27 de jan. de 2008

Projeto Água de Chuva

Ainda não mexi em mais nada relacionado a isso, mas resolvi postar as fotos da gambiarra como está hoje.
Na primeira foto, o estado atual da conexão da torneira. A vedação não está 100%, e a montagem meio solta, mas depois da última limpeza do contêiner, percebi que essa é a melhor forma para simplificar a conexão e permitir soltar e recolocar quando for necessário.


Na segunda foto, o tão comentado (e procurado) filtro de areia e brita. Como está bem visível, usei uma jardineira plástico, cujo fundo fica bem encaixado na abertura do contêiner. Fiz o filtro sem nenhum cálculo ou exemplo, simplesmente resolvi fazer usando cinco camadas: usei uma camada de brita forrando o fundo, uma de pedra de aquário, uma de areia grossa, uma de areia média (a areia foi peneirada com diferentes peneiras para obter os dois tipos) e por último mais uma camada fina de brita, apenas para evitar que a areia fosse revolvida com a entrada da água.
Nota-se também a saída de ladrão na parte de trás, que ainda não tem o encanamento para escoar o excesso.

Como eu já comentei, o filtro não é lá muito eficiente, mas pelo menos melhorou a qualidade da água no contêiner.
Na foto também é possível ver o cup que está fechando a saída de água. Até eu ter uma boa solução para controlar a vazão, não quero arriscar mais nenhuma enchente.

Momento Big Brother Brasil

"Eu já disse que carinho a gente recebe de pai e mãe, homem tem que dar é porrada, na cama", Natália, 22 anos.
Mas não é um mimo, essa garota de Passo Fundo (sugestivo o nome da cidade, não?)? Um verdadeiro atestado da profundidade intelectual dos nossos queridos concorrentes do BBB.
Aguarde para breve o livro de aconselhamento matrimonial da guria. Incluindo dicas de como bater sem deixar roxo (para eles) e maquiagem para disfarçar hematomas (para elas), além de um rol completo de desculpas, desde "Caí da escada" (clássica!) até "Derrubei um armário em cima de mim" (esta a preferida do saudoso Roberto Jeferson).
É capaz de vir a ser melhor que o Doce Veneno do Escorpião, da também saudosa Raquel Pacheco.
Que inclusive já escreveu outro. Afinal, o blog não dá dinheiro, claro.

21 de jan. de 2008

Harry Potter

Tenho que confessar que eu nunca fui muito fã (na verdade, nada fã. Muito pelo contrário!) das desventuras do bruxinho inglês. Sempre achei aquelas histórias meio infantilóides e escapistas ao extremo, o que de pronto me afastou dos livros e por conseqüência dos filmes.
Nada contra ficção escapista, mas achei a reciclagem dos conceitos de bruxos bonzinhos, varinhas de condão e vassouras voadoras muito pobre e tola. Deve-se a isso também o meu total desprezo pelo gênero.
Mas dei uma chance aos filmes, pelos nomes envolvidos na produção e também por algumas críticas positivas, em especial a partir do terceiro filme.
Os dois primeiros são bonitinhos até, leves e descompromissados, dá pra assistir com o filhote sem problema, apesar de um ou outro susto e medo. Mas a partir do terceiro, há mais elementos sinistros e assustadores (até a fotografia do filme, bem mais escuros que os demais, ajuda nisso), e tive que isentar o guri de assisti-lo.
O problema é que a pouca simpatia que comecei a nutrir pela autora e pela obra como um todo ruiu neste terceiro filme, justamente por este capítulo trazer à tona alguns elementos que, se auxiliam no fator diversão e drama, por outro lado abrem espaço para fissuras no universo mágico, já tão fantasioso, complexo e emaranhado. Alguns desses elementos chegam a ser um atentado contra a inteligência do leitor e/ou espectador. Vamos a eles:


SPOILER: FIQUE AVISADO DE QUE A PARTIR DAQUI, O TEXTO PODE ESTRAGAR SURPRESAS DO FILME E DA SÉRIE!









