30 de abr. de 2007

Projeto Água de Chuva: ajustes

Após os problemas relatados, fiz os ajustes necessários no projeto:
  1. remontei a gaiola, coloquei o container dentro e coloquei tudo em cima da base de madeira. Agora, preciso somente de uma tábua de madeira do tamanho do container, pois a base é ligeiramente menor que ele (coisa de 10 centímetros somente).
  2. coloquei uma extensão no tubo de entrada da água no container, evitando que esparrame demais, já que a altura da montagem diminuiu um pouco.
Bem, vejam abaixo as fotos com o container deformado. Quando tirei essas fotos, ele já estava com somente 200 litros, mas acredite, com 500 litros, a deformação nos cantos e os "pneuzinhos" do lado eram assustadores.


E aqui, temos a estrutura depois dos ajustes.


O esquema do ladrão usando a mangueira ainda não foi devidamente testado e também não sei se as pessoas que vão usar a água entenderam como arrumar tudo depois de usar, para que a mangueira efetivamente funcione como ladrão. Se as pessoas não fizerem direito, na pior das hipóteses, terei uma pequena inundação em casa. Na melhor, perco toda a água coletada.
Mas são riscos inerentes na implantação de novas políticas e procedimentos.

24 de abr. de 2007

Top Hits

As 10 mais da semana:
  1. Motoqueiro - Almir Rogério
  2. Morango do Nordeste - Frank Aguiar
  3. Realce - Gilberto Gil
  4. Eu Não Sou Cachorro, Não - Nelson Ned
  5. A Vida Não Presta - Leo Jaime
  6. O Amor e o Poder - Rosana
  7. Sábado - José Augusto
  8. Haja amor - Luis Caldas
  9. Retalhos de Cetim - Benito Di Paula
  10. Sílvia - Camisa de Vênus

Aqui, é só súúúúúúúúúúcesso!

23 de abr. de 2007

A Febre do CS

Depois de longa e tenebrosa hesitação, acabei comprando o Counter Strike original, para poder jogar via internet. E como eu adivinhava, não devia ter feito isso. Já fiquei duas noites jogando online com os amigos do trabalho. Tudo bem que eu estou em casa, mas como diz a patroa: "só de corpo presente". E acabo ficando com um sono danado no dia seguinte.
Mas eu ainda preciso dominar algumas habilidades básicas, como me mexer enquanto atiro ou recarrego, andar em outras direções que não somente em frente e andar mirando mais para cima. Eu ando quase sempre apontando pra baixo, quase no chão, e daí, quando surge alguém, eu acabo atirando no pé do cara e levo um balaço na testa. Ah, e preciso arrumar uma mesa decente pro computador, pois eu fico sem apoio para o braço que usa o mouse e com o tempo, cansa e eu perco a mira fácil.
Mas é muito legal jogar online, sabendo que aquele cara que você detona é uma pessoa real (quanto mais conhecida, melhor). Claro que na maior parte das vezes eu acabo sendo um "sitting duck", como diria o capitão Panaka (se souber de quem e de qual momento de qual filme é esta referência, deixe um comentário), e levo chumbo de tudo quanto é jeito. Pelo menos a minha honra está intacta e ninguém me matou com a faca (na verdade, até agora não vi ninguém tentando).
O CS já é um jogo velhinho, mas foi tão bem construído que ainda vale muito a pena jogar, mesmo com jogos mais modernos e complexos surgindo o tempo todo. Engine leve, roda em muito hardware em que a maioria dos jogos atuais nem instala, gráficos aceitáveis e excelente jogabilidade. E pra zoar (ou ser zoado) no escritório, não tem nada melhor, exceto talvez a sinuca no boteco.
E é incrível como a molecada joga bem, mas são tremendamente mal educados e sem paciência. Os caras reclamam até da forma como eu escrevo, de eu não jogar bem, de eu demorar, etc. E xingam o tempo todo. É como ver um monte de criança barulhenta no parquinho. E quanto mais irritados eles ficam, mais interessante fica irritá-los.
Eu sou mesmo muito chato. :)

