15 de dez. de 2008

Sobre drogas e camelos

“Eu era uma criança triste. Ou melhor, era uma criança feliz dentro de uma vida de criança. Mas quando você se torna adulto e tem que continuar em uma vida de criança, você não se torna uma criança feliz, mas um adulto infeliz. E é muito difícil lidar com isso. Será que se pode ser um adulto feliz? Talvez. Acho que o mundo é completamente talvez. Eu sempre quis fugir com o circo, mas nunca pude fugir”.
“É muito bom chegar perto das pessoas que você admira. Por isso eu sempre quis ser jornalista. Queria fugir com o circo para entrevistar as pessoas na viagem”.
Malu Magalhães

Tadinha dessa menina! Tão jovem e já mergulhada no mundo das drogas. Mal fala coisa com coisa.
Deve ser a barba do Marcelo Camelo, quer aliás, anda fazendo jus ao sobrenome. Já imaginou a quantidade de ácaros que ele cria ali? Deve dar alergia até no cerebelo!

8 de dez. de 2008

Dark Garoto da Laje

Meio atrasado o post, mas faz um mês, mais ou menos, que eu, depois de esperar vários finais de semana sem chuva, consegui arrumar umas poucas horas de tarde na tumultuada agenda da família, para subir e aplicar a terceira mão de Vedapren Branco na laje.
Como eu sou sortudo pra caramba (já disse, sou seguidor de Murphy), foi só botar os pés lá em cima para começar a garoa.
Eu já tinha perdido a oportunidade de subir umas 4 semanas seguidas, briguei horas com a preguiça, arrumei tudo, subi (com dificuldade, sempre) escadas, baldes e utensílios. E daí vem a garoa? E fazer o quê? Desistir e descer tudo?
Claro que não! Aguentei firme a garoa e o vento lá em cima (frio!!! Brrrrr!) e esperei o sol voltar (dava pra ver, pela direção das nuvens, que não duraria muito).
Daí, foi só alegria, pincel e Vedapren. Aproveitei também e serrei umas beiradas do telhado que estavam dificultando a passagem e a pintura.
O que percebi graças à garoa (nem tudo é prejuízo) é que a maior parte do meu problema de infiltração e umidade se deve ao idiota que construiu a casa à falta de saídas de escoamento de água em locais adequados na laje e em número suficiente, além de não haver declínio da laje na direção dessas saídas. Em suma, a água empoça mesmo, e fica lá, penetrando pela laje que não tem vedação bem feita.
O fato é que, qualquer coisa que eu fizer com Vedapren, mesmo nesses pontos de empoçamento, vai ser só paliativo e nunca vai resolver o problema real, que só tem uma solução possível: derrubar o telhado e refazer a impermeabilização, o contrapiso da lajes e se necessário, devido ao calor, um novo telhado, dessa vez bem feito.
Tudo isso leva tempo e dinheiro. Dos dois eu só tenho um. Mas vou tentar começar uma poupança já pensando em mexer nisso no futuro, já que eu estou prester a amarrar definitivamente minha égua naquela casa e de lá não saio tão cedo.

3 de dez. de 2008

Dia Internacional da Mulher

"Kassab anuncia quatro novos secretários
O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), confirmou ontem os titulares de quatro novas secretarias da próxima gestão. Além do titular da Secretaria de Controle Urbano, Orlando Almeida, o deputado federal José Aristodemo Pinotti (DEM) foi confirmado na Secretaria Especial da Mulher..."

É pra rir ou pra chorar???
A Secretaria Especial da Mulher tem um homem no comando. Homem! Peludo, com um pinto no meio das pernas, manja?
Não havia opções de mulheres atuantes na política?
Faltou mulheres com competência, engajadas nas lutas pelos direitos das mulheres?
Eu não sou lá muito ligado na biografia do Pinotti, mas se isso não é machismo dos bons, deve ser misoginia pura mesmo.

Depois quando eu digo que a mulherada só vai começar a ser respeitada quando devolver as porradas, tem gente que me acha radical.
Mas elas vão ficar caladinhas sobre isso, eu tenho certeza.
Eu temo muito pela minha filha nesse mundo aí fora.

28 de out. de 2008

Luto

Um minuto de silêncio por Kitty Pride.
Por sua coragem, inteligência, dedicação, perseverança e sensibilidade.

Sentiremos saudades.


Sim! Eu fico triste quando personagens queridos dos quadrinhos morrem?
Você não? Meus pêsames!





(maldito Joss Whedon!!! Só perdôo porque escreve "pracaraio"!)

23 de out. de 2008

Tempos Modernos

AVISO: O texto é longo e vai te cansar. Acredite.

Tem coisas que realmente me tiram do sério e me fazem temer pelo futuro da humanidade. E não, não estou falando de "Uma Verdade Inconveniente" ou similares.
Eu vi este post no Kibeloco e segui para o link da matéria original e fiquei com pena, com raiva, com tristeza, com indignação, mais um monte de outras coisas juntas.
Tá certo, a Halle Berry é um desbunde, maravilhosa, gostosa e tal. Mas convenhamos: a mulher ganha milhões de dólares simplesmente para ser assim mesmo. Não é o caso de ela ser uma super executiva de multinacional controlando orçamentos de bilhões de dólares e por acaso, ainda ser bonita. Ela ganha o que ganha justamente por ser bonita (boa atriz não é bem o caso, apesar do Oscar). Então, caso não fosse o que fosse (linda), estaria ela em posição de fazer as afirmações que faz?
Ela está mais sexy depois de ser mãe? Claro! Ela pode e deve pagar para isso, ela tem que ficar sexy e linda, senão não teria mais trabalho. Ela tem dinheiro e tempo de sobra para gastar com o que há de mais moderno no mundo da estética: cremes, tratamentos, injeções, lipos, plásticas, botox, academias, personal trainers e Photoshop (sim, baby, muito Photoshop também). Isso sem falar em um verdadeiro exército de babás e profissionais que cuidam dela, da casa, das roupas, das contas, e dos filhos, claro.
Mas o fato é que, para a imensa maioria das mulheres comuns, a gravidez e o período posterior são muito difíceis, de adaptação, envolvendo noites mal dormidas, incômodos de todo tipo, preocupações mil com o bebê, mais as tarefas domésticas que só aumentaram. Isso sem falar em um corpo que não corresponde mais à auto-imagem que tinham e que pode estar inchado, flácido, com estrias, celulite, gordura e, muito provavelmente se for no Brasil, uma bela cicatriz acima do púbis.
Sexy? Acho que as mulheres nessa fase nem lembram o que é isso! São golpes sucessivos que abalam a auto-estima de qualquer um. E vem a linda e rica guria sair em capa de revista deitando falação de que é uma mamãe mais sexy do que nunca? Sem querer ofender, mas: VÁ TE CATAR! Só falta a Paris Hilton sair dizendo que se preocupa com a situação das mulheres afegãs.

Outra coisa bizarra é o fato de ela se declarar responsável por seus orgasmos (adorei a zoação do Tabet com isso). Oras, e ela esperaria o que? Que a responsabilidade pelo seu prazer fosse do homem com quem ela esteja? Não é ela a mamãe sexy super-poderosa? Não é ela que namora garotinhos modelos de 20 e poucos, mesmo ela já passando dos 40? Com tanto poder nas mãos, se ela deixar o orgasmo dela para que outros cuidem, ela estará sendo no mínimo irresponsável. Tem mais é que tocar seu pianinho e se resolver sozinha, a rainha da auto-suficiência.

O fato é que a ascensão social das mulheres solteiras está levando a um revanchismo contra os homens, numa inversão de papéis que não vai levar a nada, a não ser a um esvaziamento das relações, um joguinho bem no estilo Tom e Jerry, em que um tenta acertar o outro. E pra quê?

Já está mais que provado que uma relação que funciona se faz com duas pessoas que se gostam, que se respeitam e que querem dividir igualmente a responsabilidade sobre suas vidas. Mas sim, se você não tiver prazer na relação (ou orgasmos, para ficar no aspecto sexual da relação), a responsabilidade é toda sua (de cada um, individualmente). É o insatisfeito que deve se abrir e dizer que não está satisfeito. Mas corrigir isso exige ação, discussão, ponderação, apoio e mais um monte de outras coisas, em geral de ambas as partes. Pessoas que se gostam e investem na relação, não precisam ser responsáveis sozinhos. Eles criam uma parceria, aceitam uma co-responsabilidade e buscam juntos o prazer. A isso se dá o nome de relacionamento.
O que é bem diferente de arranjar um mero consolo de carne para se esfregar ou um banco de esperma pessoal para engravidar.

Sim, eu sei. O machismo ainda impera e a imensa maioria das mulheres ainda sofre pressões desumanas e cruéis. A maioria ainda depende financeira, emocional e intelectualmente de homens que abusam delas, física, verbal e sexualmente. E é justamente por isso que a postura de enfrentamento vazia dessas divas modernas auto-suficientes só torna o contraste mais evidente e a realidade dessas outras mulheres muito mais triste, não provocando as discussões necessárias para evoluirmos em direção a um futuro mais feliz para ambos os sexos.

Felizes das pessoas que procuram o equilíbrio em relações sadias e igualitárias, sem se incomodar com os ensinamentos desses novos gurus de Hollywood.

17 de out. de 2008

Horário Eleitoral

Vocês viram a campanha dos blogueiros que estão "abrindo o voto", declarando sua preferência pelo Kassab?
Pois é. Eu não sei se tenho estofo intelectual suficiente para compreender o que leva o pessoal a fazer isso. Na minha pequena e simplificada rede de neurônios a única idéia que surge é: vapor.
Tudo vapor para gerar polêmica e aumentar as visitas. Manja a tal da dança da Mariazinha, do Quadrado, a campanha das blogueiras na Playboy, etc., etc., etc., ad nauseam.
Bom, meu voto é do Kassab, como mostram alguns comentários meus nada amistosos sobre a dona Marta, perdidos por aí no blog. Mas nem por isso finco bandeira e falo alarde.
Blogueiro não me parece mesmo ser uma espécie que mereça alguma deferência.

