6 de abr. de 2012

Obras (do acaso?)

Acho que nem comentei muito antes (exceto aqui), mas realmente tive um vazamento no encanamento do chuveiro.
Chamei um encanador/pedreiro (tipo generalista de "faz tudo" que prolifera nessa área que não exige formação profissional) que quebrou a parede, consertou o cano, fez o reboco e colocou os azulejos.
Até aí tudo bem, mas algum tempo depois do conserto, comecei a achar a parede sempre úmida (no rejunte do azulejo) e até alguma água escorrendo, mas que parava. Por um tempo, achei que era da condensação pelo frio do inverno.
Mas conforme o tempo passava, achei que a água descia cada vez mais, aquilo me aborreceu e resolvi descer porrada na parede (com martelo e talhadeira, claro).
Errado!
O veredito: o cara usou uma conexão rosqueada simples de plástico para conectar o registro, apertou com um pouco mais de vontade e a conexão rachou. O vazamento ficou depois do registro, portanto só saia água quando o chuveiro estava ligado, o que disfarçava a coisa.
Certo!!!

Resolvido de que, se for pra fazer merda, eu mesmo faço, eu refiz a conexão usando o conector certo, com rosca de latão.
Gambiarra!!!

O problema foi fazer a junção sem quebrar toda a parede e ter que trocar o cano todo até a saída do chuveiro. A solução: luva de correr, muita cola e mais um punhado de Durepóxi.
Mais gambiarra!!! (Este é o melhor companheiro do gambiarreiro)

Cobri com plástico para dar um tempo e deixar a parede secar bem antes de tampar tudo, e também poder garantir que a gambiarra não iria vazar.
Depois de mais de um mês e nada de vazamento, chegou a hora de tampar tudo. O que fazer? Chamar novamente um "faz tudo" pra quebrar o resto do azulejo e passar dias procurando no "museu do azulejo" a mesma peça do resto da parede? CLARO QUE NÃO!
Pedaços do reboco quebrado, muito Cimentcola, cacos do azulejo quebrado e tcharam! Um mosaico lindo na parede do banheiro a custo quase zero (se bem que o Cimentcola foi sobra da reforma da lavanderia).
Segue uma foto da obra de arte. Repare no talento, na expressividade e na textura neo clássica.
Quase uma Capela Sistina!

Resumindo: se é pra fazer feio e de qualquer jeito, não preciso de ninguém. Eu mesmo dou conta.

Água pra beber? Não acho.

Mais dúvidas surgiram sobre a qualidade da água de chuva.
O Rafa comentou num post anterior sobre filtragem da água de chuva (post este que já tem 4 anos e continua sendo linkado pelo Google):

rafa disse...Mas me tira uma dúvida fervendo a água da chuva, não remove ou extermina as impurezas, pois segundo me foi ensinado na escola a própria agua fornecida cia de agua do municipio deve ser fervida e em seguida resfriada, pois então sim estaria pronta para o consumo...

Então, lá vai mais uma seção de achismos deste que vos fala.
Bom, Rafa, o que eu sei é que nada sei, entende?
Sem ter feito uma análise química e biológica dessa água, eu jamais tentaria utilizá-la para nada além de plantas e lavagem de chão.
O cloro que eu ponho em tese mata tudo, mas quanto a tornar potável, duvido que uma mera fervura resolva, já que não sei o que tem nessa água.
Mesmo que não haja micróbios (ou que estejam mortos), pode haver outras substâncias nocivas à saúde vindas do telhado (chuva ácida, telhado antigo com amianto, etc.).
Eu já detectei uma vez a presença de pequenos vermes ou protozoários nessa água, antes de começar a usar cloro. Dava pra ver os danadinhos nadando, à olho nú. Assim como dá pra ver também a sujeira de fuligem na água, mesmo após o filtro básico.
Então, nem de brincadeira eu me arrisco com essa água.
Mas como eu disse, é o meu sistema, na minha casa, coletando do meu telhado. Outros sistemas em outros lugares podem ter resultados bem diferentes.
Conheço gente que consegue coletar uma água muito mais clara e limpa que a minha e isso sem nenhuma filtragem, e usa até pra tomar banho.
O que eu faço, em resumo é: coletar a água mais suja antes de ir pro contêiner (o famoso "coletor de primeiras águas"), filtrar impurezas grossas (usando um filtro feito com um tubo PVC de 30 cm de comprimento cheio de tecido de PET) e a inclusão de cloro logo após a coleta (água sanitária na proporção de 25 ml para cada 100 litros).
Para o que eu uso, está de bom tamanho. Mais que isso, só depois de fazer a análise, que eu pretendo fazer ainda este ano, se não custar os olhos da cara.