Projeto Água de Chuva: impressões e providências

Após duas semanas de espera, finalmente choveu lá no meu pedaço.
Pude então apreciar in loco o resultado de todo o esforço dispendido no projeto de coleta de água de chuva. Vamos aos fatos:
  1. O volume de água é apreciável. Eu não fechei por completo as saídas de água existentes na laje e dada a localização do coletor, somente o excesso de água é coletado. Ou seja, uma chuva fraca não vai alimentar o sistema. O que é bom, já que segundo a teoria, a primeira água ou a água de uma chuva fraca é mais contaminada e imprópria para uso. Mas apesar disso, coletei quase 500 litros em menos de 30 minutos de chuva. O que gera certa inquietação quando ao "ladrão". Eu estou usando como ladrão, uma mangueira de jardim, e tenho sérias dúvidas de que ela tenha vazão suficiente para o volume de água que eu vi chegando. Talvez seja realmente necessário um sistema mais eficiente.
  2. A qualidade da água é razoável. Apesar do coletor de primeira água, ainda vem muita sujeira do telhado, o que torna obrigatórios a peneira e o pano para eliminar a sujeira grossa. Mas tive que rever o esquema do pano. Eu coloquei o pano na boca do container, dobrado em quatro, com as bordas para fora da boca. Resultado: a boca ficou rasa e a água transbordou fácil, além do pano ficar encharcado, facilitando o escoamento da água para fora do container. Assim, tive que fazer uma adaptação, e construi com o pano um coador parecido com os antigos coadores de café de pano. Não tive mais chuva para testar essa nova montagem, mas me pareceu bem segura.
  3. Também usei um filtro de areia para poder usar a água na máquina de lavar roupas. Usamos somente para a primeira etapa do molho, devidamente filtrada e com um pouco de cloro para garantir um mínimo de qualidade. O filtro de areia é simples, feito com uma bacia plástica cheia de pequenos furos no fundo, forrada com um tecido reciclado de PET, usado no fundo de vasos com plantas para segurar a terra. Depois, vem uma camada de brita (pedra para concretagem), uma camada de areia (de construção mesmo), e uma última camada fima de brita, só para segurar a força da água e não deixar a areia se mexer muito. Isso é suficiente para garantir uma água bem clara e livre de sujeira. O único trabalho mais chato é lavar várias vezes a areia com água limpa (eu usei a própria água da chuva) até que ela pare de sujar a água.
  4. A montagem agüentou bem. Não tive nenhum vazamento sério (um ou outro ponto em que aparece uma gota, fácil de remendar) e não percebi nenhum problema estrutural. A gaiola do container aguentou o peso sem chiar, mas o container em si me deixou preocupado. Acho que, como eu temia, ele não pode ficar cheio sem a gaiola. Ele sofreu algumas deformações razoavelmente grandes e preocupantes, e acredito que se eu tivesse optado em furá-lo para colocar as conexões, ele poderia ter rasgado. Isso vai gerar algumas alterações e um pouco mais de trabalho. Preciso esvaziar o container, remontar a gaiola, colocá-lo na gaiola e construir uma base para que ele fique em cima. Como a torneira dele fica bem embaixo, ele não pode ficar no chão. Tenho uma estrutura de madeira, que não serve para nada além de depósito de tranqueiras, que pretendo converter em base. Se ela agüenta quase 700 kilos é outra história, que só será demonstrada na prática (se não aguentar, vai ser engraçado ver aquele container tombando e derrubando 600 litros escada abaixo).
Para uma primeira vez, considero o projeto muito bem sucedido. Lavamos roupa com a água, temos uma mangueira para lavar a garagem e usei até no banheiro (por pura curiosidade de calcular o volume necessário para uma descarga). Depois dos ajustes necessários, vamos ver como vai ficar.

17 de abr. de 2007

Os 300 de Santoro mesmo!