15 de out. de 2008

Mais sobre o Vedapren

Recebi o seguinte comentário sobre o uso do Vedapren na laje, e resolvi comentar aqui para ajudar aos muitos que procuram sobre o assunto.

"Via Alternativa disse...

Apliquei o Vedopren Preto em uma lage em Maio/2008 ... estamos em Outubro e até agora nenhuma infiltração / vazamento ocorreu ... antes de aplicar eu estava tendo inumeros vazamentos quando chovia ..... e ja tinha vedopren aplicado mas não sei dizer a quanto tempo, ja que aluguei o imovel na ocasião ... o meu problema é com temperatura dentro do imóvel ... por não ter telhado e acredito que pela cor escura do vedopren a temperatura dentro do imovel é muito maior que a externa ..."


Isso é fato!
O telhado atua como um isolante térmico, evitando o calor e também o frio excessivo.
Dentre as impermeabilizações, li que a manta asfáltica ajuda no isolamento térmico.
No caso do Vedapren, somente o branco tem algum efeito nisso, pois reflete parcialmente os raios solares. Mas não acredito que deva ser um efeito muito grande.
Eu tenho telhado, mas apesar disso, minha casa é um forno no verão e uma geladeira no inverno. Para meu azar, a parede lateral da casa, sem janelas, em que não foi feita nenhuma impermeabilização ou mesmo pintura, toma sol justamente no verão, esquentando a casa toda, e no inverno, fica gelada e cheia de umidade.

Quanto ao Vedapren preto na laje, exposto ao sol, espero que a experiência de baixa durabilidade tenha sido apenas comigo.
Acredito que o fato de eu não ter condições de aplicá-lo corretamente (pela falta de espaço), espalhando em várias camadas, e também por aplicar justamente na junção das lajes, deve ter ajudado a diminuir a durabilidade.
Mas a recomendação na embalagem e no site do produto dizem claramente que não deve ficar exposto, sob risco de estragar rápido. Para lajes expostas, eles recomendam o Vedapren Branco.
Como eu sempre digo, não sou especialista em nada disso, só relato o que acontece comigo e o que faço, esteja certo ou errado. Na dúvida, consultem sempre um especialista.

Ao amigo que deixou o comentário, muito obrigado pela ajuda e por favor, lembre-se de escrever de novo caso surja alguma novidade.

9 de out. de 2008

Politics

Pois é!
Quem diria que o Kassab iria não só mandar o Alckmin para a geladeira por pelo menos mais dois anos, como ficaria em primeiro e com chances de bater fácil, fácil a Dona Marta.
Quem te viu, quem te vê. Toma lá, dá cá: "Relaxa e goza", Marta!
E para variar, o PSDB perde terreno em São Paulo e deixa o PFL (ops! Democratas), criar nome no estado.
Bons tempos do Mário Covas, que fazia questão de ter vice do partido, e alavancar novos nomes para futuros pleitos.

28 de set. de 2008

Registro

Só pra constar: 4000 visitas no blog.
Pra um blog que não serve pra nada além de privada mental e "meu querido diário", até que está de bom tamanho.
Claro que o Google é o maior culpado pelas visitas, forçando gente que procura coisas importantes a vir parar aqui. Parece que qualquer blog do Blogger ganha pontos extras e sobe na classificação dos resultados das buscas do Google.
A maior parte das visitas busca coisas relacionadas aos projetos de água e também minhas agruras com a laje. Uma parcela razoável procura remédios que eu citei em um ou dois posts (medo!). Alguns para me xingar quando eu falei mal do Ben 10 e do Harry Potter. E alguns perdidos buscando scans de mangá ou torrents de animes.
Público bem eclético, não?

24 de set. de 2008

Sobre lajes, telhados, impermeabilização e afins

A anacranes (que tem um blog bem interessante) deixou alguns comentários e dúvidas sobre impermeabilização e eu decidi responder aqui, pra facilitar a vida de quem também tem seus problemas com isso, e aproveitando que eu comento sempre disso aqui.
Vamos ao apanhado geral do que eu entendi sobre o assunto e do que eu também fiz sobre isso até aqui.

AVISO: Eu não sou especialista no assunto mesmo! Se quiser seguir o que eu falo, é por sua conta e risco.

Vedapren: uma resina líquida parecida com piche, para ser espalhada com rodo, trincha ou brocha. É bem tóxico, portanto, necessita de luvas, botas e máscara. Em geral, usado em grandes áreas, como impermeabilização preparatória para contrapiso. Não deve jamais ser deixado exposto ao ar, ao sol ou ao tráfego de pessoas ou veículos.
Eu usei tentando resolver o problema de infiltração que tenha na junção de duas lajes. O efeito não durou nem seis meses. O Vedapren exposto ao sol parece um piche mole no início, mas com o tempo resseca e racha, acabando com o efeito impermeabilizante.
Conclusão: só use se for fazer contrapiso em cima.

Manta Asfáltica: é a melhor solução para impermeabilização. É mais durável e resistente, mas em compensação é bem mais cara e exige mão de obra especializada. Achei bem complicado manipular o maçarico e garantir que as mantas fiquem alinhadas, garantir a vedação dos canos de escoamento e tudo mais. Também não deve ficar exposta pois vai ressecar e rachar, embora pareça mais resistente que o Vedapren. Também deve ser usada como impermeabilização para contrapiso. Tem dois modelos: com manta de poliéster ou de alumínio. A de poliéster é mais barata, mas não pode ficar exposta. Já a de alumínio reflete bem a luz e o calor, o que permite que fique exposta, mas deve comprometer a durabilidade. Tem sido usada para cobrir telhados, pois assim evita-se ter que refazer o telhado devido a algumas infiltrações.
Eu cogitei em usar, mas só poderia fazer isso se desfizesse todo o telhado e aplicasse a manta em toda a laje, fizesse o contrapiso, para em seguida refazer o telhado. Já imaginou o custo disso?
Conclusão: só use se tiver dinheiro e condições adequadas para fazer o serviço completo (preparação, manta, contrapiso, piso ou telhado). Senão, é dinheiro jogado fora.

Vedapren Branco: De uso similar ao Vedapren, mas é mais parecido com uma tinta acrílica grossa do que com o asfalto do Vedapren. É bem fácil de aplicar, com rodo, escovão, trincha ou brocha. Como toda boa tinta, é levemente tóxica, então, recomenda-se luvas, botas e máscara. Reflete uma boa quantidade de luz e calor, portanto pode ser usado em áreas externas e ficar exposto, mas não para tráfego de pessoas ou veículos.
Não é recomendado como impermeabilização antes de contrapiso (para isso tem o Vedapren e a manta asfáltica).
Eu estou apostando no vedapren Branco para o problema da junção das lajes e de uma área que infiltra por penetração de umidade. Estou usando em pequenas áreas, então, tenho controle e facilidade na aplicação. Não faço idéia de como seria aplicar as seis demãos em uma laje inteira, por exemplo, mas parece ser mais fácil do que aplicar manta.
Conclusão: aplique se a laje já está pronta sem grandes problemas de rachaduras e trincas. Nesse caso, existem outros produtos adequados para preencher as trincas antes de usar o Vedapren Branco. Também recomenda-se na segunda demão aplicar um tecido ou manta de reforço estrutural, para o caso da laje movimentar e a rachadura aumentar.

Uma coisa importante: nenhuma impermeabilização é eterna. Quanto mais protegida melhor, claro (solução ideal? Manta asfáltica de alumínio com contrapiso, mais piso ou telhado). Mas mesmo o Vedapren Branco, no qual eu estou depositando minhas esperanças, vai precisar de um reforço de tempos em tempos. Meu palpite otimista? Dois anos, se eu fizer tudo certinho, com 4 demãos e um tecido de reforço na junção da laje. Por enquanto só fiz 2 demãos e não apliquei o tecido. Mas pelo menos não vazou mais nada, o que é um bom sinal.


Agora, em particular para a anacranes. Minha opinião (muito achismo meu aqui, então releve um pouco, ok?): Se não está chovendo dentro de casa e você tem planos de fazer tudo certinho no futuro, então aguente firme. No máximo, aplique um Vedapren Branco de leve, e faça um reforço pra evitar alguma infiltração mais chata em pontos isolados (mais ou menos como eu estou fazendo). Assim, você junta a grana pra fazer a coisa certa no futuro, com manta ou Vedapren e o contrapiso bonitinho, com um belo piso cerâmico pra arrematar.
Agora, se a coisa está crítica, melhor proteger a laje de um problema estrutural mais grave. Impermeabilize como puder, para proteger o imóvel. Se for o caso, use Vedapren normal por baixo e uma camada mais leve de Vedapren Branco por cima, para rebater a luz. Nunca vi ninguém sugerir isso, mas em tempos de vacas magras e problemas urgentes, tenta-se de tudo, até cobrir com lona.