  1. Viagem no tempo. Clichê absoluto no cinema, o filme se utiliza da viagem do tempo para resolver todos os problemas (Tá chato? Tá ruim? Fez cagada? Volta no tempo e conserta tudo!), e saca o famoso paradoxo circular "passado gerando futuro que gera passado" (o viajante do tempo que salva ele mesmo, e provoca os eventos do passado que construiram seu futuro). A viagem no tempo usada no filme é tão tola que só se justifica como um desejo da autora de explorar o tema (o que fez de forma bem primária, diga-se de passagem). E se uma estudante de magia chinfrim como a Hermione (Emma Watson) pode ter acesso a viagens no tempo (só para poder frequentar aulas que ocorrem no mesmo horário, dããã!), que dirá magos mais poderosos e sábios (mesmo os maléficos). Já pensou a bagunça? Valdemort voltando no tempo e matando Dumbledore jovem e os pais de Harry Potter antes de ele nascer? Harry voltando no tempo e impedindo a morte de seus pais? Ou o nascimento do próprio Valdemort? É fácil perceber como o uso de um recurso tão poderoso torna aquele universo incoerente, mas mesmo assim, o recurso é usado sem a menor conseqüência.
  2. Prisão de inocentes. Com tantos recursos à disposição (incluindo a já citada viagem no tempo), como vidência, chapéus que lêem pensamentos, magias de todo tipo (para forçar a dizer a verdade), sucos e poções de vários tipos (porque não um soro da verdade?), como é admissível que Sirius Black tenha sido preso em Azkhaban por doze anos, mesmo sendo inocente? É uma forma segura de destruir a coerência do universo de magia de Harry Potter.

Desse jeito, o final mais correto para a saga de Harry Potter seria ele acordando e percebendo que tudo foi um sonho (sonhos não precisam de coerência, certo?), provavelmente sua forma de escapar à cruel realidade em que vive, morando com tios perversos após a morte de seus pais.
É, acho que eu tinha razão em não querer me enveredar pelos livros e filmes dessa série...

17 de jan. de 2008

Projeto Água de Chuva: filtragem

Chega a ser impressionante a quantidade de gente que entra no site procurando sobre reutilização de água de chuva. De certa forma, isso me deixa um pouco mais esperançoso com a humanidade, que parece que não vai se deixar extinguir sem luta! Talvez dure uns 50 anos ainda, se se esforçar um pouquinho mais...
Um grande percentual de visitantes procura sobre o filtro para água da chuva. Acredito que qualquer um que já tenha tentado utilizar água de chuva deve ter se deparado com a péssima qualidade da água coletada.
Depois do uso do filtro de areia caseiro que fiz, a sujeira depositada no contêiner diminuiu bastante.
O que tenho notado atualmente é um certo tom esverdeado na água e nas paredes do contêiner, o que deve ser sinal de algas. Não sei como isso pode ser possível, mas não parei para analisar a qualidade da água a fundo pois isso exige testes laboratoriais, o que seria ridículo no caso de um projeto tão simples como o meu.
Tenho que checar se um pouco de cloro resolveria a questão (realmente não faço idéia de como evitar algas em tanques de água. Preciso pesquisar esse tópico).

Ao pessoal que entra aqui, deixo uma dica: http://www.aguadechuva.com/
Esse é um bom site de referência sobre coleta, armazenamento, tratamento e uso de água de chuva.
Alguns textos são bem técnicos, mas acho que ajudam muito a quem está querendo fazer a coisa a sério.
E para os que querem saber mais sobre o filtro de areia, recomendo a leitura dos textos correspondentes do site. Transformar a água da chuva em água potável é uma coisa muito mais complicada do que possa parecer à primeira vista.
O site fala muito em filtros de areia grandes, com sistema contínuo, de várias camadas, e indica um cuidado extremo com o filtro, que no final das contas, é o que vai garantir a qualidade da água.
Boa sorte a quem se aventurar a isso. Eu nem sei ainda como vou limpar o meu pequeno filtro, que dirá cuidar de um filtro de grande porte.

Atualização sobre o assunto aqui: http://blog-blo.blogspot.com.br/2012/04/mais-duvidas-surgiram-sobre-qualidade.html

Projeto Água de Chuva: atrasos

É, eu estou atrasado com as fotos das gambiarras. É que tem faltado tempo mesmo, juro.
Muito trabalho, pouco descanso e menos ainda saco de atualizar blog no final de semana.
Eu fechei completamente a saída de água para o contêiner e até o momento, a gambiarra com arame e o cup de 3" aguentou toda a pressão. Vaza um pouco, mas é como uma torneira mal fechada, o que não é suficiente para transbordar o filtro, muito menos o contêiner.
Agora falta criar um mecanismo que permita controlar a vazão dessa saída para o filtro de areia. Estou relutante em abrir simplesmente um buraco no cup, pois dessa forma, vou voltar ao mesmo problema de sempre, que é a falta de controle. Andei pensando em algum tipo de torneira, ou mecanismo simples de bloqueamento. O mais complicado mesmo é que há muito poucas opções de materiais desse tipo para canos de esgoto.
Vou dar uma vasculhada nas lojas de materiais e ver se eu encontro algo que eu goste.

Geek!