Pois é. Levei a patroa pra assistir ao 300. E não é que a danadinha gostou do filme? Só fechou os olhos em algumas cenas, aquelas em que fica claro que os pedaços vão voar separados do corpo, como cabeças e etc. Mas ela se maravilhou com o Santoro, parecia torcida em dia de jogo da seleção ou corrida de F1 com o Senna.
E é verdade, o cara tá com tudo. Acho que nenhum ator brasileiro chegou tão longe. Mesmo que o tempo dele na tela não tenha sido tão grande, a importância do personagem no filme marca o ator e faz o povão lembrar do nome dele. Além disso, bem na época de lançamento do filme, ele também é "aquele cara que foi enterrado vivo no Lost". Ou seja, tá mais conhecido do que guaraná em Miami (tem guaraná em Miami?).

Mas eu já ouvi tanta gente falando mal do filme que estou começando a me sentir um imbecil. Eu gostei, juro! Fiquei empolgado com o filme, curti o visual, a história, os personagens loucos de Esparta, o exército persa com cara de alas de escola de samba,as flechas encobrindo o sol.
Só lamento que tenha sido uma derrota de lavada. Quatro mamilos femininos contra os 600 de Esparta, mais um punhado de outros gregos e mais alguns outros persas (graças a Deus a maioria dos persas usava alguma roupa). Essa dos 600 eu tirei do Applegeeks Lite.

Mas enfim, eu também adorei o filme do Hulk e acho que fui só eu no mundo todo. Talvez eu tenha mesmo um mau gosto patológico, vai saber.

14 de abr. de 2007

Garoto da laje III

Na última quarta-feira tirei uma folga para tentar terminar os serviços na laje. Antes que comentem, não sou vagabundo, tenho horas extras acumuladas.
Pois bem, a coisa não poderia ter sido pior do que foi.
Pra começar, deveria ter esperado muito mais tempo antes de passar a segunda camada (esta sem diluir o Vedapren), e não recomendo também fazer isso em um dia quente. O Vedapren derrete e vira quase um piche, grudando no sapato e saindo do local onde foi aplicado. Quando percebi isso, abortei a missão, remendando onde pisei e estraguei a camada.
Mas como estava lá em cima mesmo, decidi passar um pouco em algumas partes com potencial para infiltração. Aí é que começou o problema de verdade.
Estava lá, me arrastando no pouco espaço disponível e me apoiando de leve nas telhas (aquelas onduladas, do tipo Brasilit/Eternit) quando uma telha, de mais ou menos 2 m2 (metros quadrados) se esfarela na minha mão, abrindo um rombo no telhado. Acho que nunca vi uma telha tão frágil na vida. Ajudou o fato de a telha estar sem nenhum apoio no centro, em mais um flagrante de economia porca, cortesia do construtor da casa.
Passada a raiva, terminei de espalhar o restante do Vedapren que sobrou (mais da metade do balde virou na laje dentro do telhado, incluindo um verdadeiro banho na minha calça e no tênis velho - agora aposentado, emprestado do meu irmão) e já desci, indo procurar uma telha pra comprar e tentar consertar tudo ainda no mesmo dia.
Daí, subir pra medir, descer e cortar a telha, subir os pedaços e começar a consertar.
O problema (mais um) é que o telhado tem a junção entre as laterais feitas com telha de barro, unidas ao telhado com cimento. Para encaixar a nova telha, eu precisava soltar essas telhas. E quem disse que o cimento solta? Resultado: quatro telhas de barro quebradas e pequenos trechos da telha ondulada quebrada, rachada ou furada. Ou seja, tenho que comprar telhas de barro novas e refazer a junção.
Além disso, as telhas onduladas estão presas à estrutura de madeira do telhado com pregos torcidos, que se parecem ou se comportam quase como parafusos sem cabeça. É quase impossível soltá-los. Na tentativa, quebrei o cabo do martelo, o que me obrigou a mais uma descida e subida na laje, para comprar um novo.
Em suma, foi um desastre completo, que me mostrou que fazer as coisas em casa nem sempre vai ser tão fácil ou isento de problemas. Fiquei com muita raiva e um pouco desanimado, mas pelo menos aprendi algumas lições que, espero, ajudem nas próximas incursões. Vamos ver como vai ser pra consertar a junção do telhado. Sem falar nas outras coisas que nem comentei ainda.
O perigo é que esse problema só alimentou minha antipatia por aquele telhado, o que pode me levar a cometer a besteira de desmontá-lo todo, na tentativa de deixar a laje livre. Não cheguei nesse ponto ainda, mais por falta de dinheiro do que qualquer outra coisa. Mas que dá vontade, ah, isso dá!