"Remendar telha brasilit"

É impressionante a quantidade de pessoas que entram no blog procurando soluções para telhas do tipo brasilit quebradas ou furadas.
Bem, não sou especialista no assunto, mas como já tive problemas com isso e encontrei minhas próprias soluções (na base da tentativa e muitos erros), aí vão algumas dicas:
  1. Se a quebra for grande, deixar grandes áreas descobertas (maior que 30 cm, por exemplo), levar à perda estrutural da telha ou for em áreas que podem acarretar a entrada de um grande volume de água para dentro do telhado, então, infelizmente o melhor a fazer é trocar a telha, ou pelo menos uma boa parte dela.
    Já tive que fazer isso e não foi lá muito difícil cortar a telha no formato adequado (com arco de serra).
    O mais complicado foi que a telha quebrou bem na junção entre os dois lados do telhado e tive que soltar a telha quebrada das cumieiras, que quebraram no processo devido ao uso de argamassa para fixá-las, o que me obrigou a trocá-las também.
    Também foi difícil soltar os pregos de fixação das telhas. Gente decente usa parafusos, que fixam bem, mas permitem soltar caso necessário. Mas o cara que fez minha casa não pensou nisso e usou pregos torcidos. Esses pregos usados em telhado funcionam quase como um parafuso em termos de fixação da telha, mas não soltam nem com toda a força do mundo. Pra vocês terem uma idéia, eu quebrei o cabo de um martelo tentando.
  2. Se a área for relativamente pequena e for possível soltar os pregos/parafusos, você pode tentar encaixar um pedaço de telha por baixo das outras, com tamanho suficiente para cobrir o vão. Não fica uma beleza mas quebra o galho.
  3. Para pequenos furos e fissuras, recomendo o uso da manta asfáltica auto-adesiva com alumínio (Kimanta da Ciplak ou Fita MultiUso Vedacit). Você só precisa limpar bem a região em volta e pintá-la com uma demão de tinta betuminosa (eu usei o Vedapren diluído mesmo), cortar a manta no tamanho para cobrir o furo, mais uns 5 cm de margem, retirar a camada anti-adesiva, colar e pressionar levemente, para aumentar a aderência, com cuidado para não rasgar a cobertura de alumínio. É rápido e resolve muito bem.

Espero ter ajudado um pouco os que procuram soluções pra pequenos problemas em casa.

Atualização: 
Pois é, anônimo!
Não tem saída: pra soltar esses pregos, é com arco de serra mesmo. E depois, colocar outro prego ou parafuso.
Eu resolvi que, mesmo gastanto um pouquinho mais (nem é tanto assim), nos pontos onde eu precisei tirar os tais pregos, eu coloquei parafuso no lugar. Com isso (e uma parafusadeira elétrica), eu prendo e solto as telhas quando quero sem maiores dores de cabeça.

8 de set. de 2008

Garoto da Laje returns

Só pra atualizar: neste domingo (07/09), segunda demão do Vedapren Branco.
Até o momento, somente dois pontos mais críticos tem merecido atenção, mas eu começo a ter vontade de espalhar o produto por todo a calha de escoamento da laje, pois gostei do resultado e de trabalhar com o produto.
O Vedapren Branco é outro produto, não tem nada a ver com o Vedapren normal (preto), que parece um piche, grudento e com cheiro de petróleo. O Vedapren Branco se assemelha bastante a uma tinta acrílica um pouco mais consistente e com cheiro parecido, muito fácil de trabalhar, permitindo usar até pincel ou trincha.
Não choveu muito por esses dias, mas o pouco que choveu não afetou em nada o ponto mais complicado, que vazava direto, e isso com apenas uma demão. Como eu quero fazer pelo menos 4 demãos, acredito que o resultado ficará muito bom.
Acredito também que o produto é muito bom para pintar paredes externas, que é uma experiência que eu vou fazer em breve.
Em suma, o produto é bom. Só preciso checar a durabilidade para ficar 100% satisfeito.
O Vedapren preto não durou nem 6 meses.

Também percebi que tenho um ponto desprotegido, a extensão de uma parede que encontra com o telhado inclinado, e que por preguiça do cara que fez a casa, não foi nem rebocada. Em resumo, toma chuva direto e deve infiltrar tudo. Dada a localização, acho que terei que fazer pelo menos um rufo, para garantir que a chuva não encharque esse ponto. Mais uma coisa na casa que me dá vontade torcer um certo pescoço.

7 de set. de 2008

Odeio muito tudo isso

Eu nunca mais entrei num Bob's depois dos 18 anos.
É que eu fui ao Rio quando tinha 18 anos com uns amigos, nós ficamos num apê sem fogão, e tinha um Bob's logo do lado do prédio.
Daí, pés-rapados e sem conhecimento algum da cidade, foi café-da-manhã, almoço e jantar no boteco "do Seu Roberto".
Hoje, só de lembrar do gosto do suco de laranja do Bob's, já me revira o estômago.
Daquela viagem, só me agradou a visita ao Pão de Açúcar (O morro com o bondinho, não o supermercado, sua anta!) e o jantar da Família Panair, cortesia da mãe de um dos amigos (ex-comissária de bordo da companhia, "rapada" pela ditadura) e o motivo que nos levou ao Rio.
Na última noite, tentando fugir do destino cruel do fast food, resolvemos ir comer pizza. Pizza. No Rio de Janeiro. Precisa dizer mais alguma coisa???
Mas o milk shake de Ovomaltine do Bob's é bem bom, viu?
E antes que alguém me acuse, eu não entrei no Bob's para comprá-lo. Fui na lojinha do aeroporto de Natal, que não tem lugar pra você sentar. Então, eu não entrei na loja, ok?

3 de set. de 2008

Garoto da laje again

No último domingo, fui de novo à laje, agora por um caminho alternativo, não exatamente seguro, mas que evita que eu tenha que pedir licença ao meu vizinho e usar a laje dele pra subir.
Apliquei a primeira mão de Vedapren Branco no ponto onde tenho sérios problemas de infiltração. Estou decidido a fazer tudo direito, então planejei mais três demãos para garantir um bom resultado.
Infelizmente, por ter ficado agachado o tempo todo, no dia seguinte meus joelhos incharam e eu mal conseguia andar, que dirá me abaixar ou subir escadas. O que foi um tanto ridículo e me mostrou definitivamente que idade e sedentarismo não combinam. Vamos ver se eu crio vergonha e começo a me exercitar.
No sábado eu subo de novo para mais uma mão, se os joelhos voltarem ao normal até lá.
Além disso, achei um entupimento no cano de escoamento em outro ponto da laje, bem em cima do banheiro, que é um ponto onde o mofo está se formando constantemente. Pelo estado do entupimento, a coisa é de longa data e acho que com a liberação, o mofo vai parar. E eu já comecei a passar o Vedapren Branco lá também, o que deve ajudar ainda mais.
Mas adivinha só o que era que estava entupindo tudo: uma imensa bola de rabiola de pipa! Com direito a um monte de varetas também, com certeza para ajudar a dar estrutura ao bolo e evitar que descesse pelo cano, garantindo perfeita vedação e alagamento da laje.
É por essas coisas que eu amo este bairro!

3 de ago. de 2008

Novidades

Meu novo vizinho ao lado está reformando a casa.
Os fundos da casa dele ficam a apenas uns 4 metros da minha lavanderia (que não possui janela), cuja entrada fica diretamente no meu quarto (por uma porta que não veda bem o vento, muito menos o som).
Advinha o que ele está fazendo nos fundos da casa?
Se você disse uma laje, uma estrutura coberta e uma bela churrasqueira acertou.
Em breve irei defumar minhas roupas e participar involuntariamente daquele belo churrasco com pagode na laje, sem direito à carne, claro.
Murphy está impossível este mês!

Crente fiel

Murphy nunca falha!
Choveu ontem e hoje.
Adivinha só o que aconteceu no corredor, agora que eu tirei a impermeabilização.

29 de jul. de 2008

Status dos projetos

Quanto aos projetos em casa, tudo parado. Por incrível que pareça, eu não tive tempo nem pique pra mexer em nada dessas coisas.

Não impermeabilizei o telhado, embora tenha subido lá e arrancado boa parte da impermeabilização antiga (e que não funciona!). Como não choveu, não fez muita diferença. Claro, como bom discípulo de Murphy, estou esperando que a laje venha a baixo na primeira garoa.

O projeto Água de Chuva está parado, simplesmente porque não chove há quase dois meses em São Paulo. Eu tenho uma modificação pra fazer na saída do coletor de primeiras águas, para facilitar a limpeza e retirar a sujeira mais grossa, mas também não quis mexer nisso.

O projeto Reuso de Água está funcionando, mas o reuso diminuiu muito. Ao mesmo tempo em que a família aumentou na minha casa, ela diminuiu na casa da minha mãe, com a partida da minha avó, 5 dias antes da bebê nascer.
Daí descobrimos que minha mãe lavava muita roupa justamente por conta da minha avó. Agora que ela se foi, o consumo de água para lavagem na minha mãe caiu pela metade e no final eu acabo jogando muita água da máquina fora.
Gostaria de reaproveitar essa água na descarga do banheiro, mas para isso preciso de uma estrutura muito mais complexa, envolvendo quebra de paredes para colocar novos encanamentos, entre outras coisas.
Como no momento falta tempo e dinheiro para tudo isso, e a prioridade é a bebê, isso vai ficar em stand-by por muito tempo.

De volta

Após um mês de férias, corrido, suado e cansativo, estou de volta ao trabalho.
Com a filhota em casa, tudo foi muito bem, mas trabalhoso. Eu procurei dar um descanso para a patroa, que afinal, tem que servir de vaca holandesa, e assumi a maior parte dos trabalhos domésticos e também os cuidados com o filhote, que já está bem grandinho e independente, mas ainda necessita de muita supervisão e merece atenção especial também.
Também tive que fazer das férias dele algo mais que TV e videogame, então, foram vários passeios, cinema e etc.
Foi muito legal, mas vocês sabem, cansa.
Teve um dia em particular, ainda no meio das férias, ainda na fase de crise de abstinência do trabalho, em que eu pedi algumas horas sozinho, já de madrugada, para não fazer nada além de ficar de bobeira na internet. Cansei de interagir com as pessoas, manja? Fiquei com saudades dos problemas no trabalho, que me obrigam às vezes a varar a noite sozinho no escritório.
Começo a achar que as minhas habilidades de relacionamento social são mesmo mínimas e que pessoas me estressam.
E pensar que eu fui fazer pedagogia e queria abrir uma escola, hein? Será que eu não acabava matando uns aluninhos, não?