Refiz o Geek Quiz aí do lado, e o percentual "geek" aumentou para 62 %.
Ou eu não fui exatamente honesto no primeiro teste ou neste último, vai saber.
Mas eu ando mesmo mais anti-social do que de costume (como se isso fosse possível...).
Andei pensando em fazer análise, daquelas bem tradicionais, com divã e tudo. Vamos ver, estou procurando.
Mas já ando sentindo pena do coitado do analista que eu decidir atormentar...

7 de jan. de 2008

Projeto Água de Chuva: LIXO!!!

No final de semana, descobri - para meu desgosto - que a minha laje é um lixão! Não é possível que tanto lixo se acumule simplesmente sendo carregado pelo vento. Deve haver algum tipo de caminhão flutuante que despeja todo o conteúdo da caçamba em cima da minha laje.
Ok, Ok! Crise de exagero terminada.
Vamos aos fatos: a saída do coletor de primeiras águas entupiu de novo, o que estava provocando verdadeiras enxurradas no coitado do filtro de areia. Ele não dava conta e vazava pra todo lado.
O pior é que a gambiarra que eu havia montado apenas para direcionar o fluxo não aguentou o volume de água e virou um chafariz, jorrando litros e litros pra cima.
Claro que descobri isso da pior maneira: estava lá, tentando desentupir a saída do coletor quando sou carregado por uma verdadeira onda, que me lavou (ou sujou, dependendo de como se considera a qualidade da água da minha laje) inteirinho.
O que provocou o entupimento foram alguns pedaços razoavelmente grandes de plástico transparente. O que essas coisas estavam fazendo no meu telhado, eu ainda não entendi. E não era nada parecido com rabiola de pipa, não. Pareciam pedaços de saco plástico, como esses de feira.
Dado o desastre, resolvi tomar três providências:
Tenho que descolar o fundo do coletor de primeiras águas. O treco tem que ser destacável, porque necessita de manutenção periódica e eu não posso me dar ao luxo de tê-lo entupido toda semana.
Fechar a saída de água que vai para o filtro com um cup de 3". Deixei propositadamente sem cola, preso com arame (um milagre da engenharia! Aguardem as fotos), para avaliar se aguenta a pressão da água. Assim, farei nele um furo que garanta uma vazão compatível com o filtro de areia e, como não estará colado, permitirá limpá-lo quando necessário (dado os pedaços de lixo que descem por ele, isso pode ser toda semana).
Criar uma peneira ou rede para a entrada do tipo de coleta da laje. É, eu me rendo. Não dá pra evitar isso, pois não quero mais aquele lixo todo descendo pelos tubos e entupindo tudo. O chato disso é que vai me obrigar a fazer visitas periódicas à laje, o que não é muito fácil, já que meu único acesso à laje é através do meu vizinho, que pode não gostar de me ver arrastando uma escada pra cima da sua laje. Mas acho que não há saída.

Diante disso tudo, a conclusão a que chego é: o sistema de coleta água de chuva deve prever um reservatório inicial, que possa receber sem problemas a água mais suja, e dele, passar para a filtragem e armazenagem final (de preferência coletando somente a água superficial, depois de decantada a sujeira). Também deve haver um sistema que permita separar a sujeira grossa da água. Alguns sites que visitei apresentam sistemas acopláveis ao encanamento que fazem essa separação, mas que são caros demais para um projeto caseiro como o meu e são instalados no lado externo das residências, o que não é o meu caso.
No final das contas, tudo seria muito mais fácil se eu tivesse uma área externa onde podesse fazer toda essa instalação. Mas infelizmente eu não tenho, então, meu projeto acaba sendo mais complicado do que seria o normal.
Mas ainda estamos trabalhando. Afinal, eu sou brasileiro e não desisto nunca.
Mentira, claro. Também sei desistir quando necessário. Mas ainda não é a hora pra isso.

4 de jan. de 2008

No regrets!

Andei visitando uns blogs por aí e acabei comentando um post em um deles, o que me levou a refletir melhor sobre o que falei lá.