Projeto Água de Chuva: Custos

Para os interessados, aí vai a planilha de custos do projeto Água de Chuva:

DescriçãoCustoLocal da compra
1 Container 600 lts.250,00Picillo
3 mts de tubo de pvc p/ esgoto de 2"11,28Dicico
3 mts de tubo de pvc p/ esgoto de 4"13,90Dicico
2 joelhos 90º de pvc para esgoto de 2"2,58Dicico
1 junta T de pvc para esgoto de 2"3,30Center Clastilho
1 Redução de pvc para esgoto, de 4" x 2"4,05Center Castilho
1 Cap (tampão) de pvc para esgoto de 4"4,27Center Castilho
1 Engate Flexível 50cm 1/2"2,89Center Castilho
1 Torneira de Jardim de 1/2 ou 3/4"7,90Dicico
1 mangueira de jardim de 10 mts.7,50Dicico
1 tubo de cola para tubo de pvc 75 gr.2,55Center Castilho
Transporte do container40,00
Total350,22

No final, gastei um pouco mais do que queria, devido ao custo maior do container (R$ 250,00) versus uma caixa d'água plástica de 310 Lts. (R$ 120,00), mas acredito que as vantagens compensaram os custos, como já comentei anteriormente.
A montagem principal está feita. Hoje eu consegui adaptar a torneira na saída do container. Caso alguém se interesse em saber, a torneira está montada sobre um pedaço de plástico redondo, cortado de um espelho "cego" (sem buraco) para caixa de tomada. Usei a própria rosca de adaptação para 3/4" da torneira para fixá-la. Tudo teoricamente vedado com veda rosca e cola de silicone. Estou esperando somente a cola de silicone secar (vamos aguardar as 24 hs sugeridas na embalagem) para testar se ficou bom. A montagem não está lá muito firme, mas a idéia é conectar a mangueira e usá-la tanto para recolher a água, quanto como ladrão. Daí, não haverá muita manipulação da torneira, o que deve garantir a estrutura. Claro, vai depender da boa vontade, bom senso e delicadeza de quem vai usá-la, o que infelizmente não é o forte da pessoa que mais vai usar. Vamos ver no que vai dar. Segue uma foto da gambiarra.


De resto mesmo, só falta chover. O que infelizmente parece que não vai ocorrer tão cedo. Acho que a estiagem este ano vai ser dureza...

11 de abr. de 2007

Status do projeto Água de Chuva

Conforme prometido, algumas fotos da parafernália necessária para captar água da chuva.
Em destaque, o container industrial de 600 litros, já em seu devido lugar e com o encanamento de coleta da água. Toda essa montagem está em uma área interna da casa, ao lado de uma grande janela que dá para a rua, no segundo andar.



Em seguida, uma visão geral do encanamento. Repare no tudo vertical que desce da laje, o "T" que conecta o recipiente de descarte da primeira água (aquela que lava o telhado), formado por um tubo de 4", e finalmente, do meio do "T", o cano até a entrada superior do container, equipada com uma peneira e um pano para um filtro básico de impurezas maiores. Ainda em cima do container, a mencionada tampa de rosca.



Por fim, o detalhe da referida "torneira" do container, que ainda precisa da adaptação de uma torneira de jardim, visto que esta não foi feita para uso constante.



Depois eu coloco a planilha com os custos do projeto.

10 de abr. de 2007

Errata

O post anterior era para ter sido feito no dia 13 (treze), sexta-feira. Mas tudo bem. Foi gravado às 13 horas. Já tá bom, não?