30 de jun. de 2008

Atualizando o status

Para os detalhistas: 25/06/2008 18h06m, 48 cm, 3440 g (acho que 2kg só de bochecha), tipo B Rh neg.
Agora, somente fraldas, banhos e choro.

20 de jun. de 2008

Projeto Reuso de Água: Quem avisa, amigo é!

Caso você pense em fazer um projeto de reuso de água nos mesmos moldes que o meu, fica um alerta: a eficiência do filtro está diminuindo a cada dia, mais rápido do que eu havia previsto. Acredito que se deva ao excesso de fibras das roupas que vem com a água da máquina.
Talvez seja necessário incluir um filtro mais simples antes de enviar a água ao filtro principal. Um filtro simples, de fácil limpeza, como algumas camadas de tecido de PET, por exemplo.
Na verdade, estou desconfiado de que o filtro de areia nem está sendo muito útil e pode ser apenas uma complicação à toa no projeto.

11 de jun. de 2008

Marcenaria

Como eu comentei alguns dias atrás, temos um "guarda-roupa meia-boca" no quarto do moleque, com acabamento em padrão cerejeira, bem "fuleiro".
A patroa resolveu dar um trato e pintá-lo, coisa e tal, achando que era tarefa fácil. Bom, ela cansou lixando só uma lateral, pra você sentir a encrenca.
Eu, como bom marido que sou, me incumbi da tarefa de dar um jeito no bicho.
O primeiro passo (depois de desmontar o que era possível e transportá-lo para fora de casa, claro) foi serrar o pé do danado. Ele tinha 5 cm de altura a mais do que o local para onde estava destinado, então, serra nele! Foi relativamente fácil, num meio de tarde estava tudo resolvido, usando duas ferramentas: arco de serra e mini-arco de serra.
O arco de serra é legal porque você pode virar a serra de lado e assim serrar na vertical em grandes distâncias.
O mini arco é bom quando o espaço não ajuda e para serrar partes menores com mais controle.

Depois disso, foi lixar todo o armário, incluindo portas e frente de gavetas.
Usei uma lixadeira manual para pequenos detalhes e a boa e velha furadeira com disco de borracha e lixa.

Recomendo um lugar isolado da casa, porque a serragem é fina e vai voar pra todo lado com a furadeira (recomendo mesmo um local fechado, porque ao ar livre é que vai voar mesmo, até nos vizinhos). Ah, e máscara também, para não respirar o pó. Ah, e toca de banho também, para não ficar com os ouvidos cheios de pó e o cabelo em petição de miséria.
Deu um trabalhão e cansou bastante, especialmente as costas, já que eu não tenho uma bancada para esse tipo de trabalho. Mas ficou legal, tirando um ou outro ponto em que a lixa pegou fundo demais e eu tive que consertar com massa de madeira F12.

Trabalhar com furadeira e disco de lixa exige firmeza e cuidado, especialmente nos cantos da peça, pois o disco de lixa rasga facilmente se enroscar em algum lugar (eu rasguei uns dois pelo menos, mas eu sou meio ruim quando o assunto é força e coordenação motora).

Depois de tudo lixado, começou a fase de pintura.
Seguindo umas dicas que eu peguei na internet, sobre artesanato, resolvi usar tinta látex comum. Não dá o mesmo acabamento brilhante da tinta esmalte, mas é mais fácil de trabalhar, mais barata e deixa menos cheiro. Como não tinha como objetivo um acabamento profissional, nem tive dúvidas.

Dei uma mão de branco em tudo, para servir como base. Depois, usei corantes para compor as cores finais: verde e laranja claro, escolhidos pela patroa e o moleque. O verde ficou bom de primeira, mas o corante laranja junto ao branco acabou virando um rosa, o que foi enfaticamente rejeitado pelos dois. Tive que comprar corante amarelo e vermelho e ir dosando aos poucos para obter um laranja (dica: reforce o amarelo, mais que o vermelho).

Apliquei com rolo de espuma pequeno, que facilitou bastante o trabalho e só usei pincel em alguns detalhes menores.

Antes de aplicar cada demão, eu lixava de leve para deixar tudo lisinho. Isso ajudou muito a dar um acabamento bacana apesar do uso do látex (dica do site de artesenato).
Falta ainda comprar puxadores novos, para combinar com a nova pintura, o que será feito esta semana.
No final, ficou melhor do que todos nós esperávamos. Tanto é que o guarda-roupa mudou de lugar (o que me fez ter serrado o fundo à toa, mas tudo bem) e ganhou destaque no quarto, ao invés de tentarmos escondê-lo.
As fotos não estão no mesmo ângulo, mas deve dar uma idéia do antes e depois do guarda-roupa, ainda sem os novos puxadores.

Atualização: Foto do guarda-roupa com os puxadores novos.

13 de mai. de 2008

Projeto Reuso de Água: Bomba

Pois bem.
Depois de muito considerar, resolvi colocar as fotos da pequena bomba que fiz para retirada da água do reservatório final de 200 litros.
O material para confecioná-la foi:
1) Um pote plástico com tampa de rosca (R$ 4,00). As únicas exigências foram: tamanho suficiente para caber a bomba e permitir encaixá-la no lugar (se for muito apertado, não vai dar pra encaixá-la nos buracos);
2) Uma bomba de máquina de lavar da Askoll, 127 Volts, 37 W (R$ 22,00), comprada em uma loja de materiais e assistência técnica de máquinas de lavar;
3) 4 metros de manguerira sanfonada (R$ 12,00). O tamanho é para permitir maior flexibilidade na hora de usar;
4) 4 metros de fio paralelo 1,5 mm2 (R$ 4,00);
5) 2 conectores para a bomba (R$ 0,60). Desculpem, não sei a especificação. Comprei em uma loja de peças para motos;
6) Três parafusos de 5,5 cm, com arruela e porca (R$ 0,90);
7) Um plug macho de tomada (R$ 2,50);
8) 1 cotovelo soldável, 1 adaptador rosca/soldável, um adaptador para mangueira com rosca, uma braçadeira de metal e pedaços de cano PVC para água (No máximo uns R$ 8,00 tudo. Eu já tinha esse material que sobrou do projeto de reuso de água).


Primeiro, a foto do pote plástico já montado. Note a saída do fio bem no alto. Eu preferi furar a lateral do que a tampa, pois o fio preso à tampa complicaria a vedação.



Detalhe do fundo do pote, com os parafusos fixando a bomba. Repare na entrada de água no fundo e a saída dela na lateral.



Detalhe de dentro do pote. A brita no fundo ajuda a dar peso e afundar um pouco o pote quando ele está dentro do reservatório, facilitando o bombeamento.




A montagem do adaptador para a mangueira. Parece muita coisa só pra conectar uma mangueira, mas descobri que ela tem que sair na vertical, caso contrário vai fazer o pote inclicar e a entrada de água não vai ter água para sugar.



O conjunto todo montado. É só colocá-lo dentro do reservatório (ele vai ficar flutuando) e ligar o fio à tomada. A vazão é boa e permite encher baldes ou mesmo a máquina de lavar. Não é uma bomba para ser usada por muito tempo, só o necessário para transferir a quantidade de água desejada.
A vedação foi toda feita usando cola quente aplicada com pistola. Mas já aviso que ficou uma porcaria e entra um pouco de água no compartimento da bomba. A tampa de rosca também é muito fraquinha e deixa entrar um pouco de água se o pote ficar inclinado. Acho que o ideal seria usar cola epóxi (Durepóxi) para essas coisas.
Mas a água que entra é pouca e é só tirar a tampa e jogá-la fora. Só não pode deixar acumular muita, para não correr o risco de entrar em contato com os conectores da bomba. Vou reforçar a vedação assim que possível para evitar isso.

E é isso. Por uns R$ 50,00 você tem uma bomba para retirar a água do seu reservatório.
Note que eu optei por fazer tudo isso para ter uma bomba que sirva para vários usos. Caso a bomba só vá tirar a água do reservatório final, basta conectá-la diretamente no reservatório com um pedaço de mangueira, como eu fiz nas bombonas que compõe o filtro. Não precisa nem do pote, nem de nada.

8 de mai. de 2008

Empreiteiro

Com a chegada da bebê, resolvemos "dar um tapa" na casa, que andava meio caída.
Então, além dos projetos malucos, acumulei também as funções de pedreiro, marceneiro e pintor.
Veja a lista do que já foi feito
1) Comprei e montei sozinho um armário para a lavanderia e um gabinete para o banheiro.
2) Arrumei e pintei o teto do banheiro, que estava todo rachado, descascado e mofado.
3) Arrumei e pintei as paredes dos dois quartos da casa.

Um trabalhão danado! Mas apesar de uns percalços, fiquei até orgulhoso do resultado.
Agora, as próximas etapas são:

1) Reduzir a altura do guarda-roupa.
O guarda-roupa do quarto das crianças vai mudar de lugar e não cabe na altura por apenas 4 centímetros. Como ele tem 10 centímetros embaixo, completamente inúteis, vou tentar diminuir a altura nesse ponto e ver se ele cabe onde queremos. Ele já não é grande coisa, então, se ficar ruim, não será nada que um crediário nas Casas Bahia não resolva.