Aquela velha história de que é possível viver sem sentir arrependimento é uma grande furada.
Sim, você se arrepende de coisas que fez e também das que não fez.
O arrependimento só não vem se não houve conseqüências de nenhum tipo (físicas, morais, emocionais, financeiras, etc.). Estamos falando, claro, de conseqüências negativas. É só ver a resposta daquelas pessoas recém presas pela polícia, quando perguntadas se estão arrependidas. É claro que estão! Afinal, foram presas! Se tivessem se safado, com certeza não estariam nem um pouco arrependidas. É a conseqüência chegando a cavalo (ou de Veraneio, conforme o caso).
Mas tem um ponto a respeito disso que é interessante de discutir: a culpa. Muita gente se culpa pelo que fez anos atrás, depois de se arrependerem (ou seja, sentirem o peso da conseqüência). E a culpa é uma coisa que pode paralizar completamente a pessoa, a ponto de mudar seu comportamento e impedi-la, inclusive de aproveitar a lição aprendida.
Mas a verdade é que não é certo se culpar. O que quer que você tenha feito no passado, você o fez com base em quem você era, no que já sabia na época e das condições em que se encontrava. Você não tinha como saber das conseqüências prévias dos seus atos (estamos falando, claro, de coisas imprevisíveis, tipo o "efeito borboleta", não de crimes tipificados no código penal), nem do que sentiria ou do quanto se arrependeria.
Em suma, você é hoje sempre o fruto de quem você foi ontem, e será amanhã o fruto de hoje. Não adianta ficar se remoendo, dizendo "ah, se eu tivesse agido diferente", porque você agiu com base em quem você era naquela época. Talvez hoje, você aja diferente no mesmo tipo de situação. Digo "mesmo tipo de situação" e não "mesma situação" porque é quase impossível reproduzir exatamente a mesma situação do passado, sendo você e o mundo quem são hoje.
Mas no passado, você simplesmente fez o que podia, com o "material" que tinha.
Culpa é um troço chato e que faz mal pra gente.
Arrependimento é o reconhecimento do erro, primeiro passo para aprender a lição e mudar pra melhor.
Ou não, claro. Tem gente que simplesmente repete os erros de forma viciosa e ininterrupta pela vida toda. Nesse caso, ou a conseqüência não veio, ou foi muito leve.
Ou a culpa é tão grande que a pessoas se anestesia, se anula, fica paralizada e não consegue evoluir além do que é.

Se serve de consolo, eu me arrependo de muita coisa, me culpo de outras trocentas e ando sentindo que não consigo evoluir mais nada...

2 de jan. de 2008

Jingo Bell!

É, pois é!
Fim de ano é tudo uma zona mesmo...
Tudo tão corrido, tudo tão maluco e no final das contas, pra quê?
Uma amiga veio da Inglaterra para passar uma semana e meia aqui, e tanto ela quanto nós estávamos tão cheios de coisas pra fazer no fim do ano que ela já voltou pra Londres e nós nem conseguimos nos falar por telefone, veja você o absurdo.
Presentes, cartões de crédito estourados, cheque especial, comida a rodo (e um monte de gente com a consciência mais pesada que o corpo), bebedeira, bateria de fogos estourando às 02h30m da manhã, fazendo você velar seu filho por horas até que ele conseguisse dormir.
Qual o sentido dessa porcaria? 2008 começa igual a 2007, uma pasmaceira só, que acaba depois do Carnaval somente e até lá uma enrolação momumental, parando completamente o país. Definitivamente temos vocação para vagabundos.
Vai continuar tudo igual, ou até pior, porque as pessoas ficam esperando soluções mágicas ou de terceiros para os seus problemas e os do mundo também. Ninguém levantando a bunda do sofá pra fazer nada! E olha que ainda tem um novo Big Brother chegando, hein!?!
E o Natal então! Pais ansiosos e neuróticos, gastando os tubos que ralaram tanto pra conseguir, para dar presentes para seus filhos, cuja ânsia não diminui nada, porque eles pensam que os presentes são magicamente trazidos por um velho estranho de barba branca e roupa vermelha, de quem muitas delas inclusive morrem de medo.
E para completar, vejam bem, eu ganhei uma bela camisa de presente no "amigo secreto". Na linda e maravilhosa cor "rosa bebê". Veja bem: o cara que só usa calças pretas, sapato preto e camisas neutras (azul, branco, etc.), ganha do seu querido (e sem nenhuma noção) irmão uma camisa "rosa bebê". Depois não entendem porque eu sou chato. Acho que o tal amigo secreto deveria continuar secreto mesmo depois da troca de presentes, para evitar constrangimentos, desafetos e instintos assassinos.

De positivo mesmo só o aproveitamento do feriadão pra fazer uma mega faxina em casa, jogar fora toneladas de revistas e papéis velho, e consertar unas cositas, para abrir espaço para as coisas do bebê que está chegando.
Que aliás, está muito bem, obrigado, segundo o ultrassom que fizemos dia 27, pulando e mexendo feito um cabritinho, mas de quem ainda não sabemos o sexo, pois está muito cedo. Mas segundo a "dotôra", 70% de chances de ser menina. Agora, só falta atingirmos o consenso para o nome.