Os sete pecados capitais

Seguindo os conselhos do "homem que cheira a luz", vou tentar descobrir com qual pecado capital eu mais me identifico.
Pra começar, complicação: qual lista de pecados capitais adotar? Segundo a Wikipédia, fonte lá não muito confiável, existem pelo menos três versões da dita lista. Procurei no Google e também achei várias. Vou usar uma que eu acho mais fácil de entender (tem listas que incluem melancolia, soberba - que eu nem sabia o que era até olhar no dicionário):
  1. Gula: Sim, eu sou guloso. Não exageradamente, e depende do prato. Por exemplo, ir a um rodízio de pizzas, ou a um rodízio oriental, com sushi, sashimi e shimeji, em geral é pra dar prejuízo. Lazanha da minha mãe? Vixe! Mas a idade vai chegando e os excessos não caem bem, então, ando meio fraco como "guloso", então não seria esse o meu maior pecado.
  2. Vaidade: Tudo bem, eu tenho cabelo comprido, fiz hidratação, comprei shampoo e condicionador próprio pro tipo de cabelo, etc e tal. Tenho medo de ficar (mais) careca também. Mas feio do jeito que eu sou, magrelo, com essas orelhas e essa cara de nerd, fica difícil ser vaidoso, viu?
  3. Luxúria: Eu não entendo bem o significado nem a aplicação dessa palavra, então, posso estar enganado, mas acho que sou meio "luxurioso" (mais uma do dicionário). Sou meio tarado mesmo por natureza, daqueles que entortam pescoço na rua, e só não apanho da esposa porque ela é sossegada ou não demonstra raiva. Tenho imaginação fértil e sou bom agricultor de fantasias. Mas acho que nesse quesito, peco por falta de ação, então não posso me considerar um grande pecador nesse ponto.
  4. Avareza: Costumava ser mais mão aberta antes, e mesmo hoje, acabo cedendo facilmente. Nos últimos meses tive algumas perdas, e andei revendo alguns conceitos, o que me tornou mais avaro (sim, é sem acento), mas não sou ainda um "Seu Nonô" (quem lembrar desse, melhor correr pra aplicar botox).
  5. Preguiça: Aí depende... Sou sedentário e detesto fazer exercícios. Não gosto de acordar cedo, e ao fazer isso, costumo ficar um zumbi até pelo menos 10 da manhã. Em compensação, viro noite sem problema. Ah, e é só ler os últimos relatos deste blog que dá pra perceber que eu não sou tão preguiçoso assim, passando tanto tempo subindo na laje.
  6. Cobiça: Sim, eu quero um iPod, quero uma TV de plasma 42", um supercomputador com placa aceleradora pra jogar os jogos que eu gosto, quero poder viajar ao Japão e torrar grana com bigugangas como mangá e animê. Mas daí a cobiçar o que todo mundo tem doentiamente, não, isso não. Sou consciente do que posso ou não ter, do que está ao meu alcance. E me contento com o que tenho.
  7. Ira: não sou um poço de raiva, mas dou esporro sem problema (muitos, o dia todo e em quase todo mundo) e se tiver que brigar, brigo. Mas irado, colérico, "sanguenozóio", isso eu não sou, não.
Pois está aí. Usando esta lista, eu estou quase salvo. Falta só maneirar um pouquinho em "unas cositas" que eu garanto meu quinhão no céu. Afinal, alguém do meu cacife seria muito bem recebido lá, dada minha inteligência, responsabilidade, habilidades gerenciais, caráter, prestatividade, visão, capacidade multitarefa, facilidade de aprender e acima de tudo, carisma.

É, ainda bem que nessa lista não tinha um certo pecado. Já adivinhou qual é?

P.S.: pra quem também não sabia, lá vai:
soberba
do Lat. superbia
s. f.
,
altivez;
orgulho;
arrogância;
presunção;
sobrançaria.