2) resolver de vez a infiltração da laje.
O vedapren que eu apliquei já venceu e eu acho que entendi o porquê. Usei o Vedapren comum, preto, que segundo o fabricante, só deve ser usado em áreas sem trânsito e protegidas da luz do sol. Ou seja, como impermeabilização antes de aplicar um piso cimentado. Como eu só apliquei sobre a laje e não cobri com nada, ele ficou exposto e rachou, acabando com a vedação.
A solução é usar a manta asfáltica ou o Vedapren branco. Segundo o fabricante, ele tem boa resistência ao sol e pode ser usado também em paredes (que é um outro problema que eu tenho).
Por ser mais fácil de aplicar e mais barato que a manta, vou tentar com o Vedapren branco primeiro, aplicando pelo menos 4 demãos, como recomenda o fabricante. Se não resolver eu me mato..., digo, eu tento a manta.

3) resolver a umidade das paredes.
Descobri há algum tempo que as paredes externas da casa que dão para os vizinhos (e fora das minhas vistas) estão somente no reboco, sem nenhum tipo de pintura ou impermeabilização. Tem um pedaço inclusive que está sem reboco, direto no tijolo e bloco. Isso é um convite para problemas sérios de umidade, infiltração e mesmo de estrutura da casa. Sendo assim, vou pintar todas as paredes externas. Isso vai sair caro, pois pela altura e posicionamento, não tenho como fazer sozinho e vou ter que contratar um profissional. Mas isso é quase urgente e não dá pra segurar muito mais.
Estou pensando em usar o Vedapren branco mesmo, ou o Vedapren Parede, que pelo nome, é específico para isso.

4) Uma vez resolvidos os dois problemas, posso pintar o corredor da casa, que está um terror devido à infiltração. Vai demandar muita massa corrida pra corrigir os buracos que ficaram...

5) Fechar a lavanderia. Minha lavanderia é aberta e só tem uma lona protegendo da chuva e vento. Como a porta da lavanderia dá para o meu quarto, o vento é um incômodo constante, especialmente no inverno. Quero fechar com uma parede e duas janelas grandes, de correr. Essa é outra coisa que posso precisar de um profissional, já que eu nunca ergui uma parede sequer na vida.

Vamos ver quando eu consigo fazer tudo isso.

Projeto Reuso de Água: atualização

Só uns recadinhos e lembretes rápidos.
O projeto de Reuso de Água da máquina de lavar está funcionando bem.
Como comentei antes, a quantidade de sabão da lavagem é grande e invalida o uso para enxague. Mas para lavar está muito bom e até poupa sabão.
O reservatório final fica um andar abaixo, e por isso, preciso sempre checar se posso escoar a água da minha máquina, para não inundar a lavanderia da minha mãe. Será necessário um ladrãona bombona principal para evitar esse trabalho, mas ainda não me decidi a fazê-lo.
Notei também que a parte de cima do filtro (a brita que segura a areia) está totalmente cinza e aveludada, sinal de que a quantidade de fibras das roupas é bem grande. Vou tentar usar novamente o tecido de PET para forrar acima da brita, o que facilitaria a retenção dessas fibras e a limpeza.
Notei um vazamento leve no filtro de areia, justamente na conexão de saída. Eu acabei fazendo essa saída muito próxima ao fundo da bombona, o que atrapalhou um pouco o encaixe do anel de borracha interno e, pelo visto, afetou a vedação do conjunto todo. Mas não é nenhuma enxurrada, então acho que vou resolver com algum tipo de vedação líquida (cola plástica, cola de silicone ou Vedapran).
A idéia da bomba genérica funcionou razoavelmente bem. Preciso apenas de mais alguns metros de mangueira flexível (a mesma que usei em todas as instalações do projeto) e um lastro que mantenha o conjunto na posição desejada. Quando eu tiver resolvido essas pendências, eu coloco o esquema e as fotos.


RECADO IMPORTANTE:
Algumas pessoas me escreveram solicitando o envio do projeto por email. Por mais que eu
fique lisonjeado e orgulhoso pelo interesse no meu projetinho tão reles, fico triste em ter que dizer que o projeto não existe formalmente. Não tem nenhum texto ou esquema além dos que eu coloco aqui no blog.
Portanto, minha recomendação a todos os interessados é clicar no link que fica no topo da página para ver todos os textos referentes ao projeto.
Peço desculpas pela precariedade da minha documentação.

23 de abr. de 2008

Projeto Água de Chuva: stand by

Como o projeto Água de Chuva está funcionando razoavelmente bem agora (sem enchentes e com água limpa), ele está em banho-maria, até eu completar as etapas do projeto Reuso de Água (criança fica sempre empolgada com brinquedo novo, manja?).
Mas uma coisa interessante foi que, depois que eu usei os anéis de borracha nas conexões das bombonas no projeto Reuso de Água, eu resolvi usar algumas também na conexão da torneira de saída do contêiner de água de chuva.
(veja aqui o post a respeito)



E não é que resolveu o problema de vazamento???
Usei dois anéis de 3/4, um do lado de fora, outro de dentro, além de ter feito um anel maior, com borracha de câmara de pneu, para a tampa da saída do contêiner (em verde na foto).
Além de parar o vazamento e isso me permite muito mais liberdade de soltar e recolocar, do que eu tinha antes usando cola de silicone (bleargh!!!).

Projeto Reuso de Água: Muitas fotos!!!

Como prometido, alguma atualização sobre o projeto de reuso de água.
Seguem as fotos do projeto até o momento, já em sua fase final (clique na foto para ver em tamanho maior).


Primeiro, um detalhe do tipo de conexão utilizado nas saídas das bombonas. São 5 peças:
1 adaptador soldável/rosca 3/4"
1 joelho 90º rosca 3/4"
1 adaptador de mangueira com rosca 3/4"
2 anéis de borracha 3/4"

Usando os anéis de borracha e a rosca das conexões, consegui firmeza e vedação suficientes sem ter que colar nada. Só usei a fita veda rosca.


A conexão devidamente fixada na lateral da bombona. Esta é a saída do filtro de areia e brita.




Foto interna do filtro de areia e brita. Esta é a camada intermediária, de areia. Abaixo dela está o tecido de PET, usado para separar a areia da brita. Esse tecido também cobre o fundo, evitando que a brita entre no cano de coleta da água limpa.
Esse tecido é bem leve, tem excelente vazão mas não deixa a areia passar.
Acima desssa camada vai mais uma de tecido e outra de brita, para evitar que a areia seja deslocada.
Será acima dessa última camada que vai ser colocada a conexão que virá do reservatório primário. Essa conexão vai levar um pedaço de cano de PVC de 3/4" colado à parde soldável do adaptador de rosca, terminado por um cup. Esse cano será todo furado, a cada 1 ou 2 centímetros, para espalhar a água sem concentrá-la em um único ponto.
De maneira análoga, a saída do filtro no fundo da bombona também leva um cano igualmente furado, para permitir captar a água em vários pontos ao invés de um único.



Detalhe do filtro, visto por fora da bombona.



Aqui, detalhe do cano de saída da lavanderia.



As duas bombonas, já em sua posição definitiva. Acima delas, o cano que vem da lavanderia (somente o cano horizontal. O cano vertical que aparece na foto não tem nada a ver com o projeto e faz parte do escoamento da minha laje).
A bombona da esquerda é o reservatório primário, que recebe a água da máquina. A da direita é o filtro, que vai recebendo do reservatório primário a medida em que filtrar a água.
Com o reservatório primário, eu posso receber água em alta pressão e volume sem bagunçar o filtro de areia e brita.



Detalhe da saída do filtro, já com a mangueira conectada ao adaptador. Note a braçadeira de metal, que ajuda a fixar e vedar a mangueira. Note também que eu não consegui enfiar muito na mangueira no adaptador. Essa é uma técnica que eu ainda tenho que aprender. A mangueira não desliza pelo adaptador e o pequeno e perigoso espaço que eu tinha para trabalhar (uma beira de laje) não ajudou em nada o processo.


A mangueira entrando pela abertura nas telhas da lavanderia da minha mãe, onde ficará a bombona de 200 litros, o reservatório final.



A mangueira passando pelo telhado.



E finalmente a mangueira chegando à bombona de 200 litros (no caso, passando por trás). Como podem ver, mesmo antes do projeto fornecer água, minha mãe já está usando a bombona para uso próprio.



Por último, a tampa do reservatório final (bombona de 200 litros) com a conexão para a mangueira. Essa é uma etapa ainda indefinida, pois como minha mãe anda usando a bombona, colocar essa tampa e essa conexão podem tirar a liberdade dela de usar a água como quiser.


Para facilitar a vida dela, já comprei a bomba de máquina de lavar que, espero, faça o trabalho de puxar a água para fora da bombona. O inconveniente é que, diferente da bomba de aquário (que parece ser muito mais fraca) ela não pode ficar submersa e portanto, pode necessitar de uma conexão no fundo da bombona, coisa que eu queria evitar.
Mas estou estudando uma forma de transformá-la em uma bomba genérica, que possa ser utilizada em qualquer lugar. Vamos ver no que vai dar minha idéia. Como é meio estapafúrdia, vou poupá-los dos detalhes, para evitar o mico. Se funcionar, eu coloco aqui.

Atualização: A bomba funcionou. Mais detalhes aqui.

Breaking News!

Pois é, gringaiada!
Chega de mamata!
Acabou a exclusividade!
Venceu a patente!

Agora nós também temos terremoto!

O único inconveniente é que do jeito que a coisa é precária por estas bandas, em vez de termos aquelas super-hiper-mega mobilizações da Defesa Civil, bombeiros e exército, vamos parecer com aqueles terremotos em países pobres como Afeganistão, Índia e Indonésia, onde só não morre mais gente porque a maioria nem tem casa pra cair na cabeça e ficar soterrado.

Mas confesso que foi bem hilário sentir o mundo balançar e você achar que está bêbado, mesmo sem ter bebido nadinha. E o povo apavorado descendo dos prédios foi bem divertido de ver.

22 de abr. de 2008

Calma, calma...

