Na última quarta-feira tirei uma folga para tentar terminar os serviços na laje. Antes que comentem, não sou vagabundo, tenho horas extras acumuladas.
Pois bem, a coisa não poderia ter sido pior do que foi.
Pra começar, deveria ter esperado muito mais tempo antes de passar a segunda camada (esta sem diluir o Vedapren), e não recomendo também fazer isso em um dia quente. O Vedapren derrete e vira quase um piche, grudando no sapato e saindo do local onde foi aplicado. Quando percebi isso, abortei a missão, remendando onde pisei e estraguei a camada.
Mas como estava lá em cima mesmo, decidi passar um pouco em algumas partes com potencial para infiltração. Aí é que começou o problema de verdade.
Estava lá, me arrastando no pouco espaço disponível e me apoiando de leve nas telhas (aquelas onduladas, do tipo Brasilit/Eternit) quando uma telha, de mais ou menos 2 m2 (metros quadrados) se esfarela na minha mão, abrindo um rombo no telhado. Acho que nunca vi uma telha tão frágil na vida. Ajudou o fato de a telha estar sem nenhum apoio no centro, em mais um flagrante de economia porca, cortesia do construtor da casa.
Passada a raiva, terminei de espalhar o restante do Vedapren que sobrou (mais da metade do balde virou na laje dentro do telhado, incluindo um verdadeiro banho na minha calça e no tênis velho - agora aposentado, emprestado do meu irmão) e já desci, indo procurar uma telha pra comprar e tentar consertar tudo ainda no mesmo dia.
Daí, subir pra medir, descer e cortar a telha, subir os pedaços e começar a consertar.
O problema (mais um) é que o telhado tem a junção entre as laterais feitas com telha de barro, unidas ao telhado com cimento. Para encaixar a nova telha, eu precisava soltar essas telhas. E quem disse que o cimento solta? Resultado: quatro telhas de barro quebradas e pequenos trechos da telha ondulada quebrada, rachada ou furada. Ou seja, tenho que comprar telhas de barro novas e refazer a junção.
Além disso, as telhas onduladas estão presas à estrutura de madeira do telhado com pregos torcidos, que se parecem ou se comportam quase como parafusos sem cabeça. É quase impossível soltá-los. Na tentativa, quebrei o cabo do martelo, o que me obrigou a mais uma descida e subida na laje, para comprar um novo.
Em suma, foi um desastre completo, que me mostrou que fazer as coisas em casa nem sempre vai ser tão fácil ou isento de problemas. Fiquei com muita raiva e um pouco desanimado, mas pelo menos aprendi algumas lições que, espero, ajudem nas próximas incursões. Vamos ver como vai ser pra consertar a junção do telhado. Sem falar nas outras coisas que nem comentei ainda.
O perigo é que esse problema só alimentou minha antipatia por aquele telhado, o que pode me levar a cometer a besteira de desmontá-lo todo, na tentativa de deixar a laje livre. Não cheguei nesse ponto ainda, mais por falta de dinheiro do que qualquer outra coisa. Mas que dá vontade, ah, isso dá!
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