Conhecer pessoalmente "figuras lendárias" em seu cotidiano ajuda muito para que você Veja como no fundo, somos todos tão minúsculos, pequenos e rasteiros, não importanto o vulto dos nossos feitos.
O CD de Choro que ele gravou (e distribuiu a todos na empresa) eu nem ouvi, pois o estilo não me agrada. Mas a entrevista dele ao Jô na época do lançamento chega a ser meio que hilária.
Nassif é meio que um hiper-ativo com péssima dicção (ele bem sabe disso). Veja, ele fala rápido demais, sem articular as palavras e às vezes fica difícil entendê-lo. Chega a ser notável que tenha tido programas e quadros em telejornais na TV (não sei se ainda o faz, mas caso faça, se tiver a oportunidade, Veja por você mesmo) e no rádio. Merece nota pelo esforço, claro.
Não é um bom administrador e sua agência de notícias (Veja aqui: Agência Dinheiro Vivo) perdeu muito espaço por conta de decisões equivocadas e pela falta de comando. Lamentei inúmeras vezes os projetos mirabolantes, revolucionários e extremamente dispendiosos que dilapidaram o patrimônio da empresa, especialmente conduzidos por gerentes incompetentes, quando não mal-intencionados, muitos deles alçados ao cargo por puro nepotismo.
Mas tenho por ele alguma simpatia e admiração, pelos motivos descritos abaixo:
- Foi meu primeiro empregador, ainda que eu nem fosse formado (graças a um esforço do meu tio, que tinha o contato);
- Dá (ou deu, na época) muito valor ao meu tio, às suas opiniões e idéias (quando muita gente que o conhece não o faz, muitas vezes com razão);
- É um pai zeloso e preocupado, apesar de, como qualquer outro, não agir sempre da forma mais correta ou pedagogicamente adequada;
- É um visionário. Ainda que muitas das suas idéias não tenham dado certo, ele está sempre antenado com as novidades e é um entusiasta da tecnologia. Numa época em que no Brasil nem havia o Plano Piloto da Embratel, ele já falava em hipertextos e links.
- Até onde eu vi e li, é um jornalista ético e que se preocupa com os rumos do jornalismo e com a apuração correta dos fatos (seu artigo na Folha em defesa de uma amiga minha, achincalhada judicialmente num processo repleto de furos, prisão indevida, sinistras coincidências e auto-promoção dos acusadores, foi tocante).
Se, depois de ler os artigos, você ainda acreditar em alguma coisa publicada naquele excremento..., digo, revista, ganha automaticamente título vitalício do clube dos idiotas.
ps.: Sei que repeti proposital e excessivamente a palavra Veja, mas quero que você Veja e entenda que isso tem tudo a ver com o tema, a campanha e à própria forma de agir da revista Veja, expert em ludibriar seus leitores.
ps2.: li recentemente a reportagem da Veja sobre os custos de se criar um filho. Me senti muito mal por não poder proporcionar aos meus filhos uma babá, um clube, uma academia, um celular, um laptop, aulas de inglês, espanhol, francês, alemão e equitação. Coitadinhos, não vão ter chance na vida...
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