Pra quem anda achando que eu encostei o burro na sombra, aviso que é justamente o contrário.
Ando sobrecarregado de tarefas em casa, ligadas ou não aos projetos e por isso não ando com tempo de atualizar o blog.
Mas em breve, uma enxurrada de novidades (hahaha! chega a ser hilário escrever isso).

7 de abr. de 2008

Projeto Reuso de Água: Esquema

Para os interessados, segue o esquema que pretendo utilizar no projetode reuso da água da máquina de lavar.
Não sou muito bom com esquemas técnicos, mas acho que dá para ter uma idéia da coisa toda.



Uma coisa que ficou bem clara é que o filtro só vai segurar sujeira grossa, como restos de algodão de roupas e alguma sujeira sólida não diluível. O sabão vai passar quase todo (fica muito diluído na água) e portanto, a recomendação de só usar a água para a lavagem, e não para o enxagüe, vira quase obrigação. Claro que para lavar chão é ótimo, pois até economiza o sabão.
No esquema talvez não esteja bem claro, mas o filtro e o reservatório inicial ficarão do lado externo, em uma pequena beira de laje que dá para o primeiro andar, na lavanderia da casa da minha mãe, que é quem vai usar essa água. A economia aparecerá na conta de água dela, que como eu pago, vai reverter para mim. As ligações hidráulicas entre as duas casas estão uma bagunça e minha casa acaba roubando água da dela, o que sobrecarrega uma das contas e gera uma conta maior, pois saimos da zona econômica de cobrança.
Mas ainda não tenho idéia da economia final.
Depois eu coloco aqui a planilha de custos inicial, como fiz com o projeto Água de Chuva.

2 de abr. de 2008

Remédios

Algumas das palavras que mais geram visitas a este blog são os nomes de remédios.
Bastou falar sobre os meus problemas gástricos e citar os remédios que choveram visitas sobre os efeitos colaterais dos mesmos.
Então, este post é só para informar melhor a quem aqui chegar.
O Pilorypac é bem mais caro (R$ 120,00 foi o menor preço que encontrei) , e como o próprio médico indicou o Omepramix como opção, eu acabei por comprá-lo. Saiu por volta de R$ 80,00 na Drogaria São Paulo, que ainda parcelou em 3 (três) vezes no cartão.
Não senti grandes efeitos colaterais com o remédio, exceto um constante e incômodo gosto amargo na boca após o terceiro dia (são 7 dias no total). Chegava a incomodar bastante durante o dia e também à noite. Acordei mais de uma vez de madrugada de tanto amargor. De dia, vivia bebendo água, chá e comendo qualquer bolachinha para disfarçar. Mas tão logo parei de tomar o remédio, o gosto sumiu.
E, muito importante frisar, o estômago está muito melhor. Em breve, volto ao médico para o acompanhamento e depois digo como andam as coisas lá pelas minhas entranhas.

Digimon x Ben 10

Gosto muito de alguns desenhos do Cartoon Network. A maioria daqueles desenhos tem referências tão adultas que os pequenos perdem quase 100% da graça às vezes, mas os adultos podem se divertir horrores.
Mas também tenho que reconhecer as péssimas influências que eles exercem sobre as crianças. É um festival de valores morais dúbios e equivocados, que caem como uma luva nos tempos atuais, onde ninguém dá valor a mais nada.
O Ben 10, por exemplo, o herói mais badalado do momento, é um verdadeiro terror.
É burro (e se orgulha disso), comete as maiores besteiras se achando o maioral só porque tem o relógio que o transforma nos alienígenas, usa seus poderes da forma mais leviana e irresponsável possível, desobedece seu avô, desrespeita sua prima (alvo preferido de suas brincadeiras de mau gosto) e só vence no final por puro acaso ou desejo do roteirista.
Mas o pior de tudo: ele não estuda. Ele odeia ir para a escola e detesta livros ou qualquer tipo de leitura. Fica rodando o país no furgão junto com seu avô e prima, sem ir para a escola. Num dos episódios, o vilão prende sua mente em seu pior pesadelo: a escola.
Tudo bem, é ficção, dirão alguns, mas o que me assusta é que essa é a ficção padrão americana, onde as crianças nos desenhos são sempre burras ou malandras e detestam a escola. Ser estudioso é ser nerd, CDF, e isso é sempre motivo de chacota nos desenhos "made in EUA".
Não deve ser à toa que, como já disse Carl Sagan (ler "O mundo assombrado pelos demônios"), os EUA estão emburrecendo ("Stupid White Man"?).
Nem vou entrar no mérito de falar do Billy (de "As terríveis aventuras de Billy e Mandy"), que gostaria de ter dois narizes para ter mais um lugar de onde tirar meleca, ou do comercial do toque de celular com som de peido...
Diante do quadro tenebroso, resolvi mostrar o outro lado da moeda (ou do planeta): baixei e viciei o guri no Digimon.
O Digimon veio na esteira de Pokemon, com o intuito de vender brinquedos e games, claro, como quase toda a animação feita no Japão. Mas apesar disso, os valores culturais deles estão sempre lá, de forma mais ou menos explícita. Mas diferente do seu clone, eu gosto muito mais do Digimon, e vou dizer o porquê.
Como toda boa história, Digimon tem início, meio e fim, continuidade, evolução e reflexão. As crianças se desentendem e ao final compreendem que somente juntos podem resolver os problemas, e que brigar não resolve nada. Quem é medroso, egoísta ou arrogante aprende a ter coragem, generosidade e humildade.
A continuidade exerce papel importante nessa evolução, pois um episódio tem continuação e teve um prévio, como numa novela, não existindo episódios isolados ou independentes, gerando o interesse contínuo (tem até resumo do episódio anterior e "cenas do próximo capítulo").
Todas as crianças, ao se apresentarem aos outros, dizem em que escola e série estudam, demonstrando orgulho por estudar e a importância da escola em suas vidas. Um dos meninos inclusive, sente saudades da escola e de fazer sua lição de casa em seu quarto.
Tem também um irmão mais velho que se preocupa e faz de tudo para ajudar e proteger seu irmão mais novo, mesmo eles sendo filhos de pais separados e que não vivem juntos.
Alguns liberais podem torcer o nariz por isso, alegando ser uma forma de forçar conceitos, quase uma lavagem cerebral. Mas eu pergunto: educa-se uma criança para quê? Para agir de forma positiva na sociedade ou para agir como quiser para que a sociedade lhe dê o que quer, quando quer e na forma que quer?
E um desenho que mostre inconseqüência, irresponsabilidade, falta de educação e desrespeito pelos outros, também não está passando seus valores, usando a sedução do mais fácil, do mais rápido, do mais engraçado?
Entre os dois extremos, qual seria o mais positivo para a manutenção da sociedade onde todos nós vivemos?
Bom, pelo que tenho visto, a maioria prefere o "estilo Cartoon de ser" ("A gente faz o que quer", segundo a nova campanha publicitária do canal).
Mas eu sou brasileiro (para meu desgosto), e não desisto nunca!

Projeto Reuso de Água: mais compras

Graças à queda do viaduto do Fura-Fila, acabei tendo que andar um pouco pelo bairro para voltar pra casa, e passei pela loja de mangueiras que tinha visto outro dia, além de uma loja de materiais de construção e ferramentas já conhecida, que tem bastante coisa interessante.
Encontrei o adaptador para mangueiras que já tem o encaixe para rosca 3/4". Vai ficar bem legal se eu conseguir utilizá-lo diretamente na saída das bombonas, junto com os anéis de borracha que eu comprei. Se não ficar bom, vou ter que usar mesmo as conexões de plástico para fazer a fixação na bombona, e o adaptador de mangueira apenas como elemento de ligação.
Comprei também 7 metros de mangueira sanfonada, que permite curvas bem mais estreitas sem dobrar a mangueira, o que é muito útil para fazer as conexões curtas entre as bombonas.
Ontem aproveitei o embalo e, talhadeira e martelo em punho, fiz o buraco na pareda da lavanderia para a laje externa, onde eu pretendo colocar as bombonas com o filtro. Não ficou nenhuma obra prima, mas o buraco ficou arredondado, pelo menos, e sem exageros do lado interno. Do lado externo, quebrou um pouco mais do que o planejado, mas depois eu reboco tudo.
Notei uma diminuição no cheiro das bombonas, depois que eu deixei ao sol sem a tampa. Acho que a essência deve evaporar mais rápido com o calor, então, acho que as bombonas vão passar a semana "pegando um bronze".
O fim de semana promete ser de muito trabalho nessa montagem.
Vai ficar faltando ainda a bomba de aquário, para poder extrair a água armazenada. Mas essa é a última etapa do processo, então não há pressa. Quero deixar o filtro funcionando um bom tempo antes de armazenar a água, para garantir a limpeza da areia e brita, além do cheiro de essência da bombona.