9 de abr. de 2007

Garoto da laje II

Voltando ao assunto da laje, agora sobre o projeto Água da Chuva.
Fiz o danado do buraco na laje, para a tubulação de coleta da água.
Olha, tenho que confessar: foi o diabo mesmo! Ralei a mão inteira, morri de dor nas costas e os ossos da mão doem até agora. Bater em concreto realmente é muito difícil, ainda mais todo curvado e sem espaço, tendo que furar entre o beiral e as telhas de amianto, com pouco espaço de manobra (quebrei uns pedaços de telha sem querer).
Mas é vivendo e aprendendo. Eu comecei na sexta-feira à tarde, usando duas talhadeiras pequenas, que eu achei que seriam melhores dado o espaço apertado. E perdi horas para avançar poucos centímetros. No dia seguinte, resolvi testar a talhadeira maior, mais larga, e para minha absoluta surpresa, quebrei muito mais e melhor. Daí, mandei às favas o orgulho e subi a furadeira. Arrebentei tudo rapidinho, às custas da broca, que ficou um caco, mas tudo bem. Com um furo aberto pela broca, e jogando um pouco de água, ficou bem mais fácil quebrar. Mas tinha muita brita no meio do caminho, e tinha momentos em que só a combinação da furadeira e das talhadeiras conseguiu abrir caminho. Achei até tijolo baiano no meio da laje, o que me preocupou um pouco. Parece que se usa para baratear o custo da laje. Só não sei a perda em termos de firmeza da estrutura toda.
Pois bem, aberto o furo, passei o resto da tarde montando a estrutura dos canos na parte de baixo (mais um monte de furos na parede para fixar as braçadeiras dos canos), para só então poder passar o tubo a partir da laje. Mas isso foi no dia seguinte. Tive que quebrar mais um pouco no buraco, para acertar a posição, desci o cano, colei no resto da estrutura e cimentei o buraco, fixando o cano.
Mas para meu azar, começou a chover e assim ficou o dia todo. Eu protegi o melhor que pude, e o fato de não ter escorrido cimento lá pra baixo prova que o quebra-galho aguentou o tranco. O chato é que eu contava com o sol para secar o cimento pelo menos superficialmente, para dar uma primeira mão de impermeabilização.
E mais chato ainda foi ter perdido toda aquela água! Justo agora que vai começar o outono e em breve o inverno, com aquela estiagem padrão de São Paulo. Mas fazer o que? São Pedro não deve ligar muito para os desejos climáticos de um "novo agnóstico".
Fico devendo para breve umas fotos da montagem e também uma planilha com os custos até aqui.

Meu reino por um retângulo

Sobre o projeto Água de Chuva...
Não se faz mais caixa d'água retangular e ponto. No site da Brasilit, e da Eternit, não consta mais a danada na relação de caixas d'água.
Pois é, desisti. E no final, foi bom. A caixa d'água redonda eu nem cogitei, porque ficaria horrível lá no espaço que eu tenho. A solução, então...?
http://www.picillo.com.br/
Um container plástico industrial de 600 litros (cabe até uns 700 na verdade):



O container vem com uma gaiola de ferro, que no momento, está servindo como suporte, deixando o container no alto. Eu ainda não tenho certeza se o container pode ficar inteiramente cheio de água sem a gaiola para dar apoio estrutural. Se não, vou ter que fazer pequenas adaptações no projeto, mas nada grave.
Mas ele é retangular, alto (aprox. 100 x 80 x 100) e bem mais bonito que a caixa dágua redonda (bléargh!). Possui uma abertura superior com tampa de rosca, que permitiu acrescentar ao projeto uma peneira e um pano para um filtro básico da água da laje. E tem também uma torneira embaixo, embora não seja algo que possa ser acionado o tempo todo, sob o risco de quebrar ou deixar de vedar completamente. Mas eu já estou tratando de adaptar uma torneira de jardim e uma mangueira nessa saída, que vai inclusive funcionar como o ladrão, evitando que eu tenha que furar o container para isso.
Os únicos poréns:
  1. preço: custou R$ 250, mais R$ 40 para o transporte (eles não entregam e eu não tinha nenhum veículo em que ele coubesse à disposição).
  2. durabilidade: o plástico parece ser de ótima qualidade, é para uso industrial (não para líquidos corrosivos, claro), mas ele vai ficar exposto e tomar um pouco de sol. Espero que resista bem, pois se durar pouco, o projeto não dará retorno financeiro (mas como eu disse, não é o objetivo principal). Vou tratar de fazer uma proteção para o sol.
No final, acho que os benefícios compensaram o custo. Foram quase R$ 190 a mais do que a versão com caixa d'água de fibro-cimento. Não chega a ser um rombo no orçamento, e foi amor à primeira vista com o container.
E tudo isso com um agradável perfume de morango (era usado para armazenar essências para alimentos).
Eu também comprei algumas peças relativamente caras - uns R$ 20, para interligar os canos, quando ainda estava pensando que iria usar uma caixa d'água de fibro-cimento, e não vou mais usá-las. Mas acho que isso faz parte do processo "tentativa e erro" de um projeto doméstico e artesanal.

