13 de jun. de 2007

Projeto Economia de Energia

Lendo a respeito de sustentabilidade e conservação ambiental, comecei a estudar sobre o uso de lâmpadas fluorescentes compactas, e sua teórica economia de energia.
Realmente, em termos de luminosidade, a fluorescente ganha em muito das incandescentes comuns, talvez pela luz mais difusa (sem um ponto central de origem) e por ser uma luz branca (fria, segundo dizem). E em termos de potência consumida, ganham em muito também.
Mas existem alguns poréns na adoção desse tipo de lâmpada, segundo eu andei lendo:
  1. O fator de potência. Eu não sou nenhum expert na coisa, mas por haver obrigatoriamente um reator, um elemento indutivo, uma parte dessa energia se perde, resistindo à propagação da corrente eltétrica, gerando um campo magnético. Segundo alguns artigos que li, isso atrapalha as fornecedoras de energia por deformar/atrasar a onda senoidal que alimenta os concumidores de energia. Não sei dizer o quanto isso é ruim para o sistema, mas com a crescente adoção das fluorescentes, inclusive com propaganda governamental, é provável que em algum momento alguém comece a chiar a respeito se o prejuízo for tão grande assim;
  2. O descarte da lâmpada. Fluorescentes usam vapor de mercúrio, elemento altamente tóxico e perigoso se aborvido pelo corpo ou mesmo espalhado no meio ambiente. Hoje em dia, quem compra uma lâmpada fluorescente tem que arcar com o custo adicional do transporte das lâmpadas até empresas especializadas, e algumas até cobram pra receber a lâmpada. A verdade é que ainda não há no Brasil uma forma controlada e segura de descarte dessas lâmpadas, que em geral acabam no lixo comum, quando não são largadas (e quebradas!) nas calçadas, contaminando pessoas e o meio ambiente. Um perigo!
Apesar dos poréns, decidi trocar as lâmpadas em casa pelas fluorescentes. Não somei exatamente os valores pagos, mais gastei pelo menos uns R$ 120,00 para trocar todas as lâmpadas de casa, incluindo uma nova luminária para a cozinha. Como são mais duráveis, o custo compensa ao final de alguns anos.
A potência nominal total consumida em casa despencou, e a iluminação geral aumentou muito. As fluorescentes tem um pequeno inconveniente, que é a demora para alcançar a iluminação máxima, na ordem de alguns segundos, o que dá uma impressão de que não se acendeu muita coisa. Mas passado esse instante inicial, iluminam muito mais que as incandescentes que eu usava.
Minha sala tinha antes 4 lâmpadas "dicróicas" de 50 W, que além de não iluminar nada, gastavam uma montanha de energia. Eu troquei por 5 lâmpadas fluorescentes compactas de 11 W cada (quase a potência de uma só das dicróicas), com a base espelhada, que deixaram a sala brilhando e o canto do computador muito mais confortável para se trabalhar.

O problema é que a economia de energia não aconteceu. No final, a conta do mês em que eu coloquei as lâmpadas ficou igual aos meses anteriores. Pelos meus cálculos, deveria haver uma diminuição significativa nos KW consumidos, mas nem sinal disso.
Preciso agora avaliar se isso não é decorrência de mudanças nos padrões de consumo em casa. O computador anda ficando muito tempo ligado (por conta de alguns trabalhos do pessoal, mais a mania de baixar coisas via ADSL, e o bendito Counter Strike). Além disso, graças a um divórcio na família, tenho um novo inquilino que, bem ou mal, tem uma lâmpada no quarto e um computador também. Como esfriou cedo este ano, pode ser que o chuveiro tenha contribuido justamente neste mês também.
Vamos continuar acompanhando e qualquer novidade, eu aviso.
E se eu achar as notas, eu coloco os valores exatos que gastei.

Um comentário:

Anônimo disse...

Hello trata-se a 2ª vez que li o teu espaço online e reflecti tanto!Bom Trabalho!
Adeus