31 de mar. de 2008

Projeto Reuso de Água: providências

O projeto de reuso da água da máquina de lavar está andando até que bem rápido. Vamos aos fatos:
Fui até a Picillo e comprei uma bombona de 200 litros de material reciclado (R$ 80,00) , para armazenar a água já filtrada, e duas bombonas usadas de 60 litros (R$ 9,00 cada), para o filtro. Queria comprar uma nova de 100 litros para isso, mas custava por volta de R$ 100,00, o que achei muito caro.
Atualização: Bombona 200 Litros

Atualização: Bombona 60 litros

Atualização: Detalhe do corte de acesso para facilitar as conexões

As bombonas usadas tem o inconveniente de terem armazenado essências (perfume) para produtos de limpeza. É um cheiro parecido com aqueles limpadores tipo "Veja" (nada a ver com a revista desta vez), tremendamente enjoativo e acredito, tóxico, e que não está sendo muito fácil de eliminar. Com a supervisão da minha química de plantão (vulgo patroa), vamos ver se eu consigo melhorar esse quadro, caso contrário, terei que abandonar a idéia de bombonas usadas.
O ruim das bombonas também é que elas tem apenas duas saídas pequenas com tampa de rosca, o que não me dará acesso ao interior para fazer as conexões de tubos e mangueiras. Vai ser um trampo muito grande fazer isso só por fora, e a chance de vazamentos aumenta muito.
Por conta disso, estou pensando em deixar para lá as bombonas e usar duas lixeiras de 60 ou uma de 100 litros para fazer o filtro. A vantagem delas é o acesso total ao interior para as instalações necessárias. Mas também são mais caras, então, ainda estou avaliando.
Eu comprei um número mais ou menos certo de tubos e conexões, pensando em fazer todas as conexões com tubos rígidos, mas após visitar um site sobre aquarismo (Hobbyland), comecei a me interessar pelo uso de mangueiras flexíveis, o que eliminaria boa parte das conexões para dobra e contorno, além de simplificar os engates, facilitando a desmontagem caso necessário. Também foi uma fonte de idéias quando a técnicas de vedação usando material adaptado e anéis de borracha.
Comecei a desenhar o filtro e cheguei a um projeto em duas etapas. Uma primeira bombona (ou lixeira) vai armazenar a água da máquina, que sairá pelo fundo em direção ao filtro. Essa saída será feita de forma a não esgotar totalmente a água desse primeiro estágio, evitando enviar para o filtro a espuma gerada pelo sabão.
Dessa saída, a água deverá entrar no filtro de areia e brita pouco acima da altura máxima da areia, evitando a queda e a formação de mais espuma. Deverá haver uma coluna mínima de água cobrindo a areia, também para evitar a espuma. Isso será garantido pela saída do filtro, que após coletar a água no fundo, subirá até a altura da areia, antes de se dirigir ao armazenamento final, a bombona de 200 litros.
Depois eu coloco o desenho dessa idéia, que ficará bem mais simples de executar com mangueiras ao invés de canos.

Só para adiantar a discussão, se a qualidade da água vinda da lavagem for muito ruim (muita sujeira ou sabão), pretendo usar um sistema de coleta automática dessa primeira água, como o coletor de primeiras águas que já uso hoje no projeto Água de Chuva.
Mas não vamos nos adiantar demais. Ainda não sei com que qualidade essa água vai sair.

27 de mar. de 2008

Novos rumos: em direção á máquina de lavar roupas

Seguindo a tendência de reutilização de água, resolvi expandir isso para as chamadas águas cinzas.
Eu nunca fui muito de lavar roupa. Sempre achei uma tarefa complexa demais para meu pobre intelecto. Prefiro mil vezes cozinhar e lavar louça, além de limpar a casa, do que mexer com roupa, incluindo lavar e passar (eu até dobro bem e guardo também, bem organizadinho).
Mas depois de alguns acidentes com minhas camisas (perdi uma e outra mudou de cor), e a menor disponibilidade da patroa, que está com aquele barrigão, comecei eu mesmo a lavar a roupa e estender no varal.
E fiquei estarrecido pela quantidade de água que vai embora nesse processo.
Num ciclo de lavagem simples, nível de água alto e dois enxagues, minha máquina (que é uma Brastemp!) gasta em média uns 120 a 140 litros de água. Se pensarmos que a máquina é utilizada pelo menos três vezes na semana, são quase 400 litros jogados fora.
Procurando sobre uso de água de chuva, acabei esbarrando vez ou outra nas chamadas águas cinza, que seriam as águas das pias, tanques e máquinas de lavar roupa. Em geral, reutiliza-se essa água para lavar chão e dar descarga no vaso sanitário, o que seria mais complicado do que eu gostaria (quebrar paredes e refazer a tubulação).
Mas recentemente li sobre o reuso dessa água na própria máquina de lavar roupas. A água reutilizada pode substituir pelo menos a água da lavagem. Como os enxagues visam tirar o sabão, uma água reutilizada não daria certo para isso (a não ser que houvesse um filtro profissional, industrial, para limpar a água, como no projeto SAFIRA).
Então, decidi começar este novo projeto de reuso da água da máquina de lavar, que tem algumas problemáticas diferentes do projeto de água de chuva.
Por exemplo, a água de chuva vem do telhado, alimenta o filtro por gravidade e vai ao contêiner.
A água da máquina estará no mesmo nível do contêiner. Para reutilizar, provavelmente terei que bombear (penso em usar bomba de máquina de lavar, facilmente encontrada nas assistências técnicas ou uma bomba submersa para aquários).
Meu maior problema é o espaço físico, bem mais limitado do que aquele disponível para a água de chuva. Provavelmente terei que utilizar como contêiner uma bombona, de pelo menos 200 litros, que é mais alta do que larga. É provável também que esse contêiner tenha que ficar do lado de fora da casa, em uma pequena laje. Não medi ainda o espaço, mas devo fazer isso ainda esta semana.
Quanto à filtragem, estou pensando em usar um filtro industrial desta vez. Não me parece que o filtro de areia vá conseguir remover todas as impurezas da água, como o sabão e a própria sujeira das roupas.
Atualização: O filtro pesquisado (Hidro Filtros), para uso residencial, utiliza elementos filtrantes de polipropileno (fibra plástica), que tem vida útil estimada de 6 meses, quando usado antes da máquina de lavar. Como eu pretendo usar depois da saída da máquina, creio que a vida útil seria ainda menor, o que elevaria o custo mensal e inviabilizaria o projeto. Portanto, vamos de filtro de areia e brita mesmo.

Já comprei alguns tubos e conexões, e vou pesquisar o filtro e também o novo contêiner.
Vamos ver no que vai dar.

Tudo azul (ou quase)

Bem, depois de alguma chuva, consegui ver o resultado do meu último esforço no projeto Água de Chuva.
A vazão está bem mais controlada com o "bico" de PVC, o pedaço de pano e as duas esponjas dentro do bico estão retendo muito bem a sujeira grossa, e o filtro de areia resolve o resto. Resultado: água clarinha, sem nenhuma sujeira visível.
Além disso, li um pouco sobre cloração de água e resolvi usar um pouco de água sanitária (a velha e boa Cândida), seguindo algumas proporções que encontrei por aí pela internet (estou usando 25 ml de água sanitária a 2,5% para cada 100 litros). Resultado: água sem cheiro ruim, nem esverdeada. Pelo contrário, tem até um tom azulado de água de piscina, para quem olha de lado, pela parede do contêiner.


O ladrão acoplado à saída do filtro funcionou direitinho e mesmo com chuva forte, não transbordou mais o filtro, nem molhou todo o chão como acontecia antes.

De ruim, ficou o velho problema do coletor de primeiras águas, que entope toda hora e me obriga a soltar a mangueirinha e ter que me molhar com aquela água fedida e nojenta.
Mas também resolvi dar um basta nisso e fui às compras.
Voltei com um cano de PVC de 3/4" para água, mais algumas conexões e o grande pulo do gato, um registro esfera em PVC. Com ele, vou poder controlar a vazão da água para o filtro (quanto mais aberto, menos água no filtro), além de esgotar a água suja sem ter que mexer nela. Além disso, na hora de limpar, devido ao diâmetro muito maior do cano de PVC, a vazão desse escoamento vai ser maior e a sujeira grossa vai toda embora ao invés de ficar acumulada no coletor.
Falta ainda montar essa estrutura, coisa que devo fazer no próximo final de semana.

Sou obrigado a reconhecer que um pouco mais de trabalho e dedicação resolveu grande parte dos problemas e o projeto agora se mostra viável e útil, além de ecologicamente responsável.
E aí? Vai tentar fazer um você também?
Se precisar de alguma dica, deixe um comentário que eu ficarei feliz em poder ajudar.

20 de mar. de 2008

Gastro Adventures

Combinação (quase) fatal:
  1. almoço por kilo, com filé de pescada (estamos em São Paulo, no mínimo a 80 km da fonte mais próxima de pescado);
  2. duas aspirinas (para dor de cabeça, claro! Nada a ver com o tal peixe);
  3. jantar no self-service chinês (Mei-Mei) do Shopping Paulista.
Resultado: Dor, náusea e... GASTROENTERITE.

Manutenção corretiva: pronto-socorro do Hospital São Cristóvão, médico pouco atencioso, 500 ml de soro e 250 ml de glicose, com Dramin e Buscopan, e... GO HOME! (você chega quase morrendo e depois de medicado, se conseguir ficar em pé, é liberado sem nenhum exame sequer).

Acompanhamento: dor ao comer, dor se ficar sem comer, por mais de duas semanas.

Decisão: procurar Gastroenterologista de verdade.

Paliativo: protetor gástrico Zylium (cloridrato de Ranitidina).

Coleta de dados para análise: endoscopia com cultura.

Adendo: endoscopia com direito a quase coma (duas horas apagado no laboratório, mais 4 horas apagado no sofá de casa).

Efeito colateral: dano na veia do braço direito (logo o direito!). Inchaço, dor e sensibilidade aumentada por duas semanas (até o momento).

Diagnóstico: infecção por bactéria Helicobacter pylori.

Tratamento recomendado: Pyloripac ou Omepramix.

Custo médio: Pyloripac - R$ 120,00, Omepramix - R$ 80,00

Nota: pensar melhor onde e o que comer!!!

12 de mar. de 2008

A mulher. Ah, a mulher!

Tá atrasado, eu sei, mas aqui vai minha homenagem para as mulheres naquele que é (foi) o seu dia:

Dicas para a mulher moderna e esperta

"O pau cumeu!"

  1. A violência do homem contra a mulher só vai terminar quando começar a violência da mulher contra o homem. Afinal, ninguém briga com quem bate igual ou mais forte. Brincadeirinha, claro. Mas o assunto é sério. Ainda hoje, a mulher é agredida, humilhada, escravizada e violentada mundo afora. Por isso, todo cuidado e toda atitude é pouca.