Garoto da laje

Pois então, passei a Páscoa na laje.
Na sexta-feira, feriadão, passei a manhã aplicando impermeabilizante (Vedapren, da Otto Baumgarten, R$ 88,90 a lata de 18 kg, na DiCico) em um canto da laje para tentar conter uma infiltração (Eufemismo, claro! Meu corredor vira uma verdadeira cascata quando chove) que já se arrasta por quase dois anos. Quando mudamos o problema já existia e o cara que reformou a casa para nós (por um acaso o antigo dono e construtor da casa) também aplicou impermeabilizante, mas "daquele jeito", manja? O cara gastou uma lata inteira de 3,6 kg, passou tudo em uma única mão, sem limpar, sem diluir, sem nada. Resultado: passou um tempinho e aquela camada grossa secou, trincou e rachou, deixando a umidade entrar todinha.
É um trampinho miserável passar o impermeabilizante com brocha e pincel (sem trocadilhos infames, please), principalmente porque o cara fez um telhado na laje, colado com o beiral, dificultando o acesso e o espaço para trabalhar.
Mas eu segui direitinho as instruções e fiz a primeira aplicação diluindo em 10% de água. Eu iria passar a segunda mão (sem diluir) no domingo, mas choveu o dia todo, me deixando desesperado de ter perdido o trabalho da sexta. E não é que só a primeira camada deu resultado? Não vazou uma gota! Nem ficou úmido! Apesar das dores depois, valeu cada segundo de trabalho. E fiquei motivado a passar mais uma manhã lá em cima, garantindo a segurança com mais uma camada.
E pensar que eu pagaria no mínimo uns R$ 300 pra algum carinha subir lá e fazer de novo uma lambança...

3 de abr. de 2007

Projeto Água de Chuva: status

Pois então, o projeto vai de vendo em popa ("vento na bunda"?), mas há impecilhos à vista.
Eu comecei querendo puxar a água diretamente dos canos de escape (é esse o nome?) da laje, que jogam a água direto na rua (e na cabeça do coitado que passar embaixo, claro), mas depois de pensar um pouco, vi que a melhor solução em termos de custo, trabalho e estrutura seria furar a laje. Oras, que solução genial, não? É, mas alguém já tentou fazer um furo de 2 polegadas em uma laje de concreto? Vai ser dureza, viu? Então, desce o Dreher!!!
Já comprei todos os tubos e conexões necessários para essa versão com o furo na laje, e só me falta o trabalho de fazê-lo e comprar a caixa d'água.
Eu tenho um espaço razoável para colocar a caixa d'agua, um cantinho que eu posso aproveitar. Mas imaginem só: não encontro uma caixa retangular!!! Só tem redonda, larga e baixa, justamente o contrário do espaço que eu tenho disponível.
Ainda não desisti de procurar, mas se não encontrar, vou ter que optar entre ficar com um treco horrível em termos de estética e ocupação de espaço, ou pagar bem mais caro por um tanque cilíndrico vertical.
Vamos ver o andar da carruagem...

