéia ainda está no Aurélio?
Posso garanto que minha esposa não faz a menor idéia do que seja Panacéia. Por sorte, eu comecei a rir sozinho antes de dizer a tal frase e o assunto (e a panacéia) morreram por ali.
Pois então, caso você tenha a sorte (ou azar, depende do seu ponto de vista) de me encontrar e ouvir de mim uma panacéia ou algo do gênero, não se assuste nem fique bravo. Eu sou assim mesmo, esquisito, não estou tirando onda de intelectual, não.

E caso você não saiba o que é panacéia, ai vai a resposta:

Substantivo

pa.na.céi.a feminino

  1. Remédio que curaria todos os males.
Tirado daqui: http://pt.wiktionary.org/wiki/panac%C3%A9ia

Só lembrando...

Caso você tenha acessado este blog buscando um pouco de diversão, saiba que este não é um blog de humor.
Minto, é de humor sim. De MAU humor.
Tenho dito.

24 de jan. de 2007

Home Office

Ultimamente eu ando trabalhando em casa. Sim, trabalhando mesmo, antes que alguém comece a pensar que eu estou sendo pago para vadiar e assistir TV.
Não é que a minha produção aumente ou eu tenha melhor estrutura em casa (se bem que pelo menos o meu link anda melhor do que o do escritório. E tem a geladeira, claro), mas a sensação é que eu trabalho melhor sozinho aqui. São vários os motivos:
  1. Menos trânsito (ou seria melhor dizer "nenhum trânsito"). Todo dia eu perco até 4 horas para ir e voltar do trabalho. Não que eu vá trabalhar essas 4 horas, mas ao invés de ter me preparar todo pra sair e ficar balançando (ou não, dependendo da lotação) em ônibus e metrô sem nada pra fazer, eu pelo menos me organizo melhor, me alimento melhor e sobra tempo para fazer coisas pessoais (como escrever um blog?) que eu acabaria tendo que fazer no horário de trabalho, o que fatalmente afetaria minha produtividade.
  2. Silêncio. Sim, mesmo com as crianças gritando na rua, os cachorros latindo e os carros passando, a tranquilidade de casa compensam e muito o zum-zum-zum do escritório. É sempre um tal de telefone tocando (mesmo que não seja pra você), o chefe querendo conversar, os colegas querendo tirar dúvidas ou mostrar um vídeo legalzinho que eles acharam no YouTube, que no final das contas, fazem as famosas 8 horas virarem nada.
  3. Flexibilidade. Ao invés de acordar obrigatoriamente cedo e ficar com sono a manhã toda, eu posso acordar mais tarde e começar a trabalhar mais descansado e render mais. Após o almoço, posso tirar um cochilo ao invés de ficar pescando em frente do monitor e não produzir nada. E posso compensar eventuais perdas trabalhando até mais tarde sem perigo de perder o ônibus.
Tudo isso somado me dá a sensação de que meu trabalho rende bem mais, sem prejuízo para a empresa. Falta, claro, oficializar isso e fazer a chefia aceitar. Mas isso são outros quinhentos.

Mas como nem tudo são flores, tem alguns inconvenientes de trabalhar em casa. Vejamos:
  1. Excesso. A possibilidade de ganhar as horas a mais que seriam perdidas podem fazer você trabalhar mais sem perceber. Ao flexibilizar horários, você pode se empolgar e varar a noite, prejudicando as horas de descanso, ou perder a hora de comer adequadamente, ou se entupir de porcarias o dia todo.
  2. Disciplina. A chance de perder o ritmo é grande, e exige muita disciplina. Senão, o cochilo vira uma tarde inteira de sono, os prazos ficam difíceis de estimar se não há um padrão de horas trabalhadas por dia e as distrações podem fazer tudo ir por água abaixo.
Em suma, com um pouquinho de organização, disciplina e boa vontade, pode dar muito certo. Desde que, é claro, seu trabalho realmente dispense a sua presença física.

18 de jan. de 2007

A arte da descrença

Depois de longos anos crendo em uma série de coisas, eis que me encontro descrente de quase tudo.
Esse processo começou, não por coincidência, junto com a faculdade de Pedagogia, meu primeiro contato com a área das Humanas. Desde o ensino fundamental, já tinha inclinação e seguia para a área das Exatas, mais particularmente a eletrônica, e finalmente a Análise de Sistemas.
Num comparativo superficial, vejo hoje que, se por um lado as Exatas estimulam o raciocínio lógico, por outro lado inibem de forma profunda o senso crítico (ou eu é que sou um banana mesmo). Em tese, as Humanas ensinam a pensar e as Exatas a calcular, ou sejam, "bitolam".
Pois então, só com a faculdade de Pedagogia é que comecei a "pensar" de verdade, a exercer a criticidade, o que fatalmente me levou a questionar as minhas "verdades". E, feliz ou infelizmente, poucas delas duraram mais que um "round".
O primeiro choque, na Pedagogia, foi abordarmos temas sobre diversidade sexual, mais particularmente a homossexualidade, quando acabei por concluir que as religiões são completamente castradoras, pela simples imposição de dogmas sem explicação. "É a verdade", dizem. Daí, ao analisar minhas próprias convicções religiosas, pouca coisa se manteve.
O segundo choque foi ler o livro, que sempre considerei "perigoso" para mim, devido ao tema e a uma certa idolatria que nutro pelo autor, "O Mundo Assombrado pelos Demônios", de Carl Sagan.
Diria que foi o tiro de misericórdia na minha fé. Pouca coisa sobrou depois disso, incluindo não só minhas convicções, vivência e dedicação religiosa, como também as atividades voluntárias que tinha, todas elas vinculadas à religião.
Pois bem, segundo um amigo, esse processo é libertador e em tese, eu deveria estar me sentindo muito bem comigo mesmo, livre do peso de anos de repressão, "lavagem cerebral" e idéias irracionais. Certo?
Errado!
Eu não estou melhor. Estou mais desequilibrado do que de costume, mais indisciplinado, mais ausente, mais frio, mais egoísta, mais ranzinza, mais impaciente, mais exaltado, mais nervoso e completamente sem rumo, sem ânimo, sem esperanças e vivendo poucos momentos bons.
Não era para eu me sentir melhor? Pois então, alguém sabe me dizer o que houve?
O problema é que não consigo mais "desativar" o "modo racional" e voltar ao "módulo bitolado", e portanto, não dá mais pra ser como era.
Por conta disso, estou correndo atrás de terapia para ver se encontro motivos que justifiquem eu estar vivo, fazer planos, me importar com as pessoas e sonhar com um futuro. Porque do jeito que está, prevejo uma vida muito, mas muito sem graça, triste e sem sentido pelos próximos anos.
Eu até quero crer, mas sem provas racionais, vai ficar difícil. E se há provas, não há fé, certo? E convenhamos: "provas" nunca foram o forte de nenhuma religião. E dado o seu histórico, eu não me sinto nem um pouco interessado de buscar respostas nelas.
E agora, hein?

Diversão e arte

Os caras do meu trampo criaram um blog, onde postam "coisas muito sérias".
O humor pode não agradar a todos (sempre tem um chato de plantão, sacumé...), mas fica ai a dica
Pastores de Focas

E um deles tem um blog interessante também (mais por poder saber um pouco do que se passa na cabeça de uma pessoa com quem você trabalha todo dia, mas nem desconfia do que anda lá pelos tutanos do cara...):
Cheiro de Luz

Sei que ninguém visita este blog, portanto os hits a partir daqui serão zero. Mas fiz questão de postar.