  2. Parece que a maioria dos especialistas em segurança diz que é sempre melhor não reagir. Mas diante de uma agressão inevitável de alguém próximo, se você tiver condições de reagir (físicas, emocionais, psicológicas), pode ser que você prefira tentar revidar do que apanhar passivamente. E nesse caso, vai uma dica tática: bata onde dói, na traição, sem ele esperar. Não tente brigar de igual pra igual. O homem em geral tem mais massa muscular e portanto bate mais forte e é mais rápido (desde que não seja um porco gordo regado a cerveja). Portanto, os alvos são: virilha, saco, joelho, olhos e nariz. E não bata só uma vez e fique admirando a obra ("Uau! Acertei um chute!"). Garanta que ele não possa mais revidar. Depois que ele estiver no chão, aí sim, faça a festa, se quiser! E não se esqueça: vocês costumam cultivar unhas! Faça bom uso delas.

  3. Claro que a dica acima serve somente para o caso de você ser burr... er... "distraída" e não perceber que o tão sonhado príncipe encantado é na verdade uma versão pouco melhorada do brucutu (pra quem não tem a referência, homem das cavernas). Homens que agridem em geral tem um perfil mais ou menos padrão, e deixam boas pistas: dão mostras de pouca paciência, são coléricos (vão da calma zen ao ódio gritante num piscar de olhos), gostam de brincadeiras físicas (brincar de segurar, de dar tapinhas, etc., mesmo entre os amigos), esmurram paredes, etc.

  4. Não aceite ser agredida! Não há desculpas para uma agressão. Mesmo que ele se derreta em desculpas e bons tratos depois de uma agressão ou brutalidade, ainda que leve, saia fora o quanto antes. Na hora do "pé na bunda", dê preferência a um local seguro e familiar para você, com muita gente (de preferência, gente conhecida ou familiares) e não entre em guerra com o cara. Diga generalidades e não dê os reais motivos ("Você é horrível! Eu te odeio!"). Manja um "estou confusa e não me sinto preparada para um relacionamento"?

  5. Agora, se agressão for séria, é importante denunciar. Boletim de ocorrência e tudo. O cara tem que saber que isso não se faz, que isso é sério e que dá cadeia. Eu sei, é difícil alguém nesse país ir preso por bater em mulher, mas se as próprias mulheres não mudarem essa situação, vão continuar sendo somente as vítimas da história.

  6. Complementando as dicas acima, entenda que agredir é um hábito. Seja porque viu isso quando criança ou porque ninguém nunca tolheu esse comportamento quando ele era menor, o fato é que se ele uma única vez que seja, se achou no direito de agarrar um braço ou prender um pulso, é porque para ele acredita (mesmo que não verbalize) que isso é uma atitude aceitável e fará isso sempre que a situação se repetir. Significa que o respeito à sua integridade física, à sua individualidade não é a prioridade dele. Ele provavelmente não tem esse respeito por ninguém, mas no amor, há uma certa dose de possessão ("minha namorada", "minha mulher", etc.), mais liberdade com o outro do que com estranhos, confusão emocional, etc., o que aumenta a chance de agressão, se já há uma pré-disposição.

  7. A regra também vale para a violência moral e emocional. Quem humilha, maltrata e abusa emocionalmente também faz disso um hábito. E costuma ser ainda mais freqüente que a violência física, uma vez que ninguém vê as marcas e em tese, é "menos pior" do que dar uns tapas.

  8. Hábitos são muito difíceis de mudar. Alguém acha fácil fazer reeducação alimentar, parar de fumar, de beber, de roer unhas, etc.? Mesmo que você o ame, que ele a ame (quem agride em geral, sente amor, mesmo que não seja a mesma coisa do seu ponto de vista), e diga que vai mudar, a questão é: você está disposta a aguentar pancada até que isso aconteça? Qual o seu limite? Na minha opinião, o limite é um (1): uma pancada, uma agressão, uma brincadeira estúpida que não parou na hora em que você disse "não" e ponto. É melhor não dar chance pro azar e de repente acabar no hospital.

  9. Homens que bebem batem mais facilmente. O álcool inibe justamente os centros da razão, do bom senso, dos limites. Por isso, jamais discuta com um marido ou namorado bêbado.

  10. Se você é mãe, ensine sua filha a não ser somente uma dondoca frágil e a identificar possíveis agressores. Karatê, Taekwondo e Jiu-jitsu são ótimos esportes para garotas também.

  11. Muitos homens aprendem com suas mães a como tratar uma mulher. Uma mãe submissa, que não se valorize e que não exija respeito, vai passar esse modelo para seus filhos. Não permita que seu filho transforme-se num agressor de mulheres.

"A igualdade é branca!" (filme do Krzysztof Kieslowski)

  1. Numa relação a dois, espera-se igualdade de direitos e obrigações. Mas a realidade mostra o quão longe ainda estamos disso e a culpa está nos dois lados. Aprenda a construir um relacionamento harmonioso (tanto quanto possível).

  2. Estabeleça seus limites, exigências e compromissos bem cedo no relacionamento. Não seja toda docinho ("tô facinho") no começo para depois resolver "mostrar as garras". Isso vai fazer você mudar aos olhos dele. Melhor é mostrar logo quem você é. Assim, vai evitar que ele se desiluda depois e se ele gostar de você, será pela pessoa real e não por uma ficção que foi vendida a ele. Claro, a recíproca é verdadeira e desconfie daquele cara que é "um amor" 100% do tempo. Pode haver um brucutu embaixo de todas aquelas flores (vide "O pau cumeu!", ali em cima).

  3. Diz-se com freqüência que a mulher moderna vive uma tripla jornada: mulher, profissional e mãe. Isso ocorre porque as mulheres permitem que seus parceiros também tenham sua tripla jornada: profissional (se não for um vagabundo), botequeiro (happy hour também conta) e jogador de várzea (um verdadeiro Kaká!). A dica é: pare de ser Amélia e mande o gajo se coçar! Não o saco, pois isso ele já faz até demais. Divida as tarefas igualmente e exija que ele cumpra sua parte. Ficou de lavar a louça e esqueceu? Lembre-o todas as vezes que ele esquecer e cobre que seja feito. Não aceite que cuidar da casa seja somente sua obrigação. É obrigação dos dois.

  4. Complementando a dica acima, muitas mulheres dizem que seus maridos são bons, pois "ajudam" em casa. Quando a mulher diz isso, está na verdade assumindo duas coisas:
    1. Que a obrigação é dela. Afinal, só quem tem a obrigação de fazer é que pode pedir e receber ajuda. Mas se não receber a tal ajuda, é ela quem tem que se virar pra resolver sozinha.

    2. Quem ajuda não tem obrigação. Quem ajuda o faz por caridade, por compaixão, por zelo. Mas não há compromisso. Quem encara o que faz como ajuda, só ajuda quando quer e sente que deve (o que costuma ser raro quando a coisa em questão envolve roupa, louça, vassoura ou fralda).

  5. Bote a boca no trombone! Está frustrada, sobrecarregada, esgotada e irritada? Fale! Chame o fulano e explique tudo. Cobre, lembre, exija! Quem não fala o que sente passa sempre a impressão de que está tudo bem. Depois do boteco, ele nunca vai reparar que aqueles cabelos desgrenhados, aquelas olheiras e palidez são decorrentes do trabalho doméstico.

"Só as cachorra! Ú! Hu! Hu! Hu! Hu!"

  1. Tudo bem querer ser a mais preparada ou a mais tchutchuca do baile funk, mas você não é só um pedaço de carne para deleite masculino, é? Eu, pelo menos, espero que não, senão todo este texto não fará o menor sentido.

  2. O fato é que você sempre será tratada de maneira correspondente ao que você aparenta ser (ou realmente é, claro). Se você só se preocupar com sua aparência, se sua única obsessão é estar gostosa, só o que você vai atrair são lobos famintos por carne. Cultivar outras partes do corpo, como o cérebro, ajuda horrores a levantar a auto-estima, a reconhecer quando um cara não lhe merece, a construir um relacionamento com igualdade e a até enfrentar a solidão de cabeça erguida.

  3. Nada contra a beleza ou a estética, mas quando isso vira a prioridade da sua vida e passa por cima de coisas mais importantes como um bom papo, uma companhia agradável e um carinho na pessoa amada, alguma coisa vai mal.

  4. Todo mundo tem barriguinha, pneuzinho, estria, peito caído e pêlos no corpo (tá, talvez a Gisele Bundchen não tenha, mas ela não tem quase nada lá naquele corpo mesmo). Não é por isso que você tem que se sentir diminuída. Se você sofre com isso, é sinal de que o julgamento dos outros é mais importante para você do que você é de verdade.

  5. Como dizem por aí, um sorriso faz verdadeiros milagres, ainda mais quando vem naturalmente, de dentro. Sabe aquela coisa de dizer: "mas o que ele viu naquela baranga"? Pois então, ele pode ter visto muita coisa, que você talvez nem tenha prestado atenção, pois estava olhando para coisas menos importantes. E talvez esteja olhando justamente para essas mesmas coisas em você, ao invés de olhar o que você tem de bom e nas coisas em que pode melhorar.

"Neverending story"

Finalizando:

  1. Seja inteligente! E cultive essa inteligência.

  2. Seja você mesma! Sempre! Se achar que tem que mudar, mude! Mas pense bem o que essa mudança representa e o que fará por você. Mas só mude se descobrir que quer mesmo mudar. Não mude para agradar os outros. Isso é falso e não se sustenta com o tempo.

  3. O ditado ainda vale: antes só do que mal acompanhada. Não aceite qualquer traste do seu lado apenas para dizer a si mesma que tem alguém. Pode ser que esse alguém sirva apenas para atrapalhar sua vida e impedi-la de crescer.