2 de abr. de 2007

Água da chuva

No momento, estou às voltas com um projeto pessoal, que tem sido ao mesmo tempo um desafio e uma diversão sem tamanho para mim.
Desde pequeno sempre tive curiosidade sobre as coisas e exercitei algumas habilidades como montar pequenos experimentos e descobrir como certas coisas funcionam. Desde abrir relógios e rádios (e não saber fechá-los ou voltar a fazê-los funcionar) até construir eletroímãs, motores elétricos, montar circuitos eletrônicos (antes de fazer o curso técnico), fazer eletrólise, explodir substâncias diversas, testar o efeito de ácidos em seres vivos, etc., já fiz de tudo um pouco e passava horas lendo a famosa enciclopédia "Conhecer". Ah, e também queimei centenas de fusíveis (tem gente que nem sabe mais o que é um fusível) em casa. Era cair a energia e minha mãe já gritava: "Maurííííííício"!
Depois de adulto, com todos os compromissos que sempre tive e uma certa "perda de interesse", ou talvez "falta de energia sobrando", parei um pouco com essa mania exploratória.
Mas agora que eu finalmente me conscientizei de que a casa onde eu moro é realmente minha, que não há a menor possibilidade de eu me mudar de lá pelos próximos 10 anos, mesmo eu odiando o lugar, a distância, a vizinhança, e em alguns momentos até mesmo a casa (mais o cara que a construiu do que ela em si), estou querendo deixá-la mais habitável, e também desenvolver algumas idéias ligadas ao meio ambiente e sustentabilidade.
No momento, meu foco é a laje. Além de uma infiltração monstro que eu tenho que resolver logo antes que comprometa a estrutura, tenho uma área de telhado tão grande que resolvi recolher a água da chuva. Quando chove, vejo cair pelos canos de escape fácil, fácil uns 1000 litros d'água.
Dada a escassez mundial de água (ontem mesmo o Fantástico exibiu uma reportagem sobre a falta de água potável em Bombaim, na Índia, e na Ilha de Deus, no Recife), acho um desperdício tanta água indo parar no esgoto e se misturando com a sujeira. Dei uma pesquisada na internet, sobre sistemas de coleta e armazenamento, e no Brasil não tem quase nada, mas em algumas regiões de países como os EUA e a Austrália (principalmente esta), coletar a água da chuva é simplesmente uma das únicas fontes de água disponíveis.
Comparando diferentes sistemas e materiais disponíveis (sempre pensando no mais prático, fácil e barato), estou montando um sistema de coleta e armazenagem, no qual devo investir menos de R$ 200. Embora o foco nem seja poupar dinheiro, se eu economizar somente R$ 20 na conta de água, em menos de um ano o investimento está pago.
Estou pensando no momento apenas em água para lavagem da casa e da roupa (com o uso de um filtro de areia e um pouco de cloro) .
Para o futuro, quero adaptar também as descargas dos vasos sanitários, mas isso depende de alterações hidráulicas, o que significa quebrar paredes, coisa que eu ainda não estou nem um pouco afim de fazer dado o custo dos azulejos, o trabalho e a bagunça.
Aos poucos, vou contando como a coisa está se desenvolvendo, e quem quiser discutir o assunto (ó, será que um dia alguém lerá este blog?), fique à vontade nos comentários.

Blogar ou não blogar... Sem noção.

Tava aqui pensando com meus botões: porque eu mantenho um blog que ninguém lê (além de mim, é claro)?
Afinal, este blog é escrito num formato para ser lido por outras pessoas, não por mim mesmo. Se fosse um blog "íntimo e pessoal", secreto e escondido, ele teria aquele jeitão ridículo de "meu querido diário", não é?
Mas por mais que eu queira que as pessoas leiam ou comentem, eu não tenho o menor saco, tempo ou vontade de fazer o que é preciso para que as pessoas venham a este blog lê-lo, que seriam:
  1. puxar o saco de outros blogueiros e arranjar um link aqui ou ali
  2. promover a minha pessoa no orkut e soltar uns recados do tipo: "oi, eu tenho um blog! Lê ai, vai! Pleeeeeeeeeease!"
  3. postar coisas interessantes, divertidas ou profundas. E se possível, claro, com freqüência.
Assim, na impossibilidade/falta de vontade de fazer tudo isso, o blog fica assim, um relato voltado para terceiros que só eu leio.
O que serve como um termômetro da minha cabeça, e que por sinal, me mostra o quanto eu sou doente. No futuro, pode ser que eu ache interessante como um retrato de um momento da minha vida. Ou não